GATO & SAPATO - CAPÍTULO 01 (REPRISE)
ATENÇÃO, ESTE CAPÍTULO FOI ESCRITO E EXIBIDO ORIGINALMENTE EM ABRIL DE 2024.
SÃO PAULO, DIAS ATUAIS.
Ao som de um instrumental tenso, sobrevoamos a cidade que está debaixo de uma grande tempestade. Logo depois, é mostrada a fachada da Bella Glamour, a empresa de cosméticos da família Trajano.
CENA 01: (BELLA GLAMOUR/INT./NOITE)
A cena mostra Olavo (Tato Gabus Mendes) falando ao telefone. Ele está de pé e andando de um lado para o outro.
OLAVO: Eu sei… eu sei, mantenha a calma! Eu vou fazer tudo o que você tá me pedindo, é só esperar alguns dias. (Pausa) Tudo bem, até mais.
Segundos depois, a energia do local acaba e Olavo se assusta.
OLAVO: Droga! Não é possível uma coisa dessas.
Nesse instante, a porta se abre e Olavo se desespera. A câmera foca num revólver apontado para ele, sem mostrar quem está com a arma.
OLAVO (com as mãos para cima): Não, por favor! Não faça isso! Tenha piedade!
Sem pensar duas vezes, a pessoa atira três vezes contra Olavo, que cai no chão. O assassino se retira do local e a câmera mostra do alto, Olavo já morto e uma poça de sangue escorrendo atrás de sua cabeça. A cena escurece.
12 HORAS ANTES.
CENA 02: (RUA/MANHÃ)
Ao som de “Vem Quente Que Eu Estou Fervendo - Duda Beat”, a cena mostra um carro vermelho conversível se locomovendo pelas movimentadas ruas de São Paulo. Logo depois, a câmera se aproxima de Alyra (Mariana Ximenes), que dirige toda feliz. Em outro take, o carro para em frente a Bella Glamour, empresa de seu pai. Logo depois, desce Alyra com um salto alto do veículo e em seguida, a câmera sobe lentamente e mostra seu rosto. Confiante, ela joga seus cabelos ao vento e logo depois, com um pequeno espelho nas mãos, a empresária retoca seu batom e dá um passo à frente, até que se assusta e dá um grito.
ALYRA (gritando): VERINHAAAAAA!
CENA 03: (BELLA GLAMOUR/INT./DIA)
Depois de algumas horas, Verinha (Carol Garcia) chega na sala de Alyra com um par de sapatos novos para a chefe.
ALYRA: Que demora, hein, sua incompetente?
VERINHA: Desculpa, dona Alyra, o centro estava lotado. É uma multidão, um anda pra lá, um anda pra cá… Mas tá aqui ó, o sapatinho que a senhora pediu, viu?
ALYRA (interrompendo): Pera aí, você comprou esses sapatos no centro? Em comércio de quinta? Pois eu não vou calçar isso nem que me pague!
VERINHA: Mas dona Alyra, é só pra quebrar um galho, chuchuzinho.
Alyra abre a caixa de sapatos e faz cara de nojo.
ALYRA: Que horror, Verinha! Olha esse sapato, isso deve ser da década passada! Não, eu não vou calçar essa breguice.
Nesse instante, Verinha perde a paciência com a chefe.
VERINHA: Pois então vai lá e compre a senhora mesmo, sua arrogante! Quer saber? Bem feito! Bem feito por você ter pisado naquele cocô de cachorro, faz jus ao que a senhora é, uma bosta!
ALYRA (indignada): O que? Você tá me afrontando, sua lambisgoia? Pois você vai ser demitida hoje mesmo!
VERINHA: Ah, jura? Eu nunca fui com tua cara. A senhora gosta de humilhar todo mundo, pisar em todos, mas pra mim acabou. Eu mesma me demito! Não nasci pra ser sua empregada, sua asquerosa! Sabia que eu posso te processar por danos morais?
ALYRA: Vai lá então! Processa querida, vai. Quero ver.
VERINHA: Eu me demito!
ALYRA: Não, eu te demiti primeiro, meu bem.
VERINHA: Não, eu mesma vou me demitir.
ALYRA: Então vai! Vai! Incompetente!
Nesse instante, Verinha se retira e Rafael (Emílio Dantas), o namorado de Alyra, chega até a sala dela.
RAFAEL: Ué, o que aconteceu aqui? (pausa) Por que você tá sem sapato, amor?
ALYRA: Uma longa história… demiti a Verinha, aquela inútil.
RAFAEL: O que? Você demitiu a Verinha? Poxa, amor, ela é uma ótima profissional.
ALYRA: Ótima profissional? (Ela ri) Essa mulherzinha de quinta é uma mal educada, não serve nem para comprar um sapato, mas enfim... Por que veio aqui?
RAFAEL: Eu vim aqui te fazer um pedido e eu quero que você aceite.
ALYRA: Até já sei o que é, quer que eu vá até o leilão beneficente amanhã, né? Já disse que não vou naquela cafonice, ainda mais na zona leste.
RAFAEL (rindo): Não, não é isso.
Ele tira uma embalagem de anel de seu bolso, Alyra se alegra. Rafael se ajoelha.
RAFAEL: Alyra Trajano, você aceita ser minha mulher? Quer se casar comigo?
ALYRA (surpresa):Tá falando sério? (Pausa) É claro, meu amor! Aceito mil vezes! Sim! Sim!
Rafael pega Alyra no colo e eles se beijam.
Ao som de “A Second to Midnight - Kylie Minogue, Years & Years” horas se passam e são mostradas imagens de São Paulo.
CENA 04: (AP. DE RAFAEL/INT./FIM DE TARDE)
A cena mostra Verinha e Rafael deitados na cama e cobertos por um lençol branco. Verinha está deitada sobre o peito de Rafael enquanto ele acaricia seus cabelos.
VERINHA: Imagina se Alyra descobre que somos amantes…
RAFAEL: Alyra é uma burra, só pensa nela, acha que tudo gira em torno dela. Ela nunca iria desconfiar da gente.
VERINHA: Sabe que eu gostei de ter saído da Bella? Não aguentava mais aquela chata no meu pé, me humilhando a cada cinco minutos. Mulherzinha insuportável, viu... Não sei como você aguenta aquele trambolho.
RAFAEL: Mas você foi bem burra, não deveria ter saído da Bella assim. Agora você não vai mais tá perto da Alyra pra coletar informações importantes.
VERINHA: Agora é com você, meu benzinho.
RAFAEL: Mas e o nosso plano? Tá de pé ainda?
VERINHA: Claro, baby. Mas não depende só de mim, né? Você também tem que colaborar, chuchuzinho.
RAFAEL: Vamos deixar a Alyra sem tudo. (ele ri)
VERINHA: É melhor eu ir embora, olha só, tá vindo tempestade aí e eu não quero chegar em casa molhada.
RAFAEL: Pois eu amo quando você fica molhada. Vem cá, vem.
Eles se beijam.
CENA 05: (BELLA GLAMOUR/INT./FIM DE TARDE)
Olavo está em sua sala. Alyra chega.
ALYRA: Pai? Tá aí ainda?
OLAVO: Filha… tava ajeitando uns relatórios aqui. Achei que você já estivesse em casa.
Olavo se levanta.
ALYRA: Já estou indo, vim ver como o senhor está.
OLAVO: Estou bem filha, e você?
ALYRA: Ah, hoje o dia foi péssimo! Pra começar, pisei num cocô de cachorro na rua, acredita? Depois a incompetente da Verinha foi até o centro, sim, até o centro comprar um sapato novo pra mim que parecia ser da década de trinta, um horror, papai… Por fim, demiti aquela lambisgoia, acredita que ela ainda teve a pachorra de me humilhar? Ah meu bem, com Alyra Trajano não se brinca, não!
Enquanto Alyra fala, Olavo olha para o porta-retratos que está em sua mesa. Na foto está ele, a esposa que faleceu e Alyra, ainda bebê.
ALYRA: Pai? Tá ouvindo o que eu tô dizendo?
OLAVO: Que saudades da sua mãe…
Alyra se comove e se aproxima da cadeira, sentando.
ALYRA: Tenho vagas lembranças dela, mas que fim horrível que ela teve, né? Não merecia isso.
OLAVO: Adelaide foi a melhor pessoa que eu conheci. Uma dama. Linda, linda, linda. Pena que se foi tão jovem.
ALYRA: Bom, eu já vou, não quero começar a chorar aqui, vai borrar a maquiagem. Não demora, hein, paizinho? Tá vindo tempestade aí.
OLAVO: Em duas horas estou em casa, meu amor.
Alyra dá um abraço bem apertado em Olavo.
Escurece em São Paulo ao som de “La Plata - Jota Quest” e as horas vão se passando. Logo depois, a câmera sobrevoa sobre a cidade, que está debaixo de uma grande tempestade. Um instrumental de tensão começa a tocar.
CENA 06: (MANSÃO TRAJANO/INT./NOITE)
ALYRA (aflita): Cadê paizinho que não chega? Já tô ficando preocupada, lá se vão quatro horas de atraso…
Alyra liga para o pai, mas o celular dele está ocupado.
ALYRA: Estranho…
Alyra chama Noêmia (Titina Medeiros), que rapidamente chega até o quarto da patroa.
NOÊMIA: O que foi, dona Alyra? Tava dormindo e a senhora me acordou. Aconteceu alguma coisa?
ALYRA: Meu pai, Noêmia. Meu pai não chegou até agora e eu tô preocupada
NOÊMIA: Já tentou ligar pra ele, patroinha?
ALYRA: Ligo, mas só cai na caixa postal. (Pausa) Vamos até lá, vamos até a Bella, às vezes ele não conseguiu sair de lá por conta da chuva.
NOÊMIA: Oxi, assim? Nesse temporal? Vou nada, minha cama quentinha tá me esperando, patroinha.
ALYRA: Eu não tô pedindo pra você ir, Noêmia, EU TÔ MANDANDO!
CENA 07: (BELLA GLAMOUR/INT./NOITE)
Alyra abre a porta da Bella Glamour e entra junto com Noêmia.
NOÊMIA: Oxi, cadê a energia desse treco? Tenho pavor de escuro! Imagina se aparece um fantasma aqui agora? Desculpe patroinha, mas eu viro o flash versão empregada na hora.
ALYRA: Não exagera, Noêmia. Provavelmente a energia acabou por conta da chuva. (Ela acende a lanterna de seu celular) Vem, vamos.
Alyra e Noêmia sobem a escada em direção a sala de Olavo ao som de um instrumental de suspense.
CENA 08: (BELLA GLAMOUR/INT./NOITE)
ALYRA: Pai? O senhor tá aí? Paizinho?
A cena mostra Olavo caído no chão, já sem vida. Logo depois, a porta se abre. Assim que abre a porta, Alyra se assusta absurdamente.
ALYRA: Não pode ser…
Noêmia está um pouco atrás e não está vendo o que tá acontecendo, até que se aproxima e se choca.
NOÊMIA: O que foi patroinha? Não tem nada aqui… JESUS MARIA JOSÉ.
Noêmia desmaia. Focamos no rosto de Alyra, que está em choque. Ao som de um instrumental de suspense, a mocinha vai até o pai e se ajoelha diante dele, desesperada e tentando reanimá-lo.
ALYRA (chorando): Pai…Pai… fala comigo… NÃO PODE SER! Meu Deus, quem fez isso com você, pai?! Acorda! Acorda, paizinho. (Pausa) Não pode ser, isso é um pesadelo, uma brincadeira de mal gosto.
Imediatamente, Alyra liga para a ambulância.
ALYRA (em choque/chorando): Paizinho fala comigo, por favor.
Logo em seguida, ela solta um grito. A câmera logo se afasta de Alyra, que está com Olavo em seus braços. A cena escurece.
DIA SEGUINTE…
CENA 09: (CASA DE SILAS E JONAS/INT./MANHÃ)
Silas (Raphael Logam) está com seu pai Jonas (Aílton Graça) na mesa tomando café.
JONAS: Ficou sabendo quem morreu?
SILAS: Quem?
JONAS: Olavo. Olavo Trajano, o dono da Bella Glamour, aquela empresa de cosméticos.
SILAS: Sério? E o que aconteceu com ele?
JONAS: Foi assassinado. Pelo o que eu li, o coitado estava na empresa ainda, se preparando pra voltar pra casa. Levou três tiros.
SILAS: Nossa… que horror, hein? Você o conhecia?
JONAS: Não pessoalmente, mas ele vivia saindo em jornais, capa de revistas... É um dos homens mais famosos de São Paulo… bom, era. Ele tem uma filha, provavelmente ela irá assumir a empresa.
SILAS: E quem é a filha dele?
JONAS: Aline… Alice… alguma coisa assim, não lembro ao certo o nome dela.
SILAS: Que história… Bom, eu já vou indo pra clínica. Hoje tô cheio de clientes, inclusive uma galinha, acredita?
JONAS (rindo): Vai lá filhão, meu veterinário favorito.
CENA 10: (CEMITÉRIO/DIA)
A cena mostra o corpo de Olavo sendo velado. Em volta do caixão estão todos os conhecidos do empresário. Com um instrumental de tristeza, a câmera passa pelos personagens da novela como Alyra, que está abalada, Noêmia, que também chora muito e Rafael, que está consolando Alyra, mas sem nenhuma expressão.
PADRE: Meus irmãos e irmãs, hoje nos reunimos neste lugar sagrado para prestarmos nossas últimas homenagens a Olavo Trajano, que partiu deste mundo para a vida eterna. Infelizmente, Olavo nos deixou na noite de ontem após um pecador tirar a vida deste pobre homem. Que ele encontre a paz. Amém.
ALYRA (chorando): Meu paizinho…
Nesse instante, o caixão é fechado e instantes depois começa a ser enterrado. Alyra se ajoelha no chão e começa a chorar absurdamente. Noêmia também se ajoelha e dá um abraço na patroa. Logo depois, a câmera foca em Rafael, que revira os olhos. Instantes depois, Verinha aparece apressada com umas flores nas mãos.“Cara de Rica - Erikka”, o tema da vilã, entra em cena.
VERINHA (gritando): PERA AÍ, NÃO ENTERRA! EU PRECISO ME DESPEDIR!
Alyra escuta a voz de Verinha e se levanta. Ela olha para trás e se depara com a rival.
ALYRA: Verinha? O que você tá fazendo aqui?
VERINHA (sarcástica): Ué, eu vim me despedir do meu ex patrão, não pode? Trouxe essas flores pra ele. Que pena, né? Se foi tão jovem… Que brutalidade que fizeram com o seu paizinho, não é, Alyra?
ALYRA: Sai daqui. Sai daqui que hoje eu não tô com paciência pra te aturar!
VERINHA: O que foi? Gostou das minhas flores, é? Eu sei que são as mais bonitas daqui, não precisa ficar com inveja.
RAFAEL: Verinha, por favor, faça o que a Alyra tá pedindo, vai embora. Aqui não é lugar pra isso.
VERINHA: Eu só vim me despedir do meu patrãozinho, chuchu.
ALYRA: Meu pai não precisa da sua despedida, você nem era próxima dele. Veio aqui só pra me provocar.
NOÊMIA: Olha aqui sua ruiva desmaiada, é melhor você vazar antes que eu resolva fazer um penteado novo nesse teu cabelo horroroso, sua caninana!
VERINHA: Calma, chuchu. (Olha pra Alyra com deboche) dê um abraço no seu pai por mim, Alyra… ai esqueci, você não tem mais pai (ela ri), mas se quiser pode ir junto com ele.
Nesse instante, Alyra fica com ódio e ela parte pra cima de Verinha. Todos que estão ali ficam olhando o barraco.
ALYRA: SUA DESGRAÇADA! RUIVA DOS INFERNOS!
Alyra dá dois tapas seguidos em Verinha, que revida. Alyra parte pra cima da rival, puxando seus cabelos.
NOÊMIA: Vai patroinha! Acaba com ela!
Rafael aparta a briga das duas. Focamos no rosto de Alyra, que está com ódio.
ALYRA: SAI DAQUI SUA MEGERA!
VERINHA: Isso não vai ficar assim, Alyra! Pode esperar que eu vou fazer muito pior!
Esperneando, Verinha é retirada do local por seguranças de Alyra. Logo depois, focamos no rosto de Alyra, que está tomada pela tristeza e pelo ódio.
RAFAEL: Precisava partir pra cima dela? Olha só, tá todo mundo olhando. Que vergonha, Alyra…
ALYRA (com ódio): Eu não tô nem aí! Faz tempo que essa desgraçada tá pedindo pra apanhar.
HORAS DEPOIS…
CENA 11: (MANSÃO TRAJANO/INT/TARDE)
Devastada, Alyra abre a porta da mansão e desaba. Noêmia lhe dá um abraço.
ALYRA (chorando): O que eu vou fazer sem meu paizinho, Noêmia? O que vai ser de mim? Meu paizinho era tudo na minha vida.
NOÊMIA: Calma, patroinha, eu tô aqui com você.
ALYRA: Eu vou descobrir quem fez isso com ele, eu vou. Pode ter certeza que eu vou acabar com a raça desse assassino.
NOÊMIA: Não pensa nisso agora, a polícia já tá investigando o caso e mais cedo ou mais tarde essa pessoa vai ser descoberta. Mas ó, eu tô aqui com a senhora, pode contar comigo.
ALYRA: Obrigada, você é como uma irmã pra mim, Noêmia (chorando).
NOÊMIA: Seu pai era um homem bom, ele deve tá num lugar maravilhoso agora, não chora.
Noêmia dá um abraço apertado em Alyra, confortando a patroa.
NOÊMIA: Vá pro seu quarto, vou fazer aquela sopa deliciosa que a senhora adora.
São mostradas várias imagens de São Paulo ao som de “Can’ Tame Her - Zara Larsson”.
UMA SEMANA DEPOIS…
CENA 12: (BELLA GLAMOUR/INT./DIA)
Alyra está fazendo um comunicado aos funcionários da empresa.
ALYRA: Bom, como vocês já sabem, meu pai, Olavo Trajano, foi assassinado aqui mesmo na empresa há uma semana. E com isso, além de assumir a direção da Bella Glamour a partir de hoje, eu tô determinada a descobrir quem é o culpado por essa tragédia e não vou descansar até que a justiça seja feita e o assassino seja encontrado. Eu sei que é um momento difícil para todos nós, mas conto com o apoio de cada um de vocês. Também peço perdão a todos que já ofendi ou humilhei algum dia, isso não vai mais se repetir.
A maioria dos funcionários aplaudem, mas outros vaiam Alyra. Ela se retira e vai para sua sala. Os funcionários cochicham.
CENA 13: (BELLA GLAMOUR/INT./DIA)
Alyra está em sua sala, quando chega Tadeu (Samir Murad), o advogado da família, com uma pasta na mão.
ALYRA: Tadeu… Como vai? Obrigada por vir tão rápido. Preciso saber o conteúdo do testamento do meu pai. Que ansiedade…
Tadeu se senta em frente a Alyra e abre a pasta.
TADEU: Pois vamos acabar com essa ansiedade agora mesmo. Vou dar início a leitura do testamento.
Tadeu começa a ler o testamento em voz alta. Focamos no rosto de Alyra, que está ansiosa.
TADEU (lendo): “Eu, Olavo Trajano, reconheço minha esposa Violeta da Paz Trajano e minha filha Rúbia da Paz Trajano como minhas principais herdeiras. Deixo toda a minha herança para elas, conforme documentado neste testamento…”
A expressão de Alyra se desmancha.
ALYRA (interrompendo): Peraí, que palhaçada é essa, Tadeu? Quem são essas?
TADEU: É isso mesmo que você ouviu, Alyra. O Olavo… ele tem outra família.
ALYRA (incrédula): O que? (Pausa) Então quer dizer que… eu tô pobre?
Focamos em Alyra, que fica chocada com a revelação. Um instrumental de tensão toma conta da cena.
CONGELAMENTO EM ALYRA.
A novela encerra seu 1° capítulo do compacto ao som de “Bixinho (Remix) - Duda Beat, Lux & Tróia” (tema de abertura).
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