CENA 01 - (RESTAURANTE/INT./NOITE):
Vemos uma mesa, bem arrumada, com um homem sentado a ela. Um garçom segue até a essa mesa.
GARÇOM: O senhor deseja alguma coisa?
* E assim, lentamente a câmera vai subindo sobre esse homem, e vemos o rosto dele. Era ninguém menos que André.
ANDRÉ: Sim, um vinho branco pra abrir a noite.
GARÇOM: Sim senhor.
O garçom segue o pedido de André.
ANDRÉ: E não é que o jogo pode virar a qualquer momento mesmo.
* Close em André dando um leve sorriso.
Corta para:
CENA 02 - (CASA DE ZÉLIA/INT./MANHÃ):
No dia seguinte; Camilla e Zélia estão tomando café da manhã.
ZÉLIA: Hoje eu vou no banco. Preciso resolver uns problemas com a saque da aposentadoria.
CAMILLA: Hmm, bom mesmo, mãe. Eu vou mais tarde no shopping pra-
* a conversa é interrompida com a campainha tocando na porta.
ZÉLIA: Você tá esperando o Alex?
CAMILLA: Eu não. Deixa eu ir ver.
Camilla levanta e vai atender a porta.
CAMILLA: Mas- mas o que você tá fazendo aqui?
JOYCE (entrando): Então é aqui o barraco onde vocês duas se enfiaram...
ZÉLIA: Que que essa mulher tá fazendo aqui?
JOYCE: Zélia. Olha, a pior de todas nessa história, sem dúvidas é você.
CAMILLA: Você veio fazer o que aqui, Dona Joyce?
JOYCE: Oras, vim cumprimentar a minha nora.
CAMILLA: Como foi que você descobriu isso?
JOYCE: Eu sempre descubro tudo, meu bem. Pode ser cedo ou tarde, mas eu acabo descobrindo.
CAMILLA: Não precisava ter se dado o trabalho de vim até aqui, agora por favor-
JOYCE (cortando): Vamos lá, quanto é que você quer pra sair da vida do meu filho, menina?
E
CAMILLA: Como é que é?
JOYCE: Isso mesmo que você ouviu. Vai querer quanto?
ZÉLIA: Escute aqui sua megera!
CAMILLA (cortando): Não, espera aí, mãe. Vamo ver até onde essa criatura é capaz de chegar!
JOYCE: Ô queridinha, você deve estar se sentido a última das mulheres, hein? Você acha mesmo que uma mulher do seu nível vai ficar com o meu filho?
CAMILLA: Acho sim, eu e o Alex nos amamos, e você vai ter que engolir mais essa. Que pena, Dona Joyce.
JOYCE: Nem por cima do meu cadáver!
CAMILLA: Olha aqui, Dona Joyce; você hoje não vai encher o meu saco, tá bem
JOYCE (debochando): Imagina, se o meu filho vai querer uma mulherzinha baixa feito você, que usa termos chulos como "saco", "merda" e outras palavras nas quais eu não tenho coragem de repetir aqui. Você tá abaixo da sociedade, meu bem! Você é daquele tipo que faz escândalos em público, fala alto feito uma hiena, aposto que também que retoca o a maquiagem enquanto a sentada a mesa!
CAMILLA: Escuta aqui ô piranha recauchutada; vá dar aula de etiqueta pra teus machos que você pega no sigilo pra no dia seguinte tá metendo a pose de madame. Eu tenho muito orgulho do meu jeito, e é assim que o Alex me ama! Sabe o que é amor, Dona Joyce? Não. Porque você é amarga, nojenta, mal amada por todo mundo. Nem seus filhos te suportam! Agora saia daqui antes que eu meta a mão no meio da sua cara! Aí sim você vai saber o que é baixaria.
JOYCE: Tem certeza, querida?
CAMILLA: Vou ter que repetir?
JOYCE: Pois então, você tomou a sua decisão. Saiba que você acabou de ganhar a sua maior inimiga.
CAMILLA (empurrando Joyce): Vai embora daqui, perua desocupada!
* Camilla bate a porta.
ZÉLIA: Eu te avisei que essa mulher ia criar o maior problema na nossa vida Camilla!
CAMILLA: Deixa lá, mãe! Essa daí sempre foi assim. O Alex precisa saber disso e e já, dá licença.
Corta para:
CENA 03 - (MANSÃO DOS VENTURINI. QUARTO DE FELIPE/INT./TARDE):
Felipe entra no quarto, no mesmo tempo que o celular de Simone toca.
FELIPE (pegando o celular): Meu pai? Que que meu pai quer ligando pra Simone?
* Felipe deixa tocar até desligar. Jorge, não desiste e manda um recado.
RECADO (voz de Jorge on): Simone... Eu sei que você tá pensando em tudo que eu te falei ontem... E sei também que você não vê o Felipe da mesma forma graças a mim. Quando ouvir isso me procure, eu vou estar naquele prédio antigo ali perto da Baixada, se cuida e fica atenta.
FELIPE (erguendo o celular): S Velho desgraçado. Pode deixar que o seu tá guardado.
CENA 04 - (BAR LOCAL/INT./TARDE):
Alex e Ricardo marcam de se encontrar.
ALEX: A Camilla acabou de ligar, sabia que a minha foi até a casa dela oferecer dinheiro pra ela terminar comigo?
RICARDO: Olha, irmão... Eu não me assusto com nada que venha da minha mãe. Ela sempre teve essas atitudes preconceituosas.
ALEX: Eu até lá hoje pra conversar com ela.
RICARDO: Esquece essa história, Alex. Isso só vai te causar aborrecimento.
ALEX: Não. Eu preciso ter uma conversa séria! Ela não pode simplesmente achar que pode se meter assim na vida das pessoas.
RICARDO: Eu vou com você, então.
ALEX: Não precisa, eu sei lidar com aquilo que a gente chama de mãe.
RICARDO: Eu sei, eu também. Só que eu quero olhar pra cara dela e saber se ela tem algum problema com a Alexia, j também.
ALEX: Tá bom, você que sabe.
Corta para
ABERTURA
CENA 05 - (APARATAMENTO DE JORGE/INT./NOITE):
Jorge entra em casa, sem saber que Felipe estava o esperando.
FELIPE: Como vai, pai?
JORGE: Como foi que você entrou aqui? Vai embora daqui, seu assassino!
FELIPE: Calma pai. Vamo conversar. Eu trouxe uma vodka pra nós dois, deixa eu por ela no copo pra você.
JORGE: Eu não quero nada que vem de você, Felipe! Sai da minha casa!
FELIPE: Eu só quero conversar, por os assuntos em dia, esquecer daquele episódio deprimente que houve entre nós dois.
JORGE: Eu não quero ouvir nada, vaza daqui!
FELIPE (abaixando a cabeça): Tudo bem então. O senhor que sabe. Mas mesmo assim, eu quero que o senhor fique com esse presente.
JORGE: Você tá fazendo isso aqui pra me provocar! Você sabe que eu tô tentando recomeçar minha vida.
* Jorge toma um gole da vodka. A câmera foca em Felipe, com uma expressão um pouco contente.
FELIPE: Sinceramente, eu não sabia. E até fico feliz que o senhor mais uma vez tá tentando recomeçar. Uma pena que a gente não pode recomeçar.
JORGE: Pois é, nem o que você fez, e nada nesse mundo que vai apagar.
FELIPE: Ok... Fica bem pai. E boa viagem.
JORGE: O que?
FELIPE: Pro inferno.
Felipe sai friamente, Jorge fica assustado, mas sem saber do que se trata.
CENA 06 - (CASA DE MARION/INT./TARDE):
Simone vai até a casa de Marion, pedindo que ela conte tudo.
MARION (servindo um chá pra Simone): Toma aqui, minha querida.
SIMONE: Obrigado, Dona Marion.
MARION: Eu já imagino o motivo de você ter vindo aqui.
SIMONE: É. Pois é. Bom, eu quero que a senhora me conte tudo que aconteceu, de verdade.
MARION: A verdade é dura pra você, Simone.
SIMONE: Eu sei. Mas eu tô disposta a encara-la.
MARION: A verdade é que o Felipe te enganou desde o início. Ele armou um golpe junto com a Giovanna desde o dia que te conheceu. Ele usou o André pra se aproximar de você e com ajuda da sua mãe, e no final das contas, ele conseguiu. O meu filho durante esse tempo todo tentou desmarcar o Felipe-
SIMONE: Espera aí, a minha mãe? O que que a minha mãe tem a ver com isso?
MARION: A sua mãe ajudou o Felipe com o plano dele.
SIMONE: E por que ela faria isso?
MARION: Porque ela era apaixonada pelo André. Ela queria separar vocês dois a todo custo.
SIMONE (chorosa): Não, não é possível... A minha mãe não pode ter feito isso... Não
MARION: Mas fez. A verdade é cruel, minha filha.
SIMONE: Então, por isso que ela passou as ações e a presidência do shopping pro Felipe! Claro! Tá tudo explicado.
MARION: Pois é. E te digo mais; O Felipe é muito mais do que um golpista, ele é um assassino!
SIMONE: O QUE?
MARION: Foi o Felipe que matou a Giovanna e pôs a culpa no André, como forma de vingança contra os dois.
SIMONE: Ah me Deus! Ah meu Deus!
MARION: Você tem que ter cuidado com esse homem! Ele é um monstro! É triste ter que dizer isso, mas ele é. E pensar que eu praticamente criei esse menino, que ele é filho da minha irmã que não tinha nada a ver com esse monstro.
* O celular de Marion toca.
MARION (atendendo): Alô. Jorge? Jorge? Que que tá acontecendo, Jorge? Como assim? JORGE!
* A ligação cai.
SIMONE: O que houve?
MARION (assustada): Eu- eu não sei, parece que ele tava mal, não dava pra entender quase nada.
SIMONE: Vamo então até a casa dele! Vai que ele realmente tá passando mal.
MARION: Cê tá certa. Vamo agora.
SIMONE: Vem, vamo até o carro.
CENA 07 - (MANSÃO DOS VENTURINI/INT./NOITE):
Joyce não perde a essência, mesmo diante da casa caindo sobre a cabeça dela. Ela segue até a sala.
JOYCE: Mas que maravilha, tudo que eu mais desejava era encontrar você em casa agora.
ISABELLE: Ah, ma chérie! É sempre bom estar em casa mais cedo, principalmente sabendo que você se morde de raiva quando isso acontece.
JOYCE: Nossa, como você é engraçada, Isabelle. Digna de uma palhaça de circo de interior. Que isso que você está escrevendo?
ISABELLE: Nada demais, minha querida irmã. É só uma das mais anotações do dia a dia.
JOYCE (arregalando os olhos): Espera aí...
ISABELLE: O que foi, Joyce?
JOYCE (puxando o papel): EU CONHEÇO ESSE ESTILO DE PAPEL?
ISABELLE: Me devolve!
JOYCE: Então é você, não é sua ordinária!
ISABELLE: Eu? Eu o que? Tá louca!
Joyce segue com o bilhete e sobe até o quarto correndo, Isabelle vai atrás.
Corta para:
JOYCE (entrando no quarto e abrindo a gaveta): Como é que você pode, esse tempo inteiro!
ISABELLE: Joyce, você está louca!
JOYCE (apontando o bilhete): Ah é? É o que isso aqui?
ISABELLE: Ora, isso- isso parece ser um bilhete...
JOYCE: Bilhete com um papel idêntico este que você estava escrevendo!
ISABELLE: Idêntico sim, mas isso é normal! Que que tem demais nisso?
JOYCE (fechando os olhos sem paciência): Abre o jogo, Isabelle. Fala pra mim, é você que me manda esses bilhetes escabrosos? FALA!
* Close em Isabelle tensa.
CONGELAMENTO EM ISABELLE.
A novela encerra seu trigésimo terceiro capitulo ao som de um instrumental de ameaça.
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