Entre a Cruz e a Espada - Capitulo 33 (20/08/2025)

ENTRE A CRUZ E A ESPADA - CAPÍTULO 33




CENA 01 - (RESTAURANTE/INT./NOITE):

Vemos uma mesa, bem arrumada, com um homem sentado a ela. Um garçom segue até a essa mesa. 

GARÇOM: O senhor deseja alguma coisa? 

* E assim, lentamente a câmera vai subindo sobre esse homem, e vemos o rosto dele. Era ninguém menos que André.

ANDRÉ: Sim, um vinho branco pra abrir a noite. 

GARÇOM: Sim senhor. 

O garçom segue o pedido de André. 


ANDRÉ: E não é que o jogo pode virar a qualquer momento mesmo. 

* Close em André dando um leve sorriso.



Corta para:


CENA 02 - (CASA DE ZÉLIA/INT./MANHÃ):

No dia seguinte; Camilla e Zélia estão tomando café da manhã. 

ZÉLIA: Hoje eu vou no banco. Preciso resolver uns problemas com a saque da aposentadoria.

CAMILLA: Hmm, bom mesmo, mãe. Eu vou mais tarde no shopping pra-

* a conversa é interrompida com a campainha tocando na porta. 

ZÉLIA: Você tá esperando o Alex?

CAMILLA: Eu não. Deixa eu ir ver.

Camilla levanta e vai atender a porta. 

CAMILLA: Mas- mas o que você tá fazendo aqui?

JOYCE (entrando): Então é aqui o barraco onde vocês duas se enfiaram...

ZÉLIA: Que que essa mulher tá fazendo aqui?

JOYCE: Zélia. Olha, a pior de todas nessa história, sem dúvidas é você. 

CAMILLA: Você veio fazer o que aqui, Dona Joyce?

JOYCE: Oras, vim cumprimentar a minha nora. 

CAMILLA: Como foi que você descobriu isso? 

JOYCE: Eu sempre descubro tudo, meu bem. Pode ser cedo ou tarde, mas eu acabo descobrindo. 

CAMILLA: Não precisava ter se dado o trabalho de vim até aqui, agora por favor-

JOYCE (cortando): Vamos lá, quanto é que você quer pra sair da vida do meu filho, menina?
E
CAMILLA: Como é que é?

JOYCE: Isso mesmo que você ouviu. Vai querer quanto? 

ZÉLIA: Escute aqui sua megera! 

CAMILLA (cortando): Não, espera aí, mãe. Vamo ver até onde essa criatura é capaz de chegar!

JOYCE: Ô queridinha, você deve estar se sentido a última das mulheres, hein? Você acha mesmo que uma mulher do seu nível vai ficar com o meu filho? 

CAMILLA: Acho sim, eu e o Alex nos amamos, e você vai ter que engolir mais essa. Que pena, Dona Joyce. 

JOYCE: Nem por cima do meu cadáver!

CAMILLA: Olha aqui, Dona Joyce; você hoje não vai encher o meu saco, tá bem

JOYCE (debochando): Imagina, se o meu filho vai querer uma mulherzinha baixa feito você, que usa termos chulos como "saco", "merda" e outras palavras nas quais eu não tenho coragem de repetir aqui. Você tá abaixo da sociedade, meu bem! Você é daquele tipo que faz escândalos em público, fala alto feito uma hiena, aposto que também que retoca o a maquiagem enquanto a sentada a mesa!

CAMILLA: Escuta aqui ô piranha recauchutada; vá dar aula de etiqueta pra teus machos que você pega no sigilo pra no dia seguinte tá metendo a pose de madame. Eu tenho muito orgulho do meu jeito, e é assim que o Alex me ama! Sabe o que é amor, Dona Joyce? Não. Porque você é amarga, nojenta, mal amada por todo mundo. Nem seus filhos te suportam! Agora saia daqui antes que eu meta a mão no meio da sua cara! Aí sim você vai saber o que é baixaria. 

JOYCE: Tem certeza, querida? 

CAMILLA: Vou ter que repetir? 

JOYCE: Pois então, você tomou a sua decisão. Saiba que você acabou de ganhar a sua maior inimiga. 

CAMILLA (empurrando Joyce): Vai embora daqui, perua desocupada!

* Camilla bate a porta. 

ZÉLIA: Eu te avisei que essa mulher ia criar o maior problema na nossa vida Camilla! 

CAMILLA: Deixa lá, mãe! Essa daí sempre foi assim. O Alex precisa saber disso e e já, dá licença. 


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CENA 03 - (MANSÃO DOS VENTURINI. QUARTO DE FELIPE/INT./TARDE):

Felipe entra no quarto, no mesmo tempo que o celular de Simone toca. 

FELIPE (pegando o celular): Meu pai? Que que meu pai quer ligando pra Simone?

* Felipe deixa tocar até desligar. Jorge, não desiste e manda um recado. 

RECADO (voz de Jorge on): Simone... Eu sei que você tá pensando em tudo que eu te falei ontem... E sei também que você não vê o Felipe da mesma forma graças a mim. Quando ouvir isso me procure, eu vou estar naquele prédio antigo ali perto da Baixada, se cuida e fica atenta. 


FELIPE (erguendo o celular): S Velho desgraçado. Pode deixar que o seu tá guardado. 


CENA 04 - (BAR LOCAL/INT./TARDE):

Alex e Ricardo marcam de se encontrar. 


ALEX: A Camilla acabou de ligar, sabia que a minha foi até a casa dela oferecer dinheiro pra ela terminar comigo? 

RICARDO: Olha, irmão... Eu não me assusto com nada que venha da minha mãe. Ela sempre teve essas atitudes preconceituosas. 

ALEX: Eu até lá hoje pra conversar com ela. 

RICARDO: Esquece essa história, Alex. Isso só vai te causar aborrecimento. 

ALEX: Não. Eu preciso ter uma conversa séria! Ela não pode simplesmente achar que pode se meter assim na vida das pessoas. 

RICARDO: Eu vou com você, então. 

ALEX: Não precisa, eu sei lidar com aquilo que a gente chama de mãe. 

RICARDO: Eu sei, eu também. Só que eu quero olhar pra cara dela e saber se ela tem algum problema com a Alexia, j também. 

ALEX: Tá bom, você que sabe. 


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ABERTURA



CENA 05 - (APARATAMENTO DE JORGE/INT./NOITE):

Jorge entra em casa, sem saber que  Felipe estava o esperando. 

FELIPE: Como vai, pai?

JORGE: Como foi que você entrou aqui? Vai embora daqui, seu assassino!

FELIPE: Calma pai. Vamo conversar. Eu trouxe uma vodka pra nós dois, deixa eu por ela no copo pra você.

JORGE: Eu não quero nada que vem de você, Felipe! Sai da minha casa! 

FELIPE: Eu só quero conversar, por os assuntos em dia, esquecer daquele episódio deprimente que houve entre nós dois. 

JORGE: Eu não quero ouvir nada, vaza daqui!

FELIPE (abaixando a cabeça): Tudo bem então. O senhor que sabe. Mas mesmo assim, eu quero que o senhor fique com esse presente. 

JORGE: Você tá fazendo isso aqui pra me provocar! Você sabe que eu tô tentando recomeçar minha vida. 

* Jorge toma um gole da vodka. A câmera foca em Felipe, com uma expressão um pouco contente. 

FELIPE: Sinceramente, eu não sabia. E até fico feliz que o senhor mais uma vez tá tentando recomeçar. Uma pena que a gente não pode recomeçar. 

JORGE: Pois é, nem o que você fez, e nada nesse mundo que vai apagar. 

FELIPE: Ok... Fica bem pai. E boa viagem. 

JORGE: O que? 

FELIPE: Pro inferno.

Felipe sai friamente, Jorge fica assustado, mas sem saber do que se trata. 


CENA 06 - (CASA DE MARION/INT./TARDE):

Simone vai até a casa de Marion, pedindo que ela conte tudo. 


MARION (servindo um chá pra Simone):  Toma aqui, minha querida. 

SIMONE: Obrigado, Dona Marion. 

MARION: Eu já imagino o motivo de você ter vindo aqui. 

SIMONE: É. Pois é. Bom, eu quero que a senhora me conte tudo que aconteceu, de verdade. 

MARION: A verdade é dura pra você, Simone.

SIMONE: Eu sei. Mas eu tô disposta a encara-la. 

MARION: A verdade é que o Felipe te enganou desde o início. Ele armou um golpe junto com a Giovanna desde o dia que te conheceu. Ele usou o André pra se aproximar de você e com ajuda da sua mãe, e no final das contas, ele conseguiu. O meu filho durante esse tempo todo tentou desmarcar o Felipe-

SIMONE: Espera aí, a minha mãe? O que que a minha mãe tem a ver com isso?

MARION: A sua mãe ajudou o Felipe com o plano dele.

SIMONE: E por que ela faria isso?

MARION: Porque ela era apaixonada pelo André. Ela queria separar vocês dois a todo custo. 

SIMONE (chorosa): Não, não é possível... A minha mãe não pode ter feito isso... Não 

MARION: Mas fez. A verdade é cruel, minha filha. 

SIMONE: Então, por isso que ela passou as ações e a presidência do shopping pro Felipe! Claro! Tá tudo explicado.

MARION: Pois é. E te digo mais; O Felipe é muito mais do que um golpista, ele é um assassino!

SIMONE:  O QUE?

MARION: Foi o Felipe que matou a Giovanna e pôs a culpa no André, como forma de vingança contra os dois. 

SIMONE: Ah me Deus! Ah meu Deus! 

MARION: Você tem que ter cuidado com esse homem! Ele é um monstro! É triste ter que dizer isso, mas ele é. E pensar que eu praticamente criei esse menino, que ele é filho da minha irmã que não tinha nada a ver com esse monstro.

* O celular de Marion toca. 

MARION (atendendo): Alô. Jorge? Jorge? Que que tá acontecendo, Jorge? Como assim? JORGE! 

* A ligação cai.

SIMONE: O que houve? 

MARION (assustada): Eu- eu não sei, parece que ele tava mal, não dava pra entender quase nada.

SIMONE: Vamo então até a casa dele! Vai que ele realmente tá passando mal.

MARION: Cê tá certa. Vamo agora. 

SIMONE: Vem, vamo até o carro.


CENA 07 - (MANSÃO DOS VENTURINI/INT./NOITE):

Joyce não perde a essência, mesmo diante da casa caindo sobre a cabeça dela. Ela segue até a sala.

JOYCE: Mas que maravilha, tudo que eu mais desejava era encontrar você em casa agora. 

ISABELLE: Ah, ma chérie! É sempre bom estar em casa mais cedo, principalmente sabendo que você se morde de raiva quando isso acontece. 

JOYCE: Nossa, como você é engraçada, Isabelle. Digna de uma palhaça de circo de interior. Que isso que você está escrevendo? 

ISABELLE: Nada demais, minha querida irmã. É só uma das mais anotações do dia a dia. 

JOYCE (arregalando os olhos): Espera aí...

ISABELLE: O que foi, Joyce?

JOYCE (puxando o papel): EU CONHEÇO ESSE ESTILO DE PAPEL?

ISABELLE: Me devolve!

JOYCE: Então é você, não é sua ordinária!

ISABELLE: Eu? Eu o que? Tá louca!

Joyce segue com o bilhete e sobe até o quarto correndo, Isabelle vai atrás. 

Corta para:

JOYCE (entrando no quarto e abrindo a gaveta): Como é que você pode, esse tempo inteiro!

ISABELLE: Joyce, você está louca! 

JOYCE (apontando o bilhete): Ah é? É o que isso aqui? 

ISABELLE: Ora, isso- isso parece ser um bilhete...

JOYCE: Bilhete com um papel idêntico este que você estava escrevendo!

ISABELLE: Idêntico sim, mas isso é normal! Que que tem demais nisso?

JOYCE (fechando os olhos sem paciência): Abre o jogo, Isabelle. Fala pra mim, é você que me manda esses bilhetes escabrosos? FALA! 


* Close em Isabelle tensa. 


CONGELAMENTO EM ISABELLE.


A novela encerra seu trigésimo terceiro capitulo ao som de um instrumental de ameaça.

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