Quatro por Um - Capitulo 4
uma novela de:
Jacques LeClair
Direção:
Allan Fiterman
Leonardo Nogueira
Elenco:
Letícia Colin como Anabel Royal
Marcello Melo Jr. como Rafael Royal
Renato Góes como Miguel Royal
Sheron Menezzes como Isabel Royal
Elenco em ordem alfabética
Ângela Vieira como Eleonora Bonfim Alcântara
Christiane Torloni como Selma Royal
Dan Stulbach como Celso Alcântara
Emílio Dantas como Jorge Passos
Felipe Bragança como Marcos Muniz de Albuquerque
Giovanna Cordeiro como Solange Alcântara
Herson Capri como César Barbosa
Lilia Cabral como Suely Muniz de Alcântara
Lucinha Lins como Eliete Royal
Marcos Palmeira como Higor Calmon
Maria Eduarda de Carvalho como Maria Carolina “ Carol " Muniz de Albuquerque
Mariana Sena como Luisa Silva
Mel Maia como Bianca Pinheiro Royal
Paulo Betti como Antônio Marcos Albuquerque
Paulo Lessa como Joel Bastos
Renan Monteiro como Rui Dantas
Ricardo Pereira como Dr. Bernardo França
Selton Mello como Sérgio Santos
Sophie Charlotte como Josie Pinheiro
Stella de Freitas como Norma Junqueira
Suely Franco como Vilma Celestino
Valentina Herszage como Helena Royal
Participações especiais
Cosme dos Santos como Amadeu Neves
Cristiane Pereira como Rita Anjos
Irene Ravache como Noelita Palmeira
Kadu Moliterno como Cassiano Dias
Jonathan Haagensen como Salles
Marco Nanini como Alcides
Atriz convidada:
Cássia Kis como Carmen Royal
Ator convidado:
Luis Melo como Pedro Rabelo
Cenas do capítulo anterior…
A discussão se aflora, e chama a atenção de Rafael, que vai para próximo dos dois. Nesse momento começa a tocar o instrumental Roque Santeiro Tensão. Joel continua segurando o braço de Solange, e ela tenta sair. Começa a tocar Duelo - Ricardo Leão
Rafael - Posso saber o que está acontecendo aqui? Largue ela, rapaz!
Joel - Você não se meta!
Rafael - Eu estou mandando você largar ela!
Joel - Olhe aqui, você não se intrometa não, viu? Estou resolvendo isso aqui entre eu e minha mulher.
Solange - Eu não sou mais sua mulher, e me largue!
Rafael - Você não entendeu não? Eu estou mandando você largar ela, se não você vai se ver comigo.
Joel - Tá se achando muito macho mesmo, né? Pois caia dentro.
Rafael - Pois é agora!
Rafael enfrenta Joel. Rafael parte para a briga, dando um soco em Joel. Joel logo revida, dando um soco em Rafael. Os dois trocam socos, com Joel derrubando Rafael no chão. Rafael se levanta, quebrando uma cadeira nas costas de Joel, fazendo com que ele caia no chão, e Rafael se aproveita para chutá-lo. Todos os presentes na festa correm pra apartar.
Solange - Ajuda, gente! Eles vão se matar!
Jorge - Caramba!
Anabel - O Rafael vai matar aquele homem!
Jorge - Eu vou lá apartar!
Carmen está conversando com um dos garçons e Vilma se aproxima.
Vilma - Dona Carmen, dona Carmen.
Carmen - Vilma, eu já falei que não precisa me chamar desses títulos.
Vilma - Eu já sei, mas eu preciso te falar uma coisa.
Carmen - Pois então fale.
Vilma - O Rafael, está espancando um rapaz.
Carmen - Sim, eu já resolvo… espere, o que você disse?
Vilma - Vamos logo! Se não essa festa vai virar um enterro!
Carmen - Mas será possível, mas uma desgraça!
Vilma - Se aquele rapaz morrer, vai ser menos uma.
Joel e Rafael continuam brigando. Rafael pega Joel e joga por cima das mesas, e Joel retorna furioso pra atacar Rafael. Nesse momento, Jorge e Celso estão apartando os dois. Joel, com o nariz sangrando e cheio de hematomas, tal qual Rafael. Eles ainda tentam se enfrentar, porém Jorge segura Joel e Rafael é segurado por Celso. Carmen chega.
Carmen - Parem já com isso, agora! (O clima pesa), vocês dois, pra dentro agora! E eu não vou repetir
O clima segue pesado, com todos impactos com a cena que viram. O momento é dramático, pois a cena que todos viram foi assustadora.
Cena 02: Casarão Royal/Tarde/Interior. Vilma está fazendo os curativos dos dois, enquanto Carmen da um sermão, completamente decepcionada com o que vou de seus dois funcionários.
Carmen - Envergonhada, estou completamente envergonhada com a situação que presenciei nesta tarde. Primeiro, é o constrangimento que passei pela manhã, com aquela guerra de comidas. Agora, me deparo com uma troca de socos entre dois de meus funcionários… Por algum acaso estou lidando com selvagens, é isso? Não, porque se eu estiver, eu posso mudar o ramo das minhas empresas para um zoológico, que combina mais com o caráter de vocês dois.
Rafael - Agora é minha hora de me defender. Ele estava agredindo a moça, e na minha frente eu não deixo homem agredir mulher não.
Anabel - Olha, quem diria. O machista defendendo mulheres. Qual a novidade agora?
Rafael - Você não se meta.
Carmen - Vocês dois parem, pelo amor de Deus! Eu não aguento mais esse tipo de discussões na minha frente.
Cezar - Olha, Carmen, desconsidere o que o Joel acabou fazendo. Ele estava nervoso, e dá pra entender o tipo de posicionamento…
Carmen - Dr. Cezar, o senhor por acaso está aprovando esse tipo de atitude? Aprovando que seu funcionário agrida uma mulher?
Cezar - Não é nada disso… longe de mim pensar algo do tipo.
Carmen - Então por favor não se intrometa em assuntos que se dizem respeito a mim e as minhas empresas. E nesse momento, por favor, preciso que todos saiam. A festa está encerrada.
A sala começa a se esvaziar, deixando apenas Rafael, Joel, Carmen e Vilma.
Carmen - Pois muito bem, agora que estamos a sós, vamos ter uma conversa franca e necessária.
Cena 03: Pensão/Tarde/Sala - Os personagens estão se arrumando para a festa na casa dos Royal
Noelita - Vocês vão mesmo, né? Vocês não tem vergonha na cara mesmo, de ir para uma festa em que não foram convidados.
Pedro - Dona Lita, entenda de uma vez por todas, a Isabel é nossa amiga. Ela vai nos receber.
Noelita - Só que a casa não é dela. A minha vontade é que vocês cheguem lá e soltem os cachorros pra cima de vocês, para aprenderem.
Higor - Não vamos perder tempo, alguém chama um carro aí.
Rita - Chamar um carro? Mas pra chamar o carro tem que estar no ponto.
Higor - Que ponto?
Rita - O de ônibus.
Higor - Ônibus? E quem vai pegar ônibus? Vamos rachar um carro de aplicativo.
Rita - Olha, minha pensão não caiu ainda.
Pedro - Minha aposentadoria ainda não está na conta.
Cassiano - Eu não tenho um real.
Sérgio - Nem olhei pra mim…
Amadeu - Eu não sei de nada.
Higor - Mas será possível, vocês são uns lascados mesmo.
Noelita - E por algum acaso, Higor, você tem dinheiro? Porque se tiver, já vai pagando os meses de aluguel que você está me devendo.
Higor - Dinheiro? Olha, vamos pegar um ônibus mesmo.
Noelita - Ônibus, né? Pois vamos lá no ponto, eu quero ver vocês passando essa vergonha.
Amadeu - Eu já sei. O que acha de pegarmos o carro do seu Alcides emprestado? Vamos pra festa e quando voltarmos, entregamos pra ele.
Higor - Eu acho uma boa ideia.
Noelita - Uma péssima ideia. Se eu fosse vocês, eu ficava em casa que é melhor.
Higor - Olha aqui, dona Lita, quem não se arrisca, não vive o extraordinário.
Noelita - Não sabia que levar um pé na bunda era extraordinário não. Mas como você é experiente nisso, eu não vou discutir.
Amadeu - Então, quem é que vai pedir o carro?
Sérgio - Eu acho que a pessoa certa pra pedir esse carro emprestado é o Cassiano. É o Cassiano que volta e meia fica conversando com o seu Alcides.
Pedro - Eu acho uma boa.
Rita - Eu também concordo.
Cassiano - Perai, perai. Mas eu não concordo com isso não.
Amadeu - Ou você vai pedir o carro a ele, ou você fica e não vai com a gente.
Cena 03: Casa de Amadeu/Tarde/Externa - Instrumental Boots and Laces - James Clarke
Cassiano - Seu Alcides! Seu Alcides! (Seu Alcides aparece)
Alcides - É o que, meu filho?
Cassiano - Seu Alcides, eu preciso de um favor do senhor.
Alcides - Pavor? Você está com pavor de mim?
Cassiano - Não, seu Alcides, Favor, eu disse favor!
Alcides - Ah, calor. Realmente, o calor está de matar.
Cassiano - Não, seu Alcides. Eu estou pedindo um favor pro senhor. Favor!
Alcides - Favor?
Cassiano - Isso, favor.
Alcides - E porque não disse antes? Fale meu filho, o que eu posso ser útil?
Cassiano - É o seguinte. Eu preciso do seu carro emprestado.
Alcides - Quem foi atropelado? Deus tenha misericórdia.
Cassiano - Eu não disse atropelado, e sim emprestado. Eu preciso do carro do senhor emprestado.
Alcides - Quem foi afastado? Você não está me explicando direito.
Cassiano - Seu Alcides, eu vou falar só mais uma vez. Eu, Cassiano, preciso do carro do senhor emprestado, em-pres-ta-do. Emprestado!
Alcides - Aaaah, emprestado. Pode pegar, meu filho. Só não esqueça de me devolver antes das 18h.
Cassiano - Muito obrigado.
Alcides - Quem é atrapalhado? Eu não sou atrapalhado não, viu.
Cassiano - Meu Deus, onde eu fui amarrar meu burro?
Cena 04: Casarão Royal/Tarde/Interior
Carmen - Onde eu fui amarrar o meu burro…
Vilma - Provavelmente perto de uma encruzilhada.
Carmen - Vilma!
Rafael - Olha aqui, tia, nessa situação sou eu que estou na razão.
Carmen - Nenhum dos dois está com a razão. Independente de quem esteja certo ou errado, a atitude que vocês tomaram foi de uma extrema grosseria. Sobre você Joel, o seguinte. Se eu souber que você está se aproximando de qualquer uma de minhas funcionárias, independente do motivo, eu te coloco no olho da rua. E dependendo do motivo, você vai parar na cadeia. Estamos entendidos?
Joel - Estamos, dona Carmen.
Carmen - Ótimo. Então, por favor, saia da minha frente. Eu não quero nem pensar que você ainda esteja aqui em minha casa, ouviu bem? Vilma, o acompanhe até a porta.
Vilma leva Joel, que está cheio de hematomas e curativos, para a saída. Na sala ficam apenas Carmen e Rafael.
Carmen - E você, Rafael, muito me entristece pensar que você se comportou dessa maneira. Você foi criado com educação, isso eu tenho certeza. Mas naquele momento, parece que esqueceu toda a sua humanidade, agindo como um animal selvagem.
Rafael - Tia…
Carmen - Eu não quero saber. Amanhã você começa a trabalhar, não se aproxime do Joel. E seu imaginar que você anda arranjando brigas com qualquer um dos funcionários por qualquer motivo que seja, não precisa nem passar no RH, porque eu mesmo resolverei suas contas.
Rafael - Está certo…
Carmen - Se você não estiver em condições de voltar pra casa, pode dormir aqui mesmo. Eu peço pra Vilma providenciar roupas para você.
Rafael - Não precisa. Eu vou para a minha casa, eu acho melhor.
Carmen - Faça como preferir. Agora, me deixe sozinha, eu quero descansar.
Rafael se levanta e sai, com dificuldades. Nessa hora, começa a tocar Seu Nome - Byafra. A cena é melancólica, com Carmen sentando-se em uma poltrona com um semblante abatido. Em seguida, Vilma chega. Nesse momento, a trilha sonora passa a ser instrumental, enquanto os atores falam por cima.
Vilma - Você está melhor, Carmen.
Carmen - Vilma, o que eu fiz para merecer isso?
Vilma - Mas não foi você quem fez, foram eles.
Carmen - Eles nem imaginam o passado que os unem.
Vilma - E quando eles vão saber?
Carmen - Não será tão cedo. Eu não calculei isso, de que eles acabariam se encontrando.
Vilma - Mas você não pode continuar escondendo deles, não pode.
Carmen - E o que você quer que eu faça? Que conte, de uma vez por todas, os laços que os unem? Os dois faltaram se matar naquele gramado. Vilma, às vezes eu me questiono, será que eu tomei a decisão certa?
Cena 05: Casarão Royal/Tarde/Externa. Isabel e Helena conversam
Isabel - Eu acho que já não tem mais clima para ficarmos aqui. Vamos para casa.
Helena - Isso é verdade. Deixa eu só ir aqui no banheiro
Helena caminha em direção ao banheiro, e ouve alguém conversar. Ela presta atenção na conversa, escondida. É Cezar falando ao telefone.
Cezar - Escuta, Joel, eu sei que você só vai escutar esse áudio quando chegar em casa, mas preste atenção. Não vou, de jeito nenhum, deixar que esses quatro moleques assumam esses cargos, ouviu? Nem que pra isso, eu perca o meu réu primário, mas eu sou capaz de tudo para não deixar que eles assumam a presidência. Esse posto é meu por direito, eu fiz isso por merecer. Não vou permitir que aqueles inúteis passem na minha frente. A presidência é minha
Cezar - Assim que chegar, Escute esse áudio.
A Helena anda um pouco para trás e acaba fazendo um barulho, despertando a atenção de Cezar. Começa a tocar o instrumental Tensão Roque Santeiro.
Cezar - Quem está aí?
Helena sai apressadamente, e entra no banheiro. Cezar ignora a situação. Nesse momento a câmera sobrevoa o casarão Royal ao som do refrão de Rio Babilônia - Jorge Ben Jor. O carro onde Cassiano está dirigindo, junto com a turma da pensão, vai se aproximando. Eles estacionam na porta do casarão, e logo um segurança aparece.
Segurança - O que vocês desejam?
Higor - É que estava tendo uma festa aqui, da nossa amiga Isabel. A gente veio participar também.
Segurança - Não tem nenhuma festa aqui. Por favor, dêem meia volta.
Higor - Escuta aqui, grandalhão. Você quer brigar é?
Segurança - Eu não estou procurando briga com ninguém. Estou apenas cumprindo ordens.
Pedro - Eu acho melhor voltarmos.
Rita - Eu também concordo.
Sérgio - Eu prefiro descer o pau nele.
Cassiano - Ninguém vai brigar aqui não. Olha, Higor, é melhor você entrar aqui e voltarmos. Não está percebendo que não querem a gente aqui?
Higor - Pois eu vou esperar.
Helena se aproxima para ver o que aconteceu
Helena - O que está acontecendo?
Segurança - Essa gente toda quer entrar aqui na casa da dona Carmen
Helena - Pode deixar que eu resolvo, licença.
Higor - Sabia que você vinha nos ajudar. Helena, nos leve pra essa festança.
Instrumental da cena: A Sucessora Instrumental - Tensão 2
Helena - Escute aqui, seu bando de delinquente, vocês não tem vergonha de vim lá daquele pardieiro pra incomodar os outros não? Se manca, e volta pra aquela pocilga de onde vocês vieram.
Rita - Helena, mas o que é isso?
Helena - O que é isso? Eu que pergunto. Um bando de desocupados que só sabem montar nas coisas dos outros. O que vocês querem, ein? Pra pedir favores a minha mãe? Porque pobre quando vê alguém ficando rico só sabe ficar pedindo favores.
Pedro - A gente não veio pra nada disso. Viemos para ver sua mãe
Helena - Você já vê minha mãe todo dia. Até porque, temos o desprazer de conviver com vocês todos os dias.
Cassiano - Eu nunca pensei em ouvir isso vindo de você
Helena - Pois já vá dando meia volta, e caindo fora. Ainda veio com carro emprestado não foi? Que pobreza, se eu fosse vocês eu teria vergonha.
Sérgio - Isso não vai ficar assim não,viu? Não vai ficar assim.
Helena - A é? E o que você vai fazer? Protesto? Porque pobre só sabe protestar. Se eu fosse você eu ia procurar um trabalho, por que se jogar uma carteira de trabalho aí no meio, não fica um. E vamos, vai saindo, pra não infectar a calçada.
Higor - Eu nunca pensei que seria escorraçado dessa forma. Vamos embora daqui, vamos embora.
O instrumental segue tocando, e eles voltam de carro, arrancando. O segurança observa a Helena, e sua atitude humilhante. A sequência corta para a casa de Rafael, no momento em que ele chega em sua casa. Norma o recebe.
Norma - Meu Deus, Rafael, o que aconteceu com você? Foi atropelado?
Rafael - Não, Norma, não fui atropelado. Eu dei um pau em sujeito aí.
Norma - Mas você está acabado.
Rafael - Eu vou tomar é um bom banho. Prepara minha janta.
Norma - E você vai trabalhar amanhã?
Rafael - Claro! Ou você acha que eu vou perder a oportunidade? De jeito maneira. Ah, e amanhã você vai comigo, viu? Pra evitar de que eu faça uma besteira!
Norma - Rafael, volte aqui. Rafael!
Transição de cena, cortando para paisagens cariocas ao som de Pedacinhos - Guilherme Arantes, levando para a casa de Miguel
Cena 06: Casa de Miguel/Manhã/Sala.
Eliete - Está tudo pronto, meu filho? Eu estava tão ansiosa para que chegasse logo esse dia.
Miguel - Está tudo certo, mãe. Só preciso passar rapidinho no barbeiro.
Eliete - Agora? Mas você poderia ter ido antes.
Miguel - Eu sei. Mas já está marcado. Chego lá, faço o meu corte e vou direto para o meu trabalho.
Eliete - Eu não sei não, viu. Não vá decepcionar no primeiro dia.
Miguel - Pode deixar.
Ele pega sua mala, e sai pela porta. Volta a tocar Pedacinhos - Guilherme Arantes. Ele pega o seu carro, e sai dirigindo. A cena seguinte é dentro da barbearia, com vários homens cortando seus cabelos, é apenas uma mulher, que é barbeira, que está sem cliente. Miguel entra em seguida.
Miguel - Bom dia!
Gerente - Bom dia, sr. Miguel.
Miguel - Cadê o Olavo, ele já está? Vim cortar o cabelo com ele.
Gerente - O Olavo está doente, ele não pode vim hoje.
Miguel - Puxa vida, e agora? Tem algum barbeiro disponível?
Luisa - Eu corto seu cabelo, seu Miguel.
Gerente - Ele é cliente da casa, Luísa, não é pra seu bico.
Miguel - E qual o problema dela cortar meu cabelo? Ela não trabalha aqui?
Gerente - Eu sei, mas é que.
Miguel - Não tem problema, Luísa. Não é esse seu nome? Pois eu te mostro como eu quero e você faz.
Luisa - É que é muito difícil os homens gostarem de cortar cabelo comigo. Dizem que mulher não sabe cortar cabelo. Mas é mentira, seu Miguel, eu corto cabelo muito bem.
Miguel - Eu confio em você, Luísa. Agora vamos, porque eu estou com um pouquinho de pressa.
Miguel senta na cadeira, e Luísa pega a tesoura. A câmera desfoca dos dois, focando em Salles (Jonathan Naagensen), que está usando o celular. Ele está lá como vigia, fotografando para Carol. (Click da câmera)
Refrão da música Êxtase - Barão Vermelho. A câmera leva para a vila, mostrando Helena assistindo TV enquanto sua mãe conversa
Isabel - Minha filha, eu fiquei sem entender. Eu estava cumprimentando o pessoal aqui da vila, e ninguém me respondeu. Porque será que estão irritados?
Helena - Eu sei lá, mãe. Quem vai saber…
Isabel - Veja, o que acha dessa roupa? (Blusa social branca, saia lápis, sapatilha e coque)
Helena - Está horrível.
Isabel - Também não precisa esculhambar.
Helena - Não é isso… está boa pra uma secretária, não pra uma diretora de empresas.
Isabel - Mas tem vezes que a titia se veste assim.
Helena - Pois é, mas ela é dona. Ela pode ir como quiser que continuará como dona, já você, mãe, ainda não é. Então, precisa se vestir como uma.
Isabel - E a maioria das minhas roupas são assim. O que eu faço?
Helena - Deixa comigo, nós vamos às compras!
Ao som de Um Amor de Verão - Rádio Táxi, a sequência mostra Helena e Isabel em direção a uma boutique. Lá, mostram várias sequências de figurinos que a Isabel prova, enquanto a Helena os reprova. No final, um vestido longo cor vinho foi aprovado. As duas sorriem. A cena leva diretamente para o prédio do Grupo Royal, na sala de Rafael. Uma funcionária entra e se apresenta.
Ana - Bom dia, dr. Renato. Me chamo Ana, e estou aqui para o que o senhor precisar. Se precisar de mim, é só me chamar.
Rafael - Está certo. ANA!!
Ana - Sim, dr. Rafael?
Rafael - Nada, era só pra ver se funcionava mesmo. (Ana sai, com uma cara envergonhada. Alguém bate na porta) Pode entrar!
Solange - Bom dia. Desde ontem que eu gostaria de falar com você. Está muito ocupado?
Ao som de Anjo - Roupa Nova, a imagem congela, mostrando os dois personagens. A imagem se divide em dois, quebra-se em quatro, nos personagens de Rafael e Solange. Encerramento ao som de Anjo - Roupa Nova.
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