INTERNACIONAIS | CAP. 14 (05/11/2025)
CENA 01: RUA | EXT. | NOITE
[Otávio e Holanda andam juntos, Otávio pensa nos momentos que teve ao lado de Marcela, do início da amizade até o fim. Ele ergue a cabeça e tenta acompanhar a mãe, um clima pesado paira no ar. Holanda pega a chave e abre a porta de casa, curiosamente, Fofinho não late. Otávio estranha a falta a falta de latidos e grita pelo nome do cachorro]
[Otávio]: (gritando) FOFINHO! FOFINHO! CADÊ VOCÊ? *ele corre para o quintal, fica um tempo lá e volta e chama por Holanda* Mãe, vem cá! Vem!
[Holanda]: Que foi?
[Otávio]: Venha no quintal! Acho que o Fofinho não está bem! *ele corre pro quintal e Holanda o segue, ela percebe que o cachorro não está respirando. Ele está morto*
[Holanda]: Meu Deus! Mas… ele morreu! *Otávio se choca, ele ri de nervoso. Se recusa a acreditar que o seu cachorro morreu*
[Otávio]: *risos* PARA, PARA! NÃO É POSSÍVEL! *ele começa a olhar para Holanda, ela fica sem reação. Ele ri por alguns segundos e a verdade o esmaga, seu cachorro está morto. Ele vai de risos à choro. Ele agarra Fofinho* Vai enterrá-lo?
[Holanda]: Sim…
[Holanda pega uma pá, uma montagem começa e ela enterra o cachorro. Otávio chora e abraça a mãe, ela olha onde enterrou o cachorro. Otávio anda deprimido até o quarto, Holanda fica com pena de ver o seu filho sofrer]
[Holanda]: Algo não está certo…
CENA 02: CASA DE CRISTINA | SALA | INT. | NOITE
[Cristina e Maria fazem o mesmo de sempre, conversam. Fofocam sobre o que aconteceu na semana e Maria relembra algo à mãe]
[Maria]: Ou! O portuga vai vir amanhã, beleza? Papo reto, ele é muito legal! Ele é tipo o mais consciente lá dos internacionais *risos*
[Cristina]: Hum, ok
[Maria]: Ele me ajudou quando eu caí da escada, ai que ódio que fiquei daquele invejoso, juro! Aquele uruguaio do Pablo não bate bem da cabeça e eu percebi isso… Mas parece que nem ligam para quando eu falo isso! A máscara dele vai cair, ô se vai…! *SOM DRAMÁTICO*
CENA 03: CASA DE WANDA | SALA | INT. | NOITE
[Wanda está sentada na sala, quieta. Um jogo de câmeras se inicia: se revela vários ângulos de seu rosto. Uma expressão séria e fria. Depois de um longo silêncio, ela sorri e pega o celular. Ela manda mensagens para a Tati, novamente falando sobre seu tal plano]
MENSAGENS:
[Wanda]: Oi amiga, eu vou te mandar o endereço do lugar que eu quero me encontrar contigo amanhã, você fala pra mim se vai ir, é muito importante, juro!
[Tati]: Ok amiga, tá bom. Mas que lugar é esse?
[Wanda]: É uma torre abandonada, é um lugar para ninguém nós encontrar! É para contar e mostrar algo importante… Te aguardo lá: (localização)
[Tati]: Tá bom…
FIM DAS MENSAGENS
[Wanda gargalha, ela coloca a mão no rosto e quando para de rir, ela sorri maliciosamente]
[Wanda]: É amanhã, é amanhã que eu mato aquela VAGABUNDA! *SOM DRAMÁTICO*
CENA 04: CASA DE HOLANDA | EXT. | NOITE
[INSTRUMENTAL DE SUSPENSE: câmera mostra a casa de Holanda, após alguns segundos ela se vira rapidamente para Nayara. Está vestindo uma calça preta com uma jaqueta preta e camisa vermelha. Ela está usando luvas brancas e uma bolsa. Está com um semblante malvado, pronta para o combate. Ela bate na porta]
CENA 05: CASA DE HOLANDA | SALA | INT. | NOITE
[Holanda está sentada no sofá, pensa na morte do Fofinho e na alta tristeza de seu filho. Ela respira fundo e se levanta. No momento em que levanta, alguém bate na porta e ela atende, na porta está Nayara]
[Holanda]: Oi Nayara, tudo bem?
[Nayara]: Amiga, é urgente! Tenho algo pra te contar…
[Holanda]: Como assim, menina? Tá de noite, amanhã tu me conta… Tô sem cabeça pra fofoca
[Nayara]: Tem certeza?
[Holanda]: Não, conta
[Nayara]: Vem cá! Venha mais perto pra eu contar…
[Holanda]: Que? Tá! E daí? Conta!
[Nayara]: Não cansa de ser idiota, né?
[Holanda]: Uh? Não estou te entendendo!
[Nayara]: *risos* Agora vai me entender *SOM DRAMÁTICO. Nayara puxa uma arma de sua bolsa e bate na nuca de Holanda, ela desmaia e Nayara lhe agarra, ela ri e leva ela ao seu carro* Agora! Agora que meu joguinho vai ser executado! *INSTRUMENTAL OFF, FADE OUT]
CENA 06: CONSTRUÇÃO ABANDONADA | INT. | NOITE
[FADE IN: A câmera mostra a obra antiga e abandonada, ela se vira a Holanda que está sentada e amarrada na pilastra com Joana. Ela grita o nome de Joana]
[Holanda]: (desesperada, confusa): Joana, Joana, JOANA! *ela grita, Joana acorda aos poucos*
[Joana]: (confusa) Uh? Holanda? O que a gente faz aqui?
[Holanda]: É isso que eu quero descobrir! Esse lugar é muito escuro! Nem tem como enxergar direito!... Pera! Shhh! Escuta… *sons de passos se aproximando, as mulheres calam rapidamente e ficam com medo, temendo pelo pior. O silêncio é quebrado pelo grito de Janeiro*
[Janeiro]: (gritando, desesperado) AJUDE-ME! AJUDE-ME! SOCORRO! SOCORRO!
[Nayara]: *No meio do escuro, rindo* Para de gritar, sua bichona! *SOM DRAMÁTICO: Nayara liga a lanterna e facilita a enxergar melhor o cenário. Janeiro está amarrado à pilastra em pé* Que gritos são esses? Achei que peguei duas mulheres e um homem! *risos* Bom, eu vim lhe trazer vocês por um bom motivo… Quero fazer um game show!
[Janeiro]: Que palhaçada é essa? Como que você tira a gente do nosso conforto para levar aqui neste lugar sujo e imundo! Nayara? Eu não sabia que você era assim, doente!
[Holanda]: Sim, meu amor. Ela é bem pior que isso!
[Joana]: Meu amor? HAHA! Que bela piada! Ele é MEU AMOR! Holanda, você insiste em querer discutir que meu docinho é seu, deixa de ser invejosa
[Holanda]: Inveja de você? Ah, tá! Inveja de ser uma fubanga igual a você? Me poupe, chifruda!
[Joana]: Chifruda é a sua mãe!
[Holanda]: Olha! Você não fale da minha mãe!
[Janeiro]: Parem com isso!
[Nayara]: PAREM! PAREM! *Nayara bufa* É para isso que vai servir o game show! Nós, mulheres, criamos uma rivalidade feminina apenas para decidir qual homem é nosso! Mas essas brigas e discussões podem gerar rivalidades que resultam na morte… E como vocês são melhores amigas de longa data, eu vim ajudar a ser cupida!
[Holanda/Janeiro/Joana]: Cupida?
[Nayara]: Vai ser assim, vou dar um tempo a vocês! As mulheres terão 35 segundos para decidir quem ficará com o português desejado de vocês! Começando agora…
[Joana]: Amiga! Convenhamos, essa delícia é toda minha
[Holanda]: Você é tão egoísta que chega a ser cômico, esse homem só tem os olhos para mim, olha para ele e fale onde que ele está olhando! Qualquer coisa você avisa, amiga…
[Joana]: Uh? Ele está olhando na minha boca, com uma tentação imensa de me beijar e se afastar de você! Sua puta
[Holanda]: Ele será um ótimo padrasto para o meu filho e um ótimo marido para mim, você procura outro homem! Talarica
[Nayara]: Bem, como eu esperava! Não chegaram a uma conclusão… *Nayara se aproxima das mulheres* Vocês não cansam de passar vergonha, não é? Se humilham por migalhas e no final do dia, ganham nada! Choram por homens que não dão a mínima à vocês. Por isso que vocês merecem tudo de ruim, piranhas! *Ela aperta o rosto de Holanda e lhe dá um tapa, ela puxa o cabelo de Joana e lhe dá um tapa. Ela se afasta e vai perto de Janeiro* Enfim, chegamos na hora do nosso português preferido… Nosso galã de Jão Feliz! Um homenzão… Caro português, você tem 50 segundos para escolher uma de nós! Holanda, Joana e euzinha… Vai! Tic-tac Tic-Tac
[Janeiro]: Pera! É muito difícil escolher, eu tenho que admitir que amo vocês três! É muito complicado esta situação de agora, desamarre nós e vamos ter uma conversa civilizada! Conversa de gente normal! Sabe o que é isso, Nayara? Por favor! Estamos cansados, não está vendo? Eu quero fazer parte de suas brincadeirinhas sem graça! ME SOLTA AGORA!
[Nayara]: Tudo isso para não falar um “desisto”? Que vergonha! Vocês homens sempre tendo esse negócio de fazer as coisas mais complicadas do que são! Enfim, chegamos em um empate! Ninguém escolheu ninguém… Posso soltar vocês!
[Joana]: Glória a Deus
[Holanda]: Amém
[Nayara]: Não! Tem mais, amores! Meu objetivo aqui é parar a rivalidade dessas duas pobres mulheres! Acham mesmo que vou sair de mãos vazias? Vocês me tentaram me ajudar quando saiu aquela fake news que eu era puta! Mas olha só! O mundo dá voltas, quem está ajudando é eu! Eu! EU! Agora que tudo não está indo como EU planejei, estou magoada, deprimida, tristonha… Sabe como posso resolver essa situação? Usando o método antigo da minha família! Sabe quando você está de cabeça quente, começa a pensar em mais porra nenhuma e não liga mais para a vida? Essa é a situação onde eu me encontro! Querem saber como minha família resolvia? Era assim
[INSTRUMENTAL SUSPENSE TENSO, SOM DRAMÁTICO: Nayara puxa uma arma de sua bolsa e aponta para as duas mulheres, Janeiro arregala os olhos e as mulheres ficam desesperadas]
[Nayara]: Nossa, que fofo! Elas querem se abraçar agora! Uma pena que querem se tratar bem logo quando vão morrer juntas… *ela se vira para Janeiro* E você, Janeiro… Vai poder fazer nada! NADA! Vai ver suas futuras esposas morrerem! Lembro que estavam falando que você ia se mudar, é verdade? Agora é o momento certo! Qualquer coisa eu coloco suas digitais na arma! *risos doentios, ela volta a olhar as mulheres, elas imploram por piedade e choram* CHORAM! CHORAM VAGABUNDAS! GRITEM O QUANTO QUISER! PODERIAM TER PENSADO ANTES… *ela se afasta, coloca a mão no rosto e ri como uma louca* ENGANEI! ENGANEI VOCÊS! ACHAM MESMO QUE ESSA ARMA É DE VERDADE?
[Holanda]: (gritando enquanto chora) SIM! ACHAMOS SIM! SOLTA NÓS!
[Nayara]: Ô! Outra ideia de joguinho! Joguinho de aposta! Querem saber se essa arma é de verdade? *Nayara para de sorrir e fica séria, ela aponta a arma para Holanda. Holanda fica parada como uma estátua, ela chora silenciosamente. Joana lhe olha desesperada, também chorando. Janeiro implora pela paz* VAI! A ARMA É DE VERDADE? APOSTE
[Holanda]: É! ELA É!
[Nayara]: Olhaaa! Vamos ver… *INSTRUMENTAL COMEÇA A FICAR MAIS TENSO E ALTO: A tensão só aumenta, só falta a construção abandonada alagar por tantas lágrimas. Nayara ri, Holanda fica confusa* Eu sou uma piadista, não é? Enganei vocês de novo, eu sei que você achou que eu ia atirar em ti… Mas a verdade é que você prestou a atenção, eu nunca fiz um discurso contra vocês! *Ela se vira rapidamente à Janeiro* VALEU, PORTUGA! *Ela dá três tiros em Janeiro. Holanda e Joana ficam sem reação. Nayara ri ao ver Janeiro agonizando até morrer]
[Joana]: NÃO! VOCÊ NÃO FEZ ISSO! NÃO FEZZZZZ! *Grito*
[Holanda]: *Reverb* Não, NÃO, NÃO! SUA VAGABUNDA! DESGRAÇADAAAA! *o reverb se reverte rapidamente, o silêncio predomina* NÃOOOOOOO! *Holanda solta um grito alto, em reverb. Um novo trecho do congelamento é revelado*
[A câmera vai de Holanda à Nayara, ela fica séria, mas o sorriso em seu rosto fica lentamente evidente*
[CONGELAMENTO E ENCERRAMENTO]

Nenhum comentário:
Postar um comentário