CENA 01 - (RUA ABERTA/EXT./TARDE):
Joyce consegue alcançar André, e o aborda no meio da rua.
JOYCE: André!
ANDRÉ: Que que você quer aqui, Joyce?
JOYCE: Você não pode sair assim, rapaz! Eu sinto pelo que tá acontecendo com você!
ANDRÉ: Senti? Senti o que? Você me separou da Simone e senti muito por isso?
JOYCE: Eu tive que fazer isso! Eu não podia-
ANDRÉ (cortando): Não podia o que? Não podia ver a sua filha se casando comigo? Mas o porque disso, o que eu fiz a você?
JOYCE: Não é nada disso!
ANDRÉ: Então me diz logo!
JOYCE (fria): Um dia você vai saber, e que eu fiz tudo isso pensando no bem de todos.
ANDRÉ: Vá pro inferno, Joyce!
André tenta sair, mas Joyce segura o seu braço com força, mas ele desvencilha de forma brusca. E numa questão de segundos, um carro preto atinge André, uma batida não tão forte. Joyce se desespera e tenta socorrer.
JOYCE (gritando desesperadamente): Alguém chama uma ambulância! Alguém chama uma ambulância.
O motorista sai do carro, aflito.
JOYCE: Seu irresponsável! Como é que você passa por cima das pessoas assim?
MOTORISTA: Eu não tive culpa minha senhora! Ele que passou na frente sem ver! Deixa eu ver como ele tá!
JOYCE: Você não vai ver, você vai chamar uma ambulância porque é o mínimo que você pode fazer!
MOTORISTA: Deixa eu olhar ele! Eu sou médico.
O motorista se aproxima rapidamente de André, que está caído no chão, sangrando pela testa e inconsciente.
MOTORISTA (tocando cuidadosamente o pescoço de André): Ele tem pulso. Mas eu preciso mantê-lo imóvel.
JOYCE: Ai, graças a Deus.
Corta para
CENA 02 - (CABINE/INT./TARDE):
Simone, preocupada, entra na cabine a procura de Felipe.
SIMONE (cautelosa): Felipe? Tá tudo bem?
Felipe com as mãos apoiadas na parede, vira pra trás, e começa com mais um show de vitimismo pra Simone.
SIMONE (assustada): Meu Deus! O que fizeram com você, meu amor? Sua boca tá sangrando!
FELIPE (voz tímida): O André veio aqui, destruiu tudo, me atacou! Ele tava completamente louco!
SIMONE: Como assim? Como é que ele entrou aqui?
FELIPE: Eu não sei! Quando eu vi, ele já tava aqui dentro, partindo pra cima de mim.
SIMONE: Oh meu Deus! Eu vou chamar um médico pra estancar esse sangue.
FELIPE: Não, eu não quero estragar o nosso dia! É só passar uma água aqui!
SIMONE: Tá, mas e a minha mãe? Ela sumiu também.
FELIPE: Ela foi atrás dele, ele saiu daqui atacado, foi uma briga feia. Se ele não tivesse chegado aqui, ia terminar em tragédia.
SIMONE: Vem cá que eu te ajudo com esse machucado.
Corta para:
CENA 03 - (MANSÃO DOS VENTURINI. QUARTO DE ZÉLIA/INT./TARDE):
Apesar da festa ainda tá rolando, Camilla volta pra casa mais cedo, e encontra Zélia aos prantos na cama.
CAMILLA: Mãe? Porque a senhora não pro casamento da Simone?
ZÉLIA: A gente precisa conversa, Camilla.
CAMILLA (revirando os olhos): Se for pra falar sobre o Alex, é melhor-
ZÉLIA (cortando): Vocês não podem ficar juntos, minha filha!
CAMILLA: Mas porque não? É porque você tem medo da Joyce? Me diz, minha mãe!
ZÉLIA: Ela não vai deixar vocês dois em paz, isso pode terminar em tragédia.
CAMILLA (chegando perto do rosto de sua mãe): Mãe! Para com esse medo ridículo da Joyce!
ZÉLIA: Eu não tenho medo nenhum, é que a Dona Joyce me ajudou muito e seria uma traição com ela!
CAMILLA: Que ajuda? Que traição? Essa mulher te trata como bicho e você ainda jura que ela te ajuda? E ainda por cima mete traição no meio, como se você tivesse o dever de dar explicações pra essa mulher!
ZÉLIA: Tudo bem, minha filha, só não leva isso a diante, por favor! Se afasta desse rapaz, eu não quero problemas com você, e você vai se machucar muito nisso!
CAMILLA (respirando fundo): Ah meu Deus, o que eu faço?... Olha, eu vou voltar, se eu fosse a senhora levantava dessa cama e parava de sofrer por algo sem sentido.
Corta para:
ABERTURA
CENA 04 - (HOSPITAL.ALA/INT./TARDE):
A luz fria do ambiente contrasta com o clima tenso. Uma enfermeira aparece ao fundo.
ENFERMEIRA: Dona Joyce Venturini?
JOYCE: Isso, eu mesma, querida. Como é que tá o André?
ENFERMEIRA: Temos boas notícias, o paciente sofreu apenas algumas lesões leves. Ele já foi medicado e está em observação.
Joyce respira fundo, um alívio instantâneo.
JOYCE: Graças a Deus, e eu já posso vê-lo?
ENFERMEIRA: Claro! Eu acompanho a senhora até o quarto.
Corta para:
Joyce entra no quarto, André está acordado, deitado na maca.
ANDRÉ: Que que você tá fazendo aqui?
JOYCE: Acha mesmo que eu ia deixar você no meio da rua? Ninguém nem sabe que você sofreu esse acidente, e podia ter sido pior.
ANDRÉ: Nem vem com essa, Joyce. Você poderia ter avisado a minha mãe, ou qualquer pessoa. Me diz o que você quer de mim, vai querer fazer uma aliança comigo em troca de sexo, igual fez com o Felipe?
Joyce, olha pra baixo, e vai até André.
JOYCE: Sabe, André. Eu te separei da minha filha, sim. Mas não foi porque eu achava o Felipe o homem ideal pra ela, não era sobre eles, e sim sobre você.
ANDRÉ (assustado): O que você quer dizer com isso, Joyce?
JOYCE (se aproximando mais ainda de André): Você já desconfia disso, eu sei, só não quer assumir pra você mesmo, você sabe que tudo que eu fiz, foi com apenas uma intenção!
ANDRÉ (olhos arregalados): Joyce, por favor!
JOYCE (emocionada): Eu te amo, André! Eu te amo! Eu quero você! Eu quero você só pra mim! Diz que você me ama, diz!
* Close em André assustado.
CONGELAMENTO EM ANDRÉ.
A novela encerra seu vigésimo capitulo ao som de "Que País É Este" - tema de abertura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário