Teia de Sedução - Capítulo 36 (Último Capítulo)



“TEIA DE SEDUÇÃO”

Novela criada e escrita por 

Susu Saint Clair

Capítulo 36


(Último Capítulo)


CENA 01: MANSÃO VON BERGMANN - QUARTO DE JAQUELINE - MANHà


CONTINUAÇÃO IMEDIATA DA CENA FINAL DO CAPÍTULO ANTERIOR.


JOSÉ CARLOS: (chocado) Como isso aconteceu?


JAQUELINE: Eu tava falando com a minha mãe, ela chegou por trás de mim apontando uma faca e o Volney salvou minha vida! 


VOLNEY: Eu tava com o dildo do Marcos na mão, eu não tive muito tempo pra pensar. 


JOSÉ CARLOS: Mas como ela entrou aqui? 


VOLNEY: Eu sei lá. 


JOSÉ CARLOS: Meu Deus, será que ela fez alguma coisa com os empregados? Eu vou ver isso. 


Ele veste um roupão e sai do quarto fechando a porta. Minutos depois, ele volta. 


JOSÉ CARLOS: Ela não viu nada. 


JAQUELINE: José Carlos, a gente precisa se livrar desse corpo. Minha mãe falou que a fuga da Gisela da cadeia já tá por toda a imprensa. Se desconfiarem que ela veio pra cá, e derem de cara com o corpo, o Volney se ferra. 


JOSÉ CARLOS: Será? Ele agiu por legítima defesa. 


VOLNEY: Pois é, mas isso não conta. Eu vou preso de qualquer jeito se a polícia baixar aqui. A gente precisa dar um jeito nisso, se livrar do corpo dessa demônia. Não pode ter nenhum vestígio dela aqui, se tiver imagens de câmera de segurança, todas precisam ser apagadas. 


JAQUELINE: Tá, e onde é que a gente vai desovar esse corpo?


CENA 02: MANSÃO PASSARELLI - SALA - MANHÃ


TODOS DE PRETO APÓS RETORNAREM DO ENTERRO DE NEIDE. 


CLÁUDIA: (aliviada) Ai minha filha, graças a Deus. Por um momento eu pensei que a Gisela tivesse chegado aí é feito uma desgraça. 


JAQUELINE: (off) Não, mãe, ela não veio aqui e eu não faço ideia de onde ela possa estar. 


CLÁUDIA: Mas o que aconteceu? Você parou de falar comigo de repente. 


JAQUELINE: (off/mentindo) Meu celular caiu no vaso sanitário. Olha, mãe, eu tô atrasada, depois te ligo tá? 


Ela desliga. 


NADINE: E aí? 


CLÁUDIA: Disse que tá bem e que a Gisela não apareceu por lá. 


Todos respiram aliviados. Afonso fica desconfiado. 


CENA 03: PEDRA DO FORTE - PENHASCO - MANHÃ


Volney e José Carlos descem do carro. Jaqueline desce logo atrás deles. José Carlos abre o porta malas e vê um saco plástico preto. Ele e Volney, usando luvas, tiram o saco plástico com o corpo de Gisela de lá. Eles carregam o saco com o corpo até a beira do penhasco e atira o corpo, que cai barranco abaixo. Jaqueline se aproxima da beira do penhasco e olha para baixo rapidamente. Depois os três vão embora. 


CENA 04: PEDRA DO FORTE – STOCK-SHOTS – PASSAGEM DE TEMPO 


Montagem rápida, mas cheia de charme, mostrando a vida retomando o ritmo em Pedra do Forte.


– AVENIDA BEIRA MAR: A orla repleta de moradores caminhando, correndo, andando de bicicleta. O mar reflete o sol de fim de tarde. A câmera passa por quiosques elegantes, onde casais brindam taças de vinho branco. Crianças brincam com bolhas de sabão enquanto o vento agita levemente as folhas das palmeiras.


– CENTRO HISTÓRICO: Casarios coloniais restaurados. Cafés charmosos com mesinhas nas calçadas. Um saxofonista de rua toca uma melodia suave. Pessoas elegantes saindo de uma galeria de arte.


– PRAÇA PRINCIPAL: A feirinha de artesanato fervilha com turistas. Um artista pinta quadros da cidade. Vendedores oferecem cocadas e queijos finos. Um casal tira uma selfie em frente à fonte central iluminada por luzes douradas.


– PRAIA DO PARAÍSO: O pôr do sol pinta o céu de laranja. Surfistas pegam as últimas ondas do dia. Casais caminham descalços na areia. Uma pipa solta no céu.


– BAR VELUDO VERMELHO: À noite. Luzes coloridas. Taças tilintam, pessoas riem. Tudo parece leve, como se a cidade respirasse fundo após meses de tempestade.


– AVENIDA ATLÂNTIDA: Carros importados passam devagar. Vitrines reluzentes. Um outdoor gigante com a imagem de Jaqueline, agora poderosa, estampada como nova presidente do Grupo Von Bergmann. A frase: “Uma nova era começou.”


LEGENDA NA TELA: Meses depois.


CENA 05: CLÍNICA – SALA DE ULTRASSOM – MANHÃ


Ambiente iluminado, moderno, com janelas grandes deixando a luz suave da manhã entrar. O monitor do ultrassom brilha com imagens em preto e branco.


Jaqueline está deitada na maca, com a barriga grande à mostra. De um lado, Volney segura sua mão. Do outro, José Carlos segura a outra. Os dois estão tensos, mas com um brilho emocionado nos olhos.


A MÉDICA desliza o aparelho sobre o ventre de Jaqueline, enquanto todos observam a tela com atenção.


JAQUELINE: (leve, ansiosa) E então, doutora?... Como é que tá meu filho?


A médica sorri com mistério.


MÉDICA: Você quer saber como está o seu filho… (pausa dramática) Ou os seus filhos?


JAQUELINE: (franzindo a testa) Como assim?


A médica aponta para a tela, ampliando a imagem. O silêncio toma conta por um segundo.


MÉDICA: Olha aqui… (pausa) São dois corações batendo. Você está esperando gêmeos. Parabéns!


Olhares trocados. Jaqueline, atônita. Volney e José Carlos também. A médica então completa, com uma delicadeza científica:


MÉDICA: E mais: é uma gravidez heteroparental.


VOLNEY: (confuso, mas já sorrindo) Isso quer dizer que… um é meu, e o outro é dele?


MÉDICA: Exatamente. Cada bebê tem um pai diferente. É raro… mas aconteceu.


Silêncio emocionado. José Carlos leva a mão à boca, emocionado. Volney sorri, pasmo. Jaqueline ri com lágrimas nos olhos, sem saber se ri ou chora. Os dois homens, instintivamente, se curvam e a beijam carinhosamente, um em cada lado do rosto.


JAQUELINE: (sussurrando, entre lágrimas) Dois corações… Dois pais… Meu Deus...


Eles ficam ali, os três, colados, cercando a tela que mostra os dois pequenos batimentos ritmados.


CORTE PARA:

A imagem da tela, com os dois fetos. Um mexe a mão. O outro dá um leve chute.


CENA 06: VELUDO VERMELHO – ESCRITÓRIO – NOITE


A música abafada do salão ecoa do lado de fora. Pela vidraça, luzes coloridas piscam. O ambiente interno é mais sóbrio, elegante, com luz baixa.


Raí e Estela estão sentados lado a lado, cercados por papéis, planilhas abertas no notebook, e uma garrafa de espumante pela metade sobre a mesa.


ESTELA: (feliz, com um sorriso leve) Sabe que eu tô radiante com essa história de ser avó?... Ver o Volney feliz daquele jeito… não tem preço. E pensar que tudo começou quando botei ele pra fora de casa. Eu me arrependi depois, mas… no fim das contas, acho que empurrei ele pro rumo certo.


RAÍ: Ele encontrou o próprio caminho. E você também. Olha esse lugar, olha pra você, Estela. Nunca te vi tão viva.


Ela ri, orgulhosa.


ESTELA: O Veludo tá bombando, meu filho feliz, minha vida nos eixos… (suspiros) Tô plena, realizada.


RAÍ: (olhando fixamente) E se eu dissesse que posso te deixar ainda mais feliz?


ESTELA: (curiosa, rindo) Posso saber como?


Raí se levanta sem responder. Vai até a porta, gira a chave e a tranca com um clique seco. Estela franze o cenho, surpresa, excitada.


Ele se aproxima com calma, firmeza no olhar. Estela ainda está sentada na cadeira quando ele segura seu rosto com as duas mãos e a beija — com fome, com desejo. Um beijo profundo, intenso, que a faz suspirar e entreabrir os lábios.


Sem dizer uma palavra, Raí começa a tirar o blazer dela, depois a blusa, expondo sua pele aos poucos, com reverência. Ele a beija no pescoço, desce pela clavícula, mergulha no colo. Estela fecha os olhos, ofegante.


Ela se levanta da cadeira com ele, empurrando os papéis da mesa. Ele a deita com cuidado sobre a superfície, sem parar de beijá-la. Estela puxa a camisa dele, abre os botões com pressa.


Mãos se entrelaçam. Boca no ventre. Pernas se enroscam.


Os dois fazem amor com intensidade, embalados pela batida abafada do Veludo e pela luz vermelha que invade o ambiente.


CENA 07: VELUDO VERMELHO – NOITE


O bar vibra com energia. Luzes vermelhas e douradas banham o ambiente. Música sensual ao fundo. Celina caminha com Jéssica Klein. Ela observa cada detalhe do ambiente com genuíno interesse.


JÉSSICA: (encantada) Eu tô impressionada, dona Celina… Sabe que eu sempre quis vir aqui?! Nunca consegui, com essa minha vida corrida. 


CELINA: (sorrindo) Muita fofoca pra publicar, né, minha querida?


JÉSSICA: (rindo) A senhora nem imagina o quanto.


CELINA: Pois hoje é sua noite de folga. E já que é sua primeira vez… deixa eu te apresentar o melhor que temos.


Celina desliza entre as mesas com elegância. Para diante de Rafael, que conversa com um cliente. Ao vê-la, ele sorri e se aproxima.


CELINA: Rafael, essa aqui é Jéssica Klein. (olha para ela com malícia) A mulher mais falada da cidade… e agora, nossa cliente mais especial.


JÉSSICA: (estendendo a mão) Muito prazer.


RAFAEL: (segura a mão dela, firme, sem desviar os olhos) Prazer é comigo mesmo.


Um silêncio cheio de tensão elétrica. 


CELINA: (satisfeita, dando dois passos pra trás) Vou deixar vocês dois… à vontade.


Celina se afasta com um sorriso de missão cumprida, olhando discretamente para trás.


CELINA: (sussurrando pra si mesma) Mais uma cliente satisfeita…


CENA 08: MANSÃO PASSARELLI – SALA – MANHÃ


A campainha toca. Nadine desce as escadas com um robe de seda estampado, visivelmente incomodada.


NADINE: (grita) Tonya? (pausa) TONYA! Meu Deus, cadê essa empregada pra abrir a porta?! (grita) TONYA! Mas que saco…


A campainha toca de novo, insistente. 


NADINE: Ai, que saudade da Neide... Aquela sim era competente.


Ela abre a porta — e dá de cara com Afonso e Otávio, bronzeados, elegantes, com malas discretas a tiracolo.


NADINE: (feliz, emocionada) Meus amores! Que saudade...


Ela os abraça forte, sem conseguir esconder a alegria.


NADINE: E aí? Fizeram boa viagem de volta?


OTÁVIO: Se a gente ignorar a turbulência do Atlântico que parecia um liquidificador... foi maravilhosa.


AFONSO: (sorrindo) Foi a lua de mel perfeita, né, amor?


Eles trocam um beijo apaixonado. Nadine suspira, encantada.


NADINE: Vocês dois são tão lindos juntos… 


AFONSO: E o papai? Tá por aqui?


NADINE: Foi pra Prime. Botou na cabeça que quer voltar a ser maromba, você já imagina né? Tá obcecado!


AFONSO: Imagino sim… (olha o relógio) Eu vou passar na casa da Jaqueline mais tarde… Prometi que iria visitar ela e os gêmeos assim que chegasse.


NADINE: (sorrindo) Ela vai adorar. Vem, vamos tomar um cafézinho…


Os três caminham para a sala de jantar, conversando animadamente.


CENA 09: MANSÃO VON BERGMANN – QUARTO DE JAQUELINE – MANHÃ


As cortinas esvoaçam com a brisa suave. O sol entra filtrado, dourando o quarto luxuoso.


Duas babás cuidam dos bebês com delicadeza. Jaqueline, impecável mesmo de camisola, se inclina com carinho e dá um beijo em cada um.


CORTE PARA O BANHEIRO:


A água quente escorre pelos ombros de Volney, que toma banho relaxado. O vapor começa a embaçar o espelho. De repente, José Carlos entra sorrateiro e envolve Volney por trás. Os dois trocam um olhar cúmplice antes de se beijarem com intensidade.


Jaqueline entra devagar, observando em silêncio. Desamarra a seda da camisola, que desliza pelo corpo e cai no chão. Ela se aproxima dos dois, sorrindo como quem já conhece bem o terreno. Eles param o beijo. Silêncio tenso, cheio de desejo.


José Carlos segura sua cintura. Volney beija seu pescoço. Jaqueline fecha os olhos, se entregando ao momento. Volney começa a penetrá-la por trás. José Carlos a penetra pela frente. Jaqueline geme. O vapor da água quente sobe. Volney pega um vibrador e coloca no meio, fazendo-a gemer ainda mais com a tripla penetração. Ela sorri sentindo prazer. 


A câmera sobe enquanto o trio se envolve sob a ducha quente. O vapor domina a tela. Risos abafados. Beijos molhados. Mãos deslizando. Sussurros entrecortados.


CORTE PARA O ESPELHO DO BANHEIRO, totalmente embaçado, onde se vêem apenas três silhuetas em movimento.


CENA 10: MANSÃO VON BERGMANN - FINAL DE TARDE


Afonso chega e é recebido calorosamente por Jaqueline. Eles se abraçam com alegria. Afonso entrega uma sacola para ela, seu rosto iluminado por um sorriso afetuoso.


AFONSO: Presente pros meus sobrinhos, direto de Paris.


JAQUELINE: (sorrindo, emocionada) Ai, que lindo! Muito obrigada, Afonso!


Eles se abraçam de novo, com alegria, a conexão entre eles evidente.


JAQUELINE: Vamos lá fora. Mandei a empregada preparar a mesa no jardim.


CORTE PARA O JARDIM:


A câmera se move suavemente para capturar Afonso e Jaqueline olhando para o horizonte. O sol está se pondo, tingindo o céu de tons dourados e laranjas.


JAQUELINE: (tom reflexivo) A gente passou por tanta coisa, né, primo?


AFONSO: (olhando para o horizonte) Pois é. Mas sabe uma coisa que ainda me intriga?


JAQUELINE: (sorri curiosa) O que?


AFONSO: (o tom muda, mais sério) O paradeiro da Gisela. Ela fugiu da cadeia há quase um ano. Até hoje, ninguém conseguiu encontrá-la. Nem a polícia.


Jaqueline engole em seco, visivelmente desconfortável. Seu sorriso desaparece.


AFONSO: (olhando diretamente para Jaqueline) Você sabe de alguma coisa, não sabe?


Jaqueline hesita, morde o lábio inferior.


JAQUELINE: (suspira, olhando para ele com seriedade) Olha, Afonso... Eu vou te contar, mas isso não pode sair daqui, nunca!


Ela olha ao redor, como se se certificasse de que ninguém mais ouvia.


JAQUELINE: (baixando a voz) A Gisela esteve aqui... no dia em que fugiu da prisão. Ela me rendeu com uma faca. Mas... o Volney... ele me salvou. Ele... ele matou ela.


AFONSO: (choque, incrédulo) Como?


JAQUELINE: (sem emoção, mas firme) Ele pegou um dos... dildos do Marcos e enfiou na garganta dela.


Afonso não consegue evitar. Ele começa a rir, sem controle.


AFONSO: (rindo, espantado) Não acredito. Foi assim que ela morreu? Eu pagava pra ver essa cena...


Jaqueline olha com seriedade.


JAQUELINE: (com urgência) Afonso, pelo amor de Deus, isso não pode sair daqui!


Afonso se recompõe, ainda rindo suavemente, mas com um toque de incredulidade.


AFONSO: (relaxa, controlando a risada) Eu sei. Não se preocupa. Mas, pelo menos, se livraram do corpo?


JAQUELINE: (nervosa, desconfortável) A gente jogou ela num penhasco... Enfim... Melhor mudar de assunto.


Afonso se torna mais pensativo, o ambiente ao redor agora parece mais pesado.


AFONSO: (sério, olhando ao redor) Você conseguiu tudo o que sempre quis, né, Jaque? Queria destruir os von Bergmann... Conseguiu. Queria se vingar do Nelson, da Gisela… agora tem a casa, o dinheiro, a empresa... virou presidente de tudo...


Jaqueline sorria levemente, mas a sombra de uma reflexão percorre seu rosto.


JAQUELINE: (olha para ele com sinceridade) Pois é... (pausa) Mas você não conseguiu se vingar do Volney, né? Apesar de tudo o que aconteceu entre vocês dois... Apesar dele ter tentado destruir teu casamento daquela maneira... no fim das contas... ele está feliz. E você também.


Afonso desvia o olhar, um ligeiro desânimo toma conta de sua expressão.


AFONSO: (suspiro, amargo) É… as coisas aconteceram como tinham que acontecer. O que importa é que, hoje, todos nós estamos bem. E felizes.


Neste momento, a empregada se aproxima com suavidade.


EMPREGADA: (com educação) Com licença, Dona Jaqueline. O seu José Carlos está te chamando.


JAQUELINE: (para Afonso, sorrindo) Eu volto já.


Ela levanta, e os dois trocam um olhar breve. Jaqueline sai com a empregada, e Afonso fica sozinho no jardim, o ambiente calmo ao redor dele, mas seu olhar está distante, perdido em pensamentos profundos.


Ele fica em silêncio por alguns segundos, absorvendo tudo.


Ele pega seu celular lentamente. A tela acende. Ele disca números. A câmera foca em seu rosto impassível.


VOZ: (OFF) Central de Denúncias...


Afonso endireita a postura, seu tom agora frio e calculista.


AFONSO: (com determinação) Alô? Polícia? (pausa) Eu quero fazer uma denúncia anônima... (pausa) É sobre a Gisela von Bergmann. (pausa) Eu sei o que aconteceu com ela. (pausa) Ela foi assassinada. O corpo foi jogado num penhasco.


CLOSE NOS LÁBIOS DE AFONSO

Ele fala com convicção.


AFONSO: (olha para o celular) Eu sei quem matou ela... (pausa / fala pausadamente) O nome dele é Volney Sanches Viana.


Ele desliga a chamada, o som do botão de desligar ecoando na tela. Silêncio por um instante. Afonso toma um gole de vinho e abre um leve sorriso frio. CORTE SECO PARA TELA PRETA.



FIM

 

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