A INTRUSA - CAPÍTULO 32 - (30/09/2025)

    

A INTRUSA

CAPÍTULO 32

UMA NOVELA DE TAÍS GRIMALDI


Quatro Por Um - Capitulo 007 (30/09/2025)

 Quatro por Um - Capítulo 7



uma novela de:

Jacques LeClair


Direção:

Allan Fiterman

Leonardo Nogueira


Elenco:

Letícia Colin como Anabel Royal

Marcello Melo Jr. como Rafael Royal

Renato Góes como Miguel Royal

Sheron Menezzes como Isabel Royal 


Elenco em ordem alfabética 

Ângela Vieira como Eleonora Bonfim Alcântara 

Christiane Torloni como Selma Royal

Dan Stulbach como Celso Alcântara 

Emílio Dantas como Jorge Passos 

Felipe Bragança como Marcos Muniz de Albuquerque 

Giovanna Cordeiro como Solange Alcântara 

Herson Capri como César Barbosa

Lilia Cabral como Suely Muniz de Alcântara 

Lucinha Lins como Eliete Royal

Marcos Palmeira como Higor Calmon

Maria Eduarda de Carvalho como Maria Carolina “ Carol " Muniz de Albuquerque 

Mariana Sena como Luisa Silva

Mel Maia como Bianca Pinheiro Royal

Paulo Betti como Antônio Marcos Albuquerque 

Paulo Lessa como Joel Bastos

Renan Monteiro como Rui Dantas

Ricardo Pereira como Dr. Bernardo França 

Selton Mello como Sérgio Santos

Sophie Charlotte como Josie Pinheiro 

Stella de Freitas como Norma Junqueira 

Suely Franco como Vilma Celestino

Valentina Herszage como Helena Royal 


Participações especiais

Cosme dos Santos como Amadeu Neves

Cristiane Pereira como Rita Anjos

Irene Ravache como Noelita Palmeira

Kadu Moliterno como Cassiano Dias

Jonathan Haagensen como Salles


Atriz convidada:

Cássia Kis como Carmen Royal


Ator convidado:

Luis Melo como Pedro Rabelo


No capítulo anterior…


Cezar - Simone, preciso que você encaminhe aqueles documentos para a sala de dra. Solange. Aqueles contratos precisam ser vistos hoje. Ah, e não esqueça de deixar o café lá na sala.

Simone - Dr. Cezar, tem uma moça esperando em sua sala.

Cezar - Moça? Mas que moça? Eu não deixei ninguém esperando em minha sala.

Simone - Ela é sobrinha da Dra. Carmen. 

Cezar - Sobrinha? Deixa eu ver. (Ele caminha apressadamente para sua sala. Ao chegar lá, ele se depara com Helena sentada em sua mesa)

Helena - Finalmente o senhor chegou, dr. Cezar. Eu tenho uma proposta para lhe fazer.

Cezar - Escute aqui, menina, eu acredito que você não tenha nenhuma proposta a me fazer, se não for de importunação. Então, por favor, peço-lhe que saia de minha sala.

Helena - Dr. Cezar, o senhor não sabe o que está fazendo.

Cezar - Eu acho que você é quem não sabe o que faz. 


Instrumental - Quimedha 3/Mu Carvalho 

Helena - Pois eu te mostro agora. Eu sou filha de Isabel Royal, uma das que concorrem ao cargo de presidenta do Grupo Royal. Cargo este que você tanto almeja, não é mesmo. Capaz de fazer qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, para alcançar este lugar.

Cezar - Quem te falou isso?

Helena - Um passarinho me contou. Pois saiba de uma coisa, eu sou a pessoa ideal para tornar possível esse acontecimento. Afinal de contas, sendo filha de uma das donas, não é tão difícil conseguir as coisas. Até porque, na linha sucessória, eu sou a seguinte. Cezar, creio que agora eu posso te chamar assim, eu já pensei em tudo, tudo mesmo. O seu desejo é chegar à presidência do Grupo Royal, porém já tem quatro que estão concorrendo ao mesmo cargo, o que torna inviável a sua presença nesse posto. Desses quatro, uma é minha mãe, que infelizmente, não acho capaz de ganhar, tendo o Rafael e a Anabel como grandes opositores. Tenho o Rafael e a Anabel como grandes opositores, isso torna mais difícil que ela se destaque entre eles, afinal, ela não possui nenhum atrativo ou ambição. Então, se minha mãe não é uma das escolhidas, meus planos se tornam completamente frustrados. 

Cezar - Você falou tanto, e não chegou a lugar nenhum.

Helena - Tenha paciência, porque eu chego lá. Cezar, meu querido Cezar, tirando os quatro competidores, eu sou a única capaz de alcançar aquele cargo que você tanto almeja, e que sou capaz de fazer qualquer coisa para que não pare em outras mãos a não ser as minhas.

Cezar - Pois pode ir tirando o seu cavalinho da chuva, porque eu nunca deixaria que um Grupo Empresarial desse porte caísse nas mãos de uma pirralha.

Helena - Pois aí é que você se engana. Sozinho você nunca conseguiria chegar lá, Cezar, muito menos com aquela tentativa de ajudante que você conseguiu. Eu tenho informações, entrou em lugares que você não consegue entrar, posso ouvir conversas que você não consegue ouvir, eu chego em locais onde não você nunca passaria da porta. Cezar, eu estou aqui pra formar uma aliança com você, para tirar das mãos desses ai, o que deveria estar em nossas mãos. Quem sabe não chegamos a um acordo.

Cezar - Helena, já percebi que você não é boba, e já está à frente de muitos. Você é muito ousada viu, menina. Se eu te entregar pra sua tia…

Helena - Cezar… em quem você acha que a titia iria acreditar? Em um homem que trabalha aqui há trocentos anos e nunca chegou sequer a vice, ou a herdeira direta desse trono? Fora que, acreditando ela em você ou não, eu herdarei aquele lugar de qualquer jeito, afinal, sou a sobrinha mais velha. Eu duvido muito que minha mãe alcance, até porque com duas aves de rapina como o Rafael e a Anabel se tornam mais difícil, mas eu só iria adiantar o percurso. Já você, Cezar, capaz de aposentar nesse cargo que há anos você trabalha… quem é que é mais beneficiado, hein?

Cezar - Eu vou pensar no que você disse. Agora, peço que você saia de minha sala, preciso trabalhar.

Helena - Pense com carinho, e aqui está meu número, para entrar em contato comigo. Ah, e mais uma coisa, se por algum acaso o meu plano chegar aos ouvidos de terceiros, eu faço a sua caveira… tchauzinho. (Helena sai. Cezar reflete)

Cezar - Essa menina é muito esperta… aqueles quatro estão lascados na mão dela…



Cena 02: Barbearia/Manhã/Interna


Instrumental - Drama Caíque/Alto Astral = Continuação da cena na barbearia. Carol realiza barraco com Luísa.


Luisa - Olha, moça, eu não sei do que você está falando. Mas o que acha de nós duas conversarmos, para entender essa situação.

Carol - Eu não quero entender nada. Se eu quiser, eu coloco tudo isso aqui para baixo, 

Luisa - Não adianta ficar gritando não. Você pode ser quem for, mas não é maior do que eu pra gritar comigo.

Carol - Eu grito com quem eu quiser! (Luisa da um tapa em Carol) 

Luisa - Não grita não, por que eu não vou deixar! (Carol da um tapa. As duas se agarram e rolam pelo chão, brigando. O chefe chega)

Chefe - Parem já as duas, eu não quero brigas dentro de minha barbearia. Parem já as duas! 

Carol - Eu não vou deixar isso barato não, viu! Eu não vou deixar (sai de cena, furiosa)

Chefe - E você, Luísa, pode ir pegando as suas contas, aqui você não trabalha mais. Está despedida!





Ao som de Um Amor de Verão - Rádio Táxi, imagens do Rio são mostradas, e levam até o apartamentos de Celso. Lá, Eleonora se arruma para visitar o Grupo Royal.


Cena 03: Apartamento de Celso/Manhã/Interna


Celso - Para onde a senhora vai assim, toda arrumada? Parece até que vai se encontrar com alguém.

Eleonora - Isso não é de sua conta. Irei lá para o Prédio do Grupo Royal. Afinal, eu ainda detenho uma porcentagem das ações daquele lugar.

Celso - Mas o que a senhora vai fazer lá?

Eleonora - Vou ver uma pessoa que não vejo há muitos anos… vamos, Celso, adiante-se. Eu não tenho o dia todo.


Cena 04: Casarão dos Albuquerque's/Manhã/Interno. Arranjada pelo instrumental Drama Caique - Alto Astral, Carol entra toda desarrumada, e chama a atenção de Suely e Antônio Marcos.


Antônio - Escute querida, eu já estou organizando tudo para a campanha do próximo ano. Afinal, quero me lançar como senador. Imagine aí, senador? É um completo sonho.

Suely - Eu quero ver quem vai votar em você. 

Antônio - O que é isso? Que pessimismo. As mesmas pessoas que votaram em mim para deputado.

Suely - Pois é, mas essas mesmas pessoas comentam horrores contra você na internet.

Antônio - E você se seguia por internet? O meu público, o meu eleitorado são pessoas fiéis, que não caem nas fake news e balbúrdias da internet. São gente de bem, que ainda dá para confiar!


Carol entra (começa a tocar o instrumental)


Suely - Mas Carol, o que aconteceu? O que fizeram com você?

Carol - Saia da minha frente, mãe. Eu não quero ver ninguém agora. E nem venham atrás de mim!

Suely - Mas minha filha! Volte aqui! Vai lá, Antônio, faça alguma coisa.

Antônio - Mas o que você quer que eu faça? Não vê que ela não quer ninguém agora.

Suely - E você vai deixar ela sozinha? No estado que ela está?

Antônio - Você é a mãe!

Suely - E você é o pai! Se eu for esperar por você, Antônio, eu estou frita! 


Suely sobe para o quarto de Carol. Ela fica a porta, tentando falar com a filha:


Suely - Carol, minha filha, me responda! Deixe-me entrar, para falar com você.

Carol - Vá embora! Eu não quero falar com ninguém.

Suely - Minha filha, eu preciso saber o que está acontecendo. E para saber, eu preciso que você me diga.

Carol - Pois não adianta falar nada, porque eu não vou te atender. E nem adianta ficar acampada na porta do meu quarto, porque eu não vou abrir!


Cena 05: Prédio Royal/Manhã/Externa e Interna - ao som de Por Una Cabeza - Carlos Gardel. A cena mostra a chegada de Eleonora no prédio Royal. Ela chega com roupas elegantes e um óculos escuro. Ela retira o óculos, observando o lugar.


Eleonora - Esse lugar continua a mesma coisa… não mudou nada.

Carmen - Simone, por favor, não esqueça de me encaminhar aqueles processos, certo? (Ela vê Eleonora) Trilha - Tango Cocodrilo - Daniel Musy.

Eleonora - Olha, olha, olha, quanto tempo. (Todos paralisam para ver o momento)

Carmen - Eu que digo. Quanto tempo. O que foi? Cansou da Europa? 

Eleonora - Se me cansasse da Europa, não seria eu, seria outra. Se eu pudesse, estaria lá até agora.

Carmen - E porque não ficou? Não diga que é falta de dinheiro.

Eleonora - Mas é claro que não. A culpa não é minha ser uma pessoa muito ocupada e cheia de situações para resolver. 

Carmen - Quais situações? Que eu me lembre, tudo está caminhando bem nas minhas empresas.

Eleonora - Será mesmo? Vamos ver isso agora. 

Carmen - Venha para a minha sala. (Elas caminham até a sala de Carmen) pois diga, Eleonora, quais são esses problemas que você tanto diz que a minha empresa anda passando? Que eu me lembre, está andando tudo de vento em popa.

Eleonora - Claro, Carmen. Que história é essa de colocar seus sobrinhos para concorrer à presidência? Que eu me lembre, eu ainda tenho a minha parcela de ações aqui, que me dão direito de escolha.

Carmen - Pois escolha como quiser com os seus 20% em ações, porque até onde eu me lembre, eu detenho 80%, o que me dá a maioria das ações nessa empresa. Ou seja, eu posso escolher quem eu quiser.

Eleonora - (risos) Não diga que agora haverão 4 presidentes?

Carmen - Um reino dividido nunca subsistirá, Eleonora. Jamais daria a meus quatro sobrinhos 20% de ações. Para se igualar aos seus filhos? Jamais. Manterei minha autonomia, 80%, é apenas um conseguirá alcançar esse posto. Você acha que eu não pensei em tudo? Imagina se eu desse 20% de ações a cada um? Igualaria-se a você, e consequentemente um de seus filhos, que assumiria essas ações, estaria igual em ações aos meus sobrinhos. Eu não nasci ontem, Eleonora, e não será dessa vez que você conseguirá passar por cima de mim.

Eleonora - E por algum acaso preciso? Pelo amor de Deus, Carmen, não seja boba. Você sabe muito bem da rixa que nós temos, e o porquê estou aqui. Eu estou de olho em suas armações, principalmente nesse plano absurdo que você criou.

Carmen - Apesar dos problemas, papai me ensinou muito bem como reger uma empresa, até porque, fui criada pra isso. Agora, por favor, preciso trabalhar. Ao contrário de umas aqui, que vivem do trabalho dos outros.

Eleonora - Eu estou falando, eu não vou deixar que você tome decisões que prejudiquem a mim e a meus filhos.

Carmen - Você não faz nem cócegas, Eleonora. Em algum outro momento nós conversamos, até porquê, eu trabalho.


Eleonora sai furiosa da sala, enquanto Carmen ri da situação 


Cena 06: Sala de Cezar/Manhã/Interna. Cezar e Celso conversam.


Celso - Então quer dizer que a Helena te procurou?

Cezar - Procurou, e que menina sabida, Celso. Ela me procurou com um plano completamente arquitetado, e ainda me ameaçou caso eu revelasse a tia dela o que ela está planejando.

Celso (risos) - Pra você ver essa juventude, Cezar. Hoje em dia ninguém é besta mais não. 

Cezar - Mas acredite, Celso, ela tem o jeito. Bom, o plano em si não disse, mas se mostrou disposta a agilizá-lo. E ainda percebeu que o Rafael e a Anabel são águias quando o assunto é essa empresa, capazes de fazer tudo pra alcançar aquela cadeira. E eu não suporto aqueles dois.

Celso - E o Miguel?

Cezar - Aquele ali não fede e nem cheira, parece estar ali por conveniência.

Celso - Mas você vai aceitar esse plano?

Cézar - Não me parece uma estratégia ruim, sabe? Às vezes dá vontade de dar o braço a torcer. Mas ela é muito esperta, capaz de sacar coisas que poucos sacaram.

Celso - Pois então dê o braço a torcer. Se der errado, pule do barco.

Cezar - Eu vou ligar para ela. Vamos ver no que dará 


O telefone de Helena toca, e ela atende - Toca Puro Êxtase - Barão Vermelho 


Helena - Alô… 

Cezar - Helena? É o Cezar!

Helena - Oh, Cezar. Que rápida a sua ligação. Geralmente as pessoas demoram mais tempo para pensarem.

Cezar - Eu pensei acerca de seu plano, e tomei uma decisão.

Helena - Pode falar… qual a sua decisão sobre isso?

Cezar - Eu aceito o seu acordo.

Helena - Que coisa, foi rápido mesmo. E o que te motivou a tomar essa decisão tão rápida 

Cezar - Eu quero derrubar naquela empresa um por um. E eu já sei por quem começar. E preciso de sua ajuda.

Helena - E quem será?

Cezar - O Rafael.

Helena - O Rafael? O Rafael é fácil… eu conheço alguém que pode derrubar ele facinho.

Cezar - Quem?

Helena - A Ex-mulher dele.


A cena corta para Joel chegando de carro em frente a uma barraca de lanches. Ele desce, como quem está procurando alguém. Ele avista Josie (Sophie Charlotte), que está despachando crianças. Ele se aproxima.


Joel - Boa tarde!

Josie - Olha, sem conversa fiada. Qual o seu pedido?

Joel - É aqui que trabalha uma tal de Josie?


A câmera foca em Josie, partindo ao meio. Encerramento ao som de Só Você - Vinícius Cantuária 





















A INTRUSA - CAPÍTULO 31 - (29/09/2025)

   

A INTRUSA

CAPÍTULO 31

UMA NOVELA DE TAÍS GRIMALDI


Quatro Por Um - Capitulo 006 (29/09/2025)

 Quatro por Um - Capítulo 6



uma novela de:

Jacques LeClair


Direção:

Allan Fiterman

Leonardo Nogueira


Elenco:

Letícia Colin como Anabel Royal

Marcello Melo Jr. como Rafael Royal

Renato Góes como Miguel Royal

Sheron Menezzes como Isabel Royal 


Elenco em ordem alfabética 

Ângela Vieira como Eleonora Bonfim Alcântara 

Christiane Torloni como Selma Royal

Dan Stulbach como Celso Alcântara 

Emílio Dantas como Jorge Passos 

Felipe Bragança como Marcos Muniz de Albuquerque 

Giovanna Cordeiro como Solange Alcântara 

Herson Capri como César Barbosa

Lilia Cabral como Suely Muniz de Alcântara 

Lucinha Lins como Eliete Royal

Marcos Palmeira como Higor Calmon

Maria Eduarda de Carvalho como Maria Carolina “ Carol " Muniz de Albuquerque 

Mariana Sena como Luisa Silva

Mel Maia como Bianca Pinheiro Royal

Paulo Betti como Antônio Marcos Albuquerque 

Paulo Lessa como Joel Bastos

Renan Monteiro como Rui Dantas

Ricardo Pereira como Dr. Bernardo França 

Selton Mello como Sérgio Santos

Sophie Charlotte como Josie Pinheiro 

Stella de Freitas como Norma Junqueira 

Suely Franco como Vilma Celestino

Valentina Herszage como Helena Royal 


Participações especiais

Cosme dos Santos como Amadeu Neves

Cristiane Pereira como Rita Anjos

Irene Ravache como Noelita Palmeira

Kadu Moliterno como Cassiano Dias

Jonathan Haagensen como Salles


Atriz convidada:

Cássia Kis como Carmen Royal


Ator convidado:

Luis Melo como Pedro Rabelo


No capítulo anterior…


Cena interior da casa de Isabel - Helena chega toda feliz e com compras.


Helena - Minha mãe, desculpa a demora. Eu estava nas compras. A, e eu ainda apressei uns apartamentos para alugarmos. Você não vai precisar ir lá para conferir, porque eu já tirei fotos e apressei preços. Qual a janta do dia?

Isabel - Helena, que história é essa de você ter humilhado os meus amigos lá na casa de tia Carmen? Você me deve uma explicação!


Instrumental - Tenso Leve Aa #1 - Mu Carvalho 


Helena - Mas do que é que você está falando?

Isabel - Como do que eu estou falando? Não se faça de desentendida! Eu fiquei sabendo de tudo, Helena, não adianta esconder não.

Helena - Mas sabendo de que? Eu realmente não estou entendendo.

Isabel - Do vexame que você fez os meus amigos passarem lá na casa da tia Carmen. Eles foram lá prestigiar a comemoração, e você colocou todos eles para correrem. O que significa isso, Helena?

Helena - Já foram te fazer fofoca.

Isabel - Não é nada de fofoca não. Para chegarem ao ponto de me chamarem de traidora, veja só o que fizeram na parede da casa por sua causa!

Helena - Minha causa? Nada disso! Se seus ditos amigos agem feito selvagens, isso não é problema meu! Só mostra a qualidade da gente com quem você anda! E pior, chegarem lá parecendo uns desocupados, fazendo a maior algazarra, imagina se a tia Carmen te vê assim? E pior, aqueles que vão trabalhar com você vendo toda essa situação? Te passam pra trás rapidinho. E parece que já esqueceu, que você está correndo um grande risco naquele lugar, um local cheio de cobras. Abra o olho, pra não perder o que é seu.

Isabel - Não mude de assunto, Helena. A vergonha que você fez eles passarem não faz nem ao pior inimigo.

Helena - Olha aqui, mãe. Eu não queria falar, mas você não me dá outro caminho. Você precisa mudar de vida. Você já está em outra, na frente de toda essa gente aqui. Isso aqui é um atraso, um atraso pra quem já está subindo na vida. Olha, eu já apressei alguns apartamentos, e eu tenho certeza que você vai gostar.

Isabel - Eu não quero ver apartamento nenhum e sair daqui está fora de cogitação. Meu Deus, eu não tenho nem cara pra sair nessa rua. Toda vez que eu vejo toda essa gente, eu só me lembro da vergonha que você os fez passar.

Helena - Quer saber de uma coisa? Não está dando mais pra ficar aqui não. E eu não vejo outro caminho a não ser me mudar daqui. E se você não quer ir ou não pensa do mesmo jeito que eu, então é melhor nos separarmos.


Eternamente - Eduardo Queiroz 



Isabel - Agora eu que pergunto, do que é que você está falando? Onde é que você quer chegar, Helena?

Helena - Que agora eu que não quero mais ficar aqui. Eu faço de tudo para garantir o seu lugar ao sol, e você me trata desse jeito? Só você não enxerga que esse lugar é um atraso pra você, um retrocesso. Será que só você não percebe que isso aqui não é mais para você? Que esse lugar não é mais para gente como nós? Não adianta querer ficar aqui por caridade ou memória afetiva, porque isso não leva ninguém a lugar nenhum. Sabe o que eu vou fazer? Eu vou embora dessa casa, eu vou embora dessa vila imunda e de gente que não tem o que fazer. Seja você querendo ir também ou não.


Close em Isabel, com o semblante de sofrimento. Há um corte de cena, levando para a cena 2


Cena 02: Apartamento de Celso/Sala de Estar/Noite. Solange e Celso vão assistir tv, e recebe visita inesperada:


Celso - Aqui está. Dois hambúrgueres. 

Solange - Você é o melhor irmão do mundo!

Celso - Não é nada. É o mínimo que eu posso fazer por você, por ter me suportado até aqui.

Solange - Pois é, não é? Já tá na hora de casar já, a idade bate à porta.

Celso - Pois é. Estou quase cinquentando. Mas sabe o que aconteceu, Sol? Você não vai lembrar porque era criança, mas eu namorei uma moça que era o amor da minha vida. Claro, as circunstâncias nos afastaram, mas eu a amei muito. 

Solange - E porque não procura essa moça de volta? Vai que esse amor não volta?

Celso - E se eu te contar que eu a encontrei de novo? Mais de 20 depois… mas eu fiquei impressionado que o rosto dela continua o mesmo, igualzinho. 

Solange - E ela é casada?

Celso - Viúva.

Solange - Há muito tempo?

Celso - Segundo ela, sim.

Solange - Então mergulha, meu irmão. O tempo passa pra todo mundo, e aproveita enquanto ainda não é tarde demais pra tentar.

Celso - Pois é, mas ela agiu com estranheza. Se esquivando nas conversas, como quem não queria falar nada.

Solange - Então dê um tempo. Aos poucos você vai conquistando o coração dela, conselho de mulher.

Celso - Eu vou confiar em você… e aí, o que achou do hambúrguer?

Solange - Está ótimo. Só não peço outro, porque estou de regime.

Celso - Quer emagrecer mais que isso? Se perder mais dois quilos, você desaparece.

Solange - Até parece.


O interfone toca.


Solange - Mas quem será uma hora dessas?

Celso - Deixa que eu vou atender.


Celso se levanta para atender a porta. Ele abre a porta e dá de cara com Eleonora, sua mãe. Ela logo entra em casa.


Eleonora - Até que fim, viu? Não se busca mais ninguém no aeroporto não? Antigamente vocês eram mais prestativos…

Solange - Mãe? Mas o que a senhora faz aqui?

Eleonora - Como o que eu faço aqui? Eu voltei para o Brasil. Infelizmente.





(Continuação da cena 1/Noite/Quarto de Helena) - Helena está furiosa arrumando suas roupas na mala, enquanto a mãe tenta convencê-la a ficar. Instrumental - Eternamente/Eduardo Queiroz 


Isabel - Helena, minha filha, não faça isso. Minha filha, isso não é coisa que se faça.

Helena - Não adianta falar nada, porque eu não vou mudar de ideia, viu? Não perca seu tempo.

Isabel - Mas minha filha …

Helena - Não adianta, mãe. (Ela fecha a mala) Eu já tomei essa decisão. (Ela carrega a mala e desce e sai do quarto)

Isabel - Helena, volte aqui minha filha.


Externa/lado de fora da casa


Helena - Não adianta, mãe, não adianta.

Sérgio - Ih, ala, a Helena tá indo embora da vila. 

Higor - Já era hora, Sérgio, já era hora.


Toda a vila começa a começar a ida de Helena, com Isabel tentando pará-la. Helena entra em um carro, que a aguardava. No vidro do carro, Isabel tenta falar com ela 


Isabel - Minha filha, não faça isso. Vamos conversar.


Helena relembra o diálogo se Cezar


“Cezar - Escuta, Joel, eu sei que você só vai escutar esse áudio quando chegar em casa, mas preste atenção. Não vou, de jeito nenhum, deixar que esses quatro moleques assumam esses cargos, ouviu? Nem que pra isso, eu perca o meu réu primário, mas eu sou capaz de tudo para não deixar que eles assumam a presidência. Esse posto é meu por direito, eu fiz isso por merecer. Não vou permitir que aqueles inúteis passem na minha frente. A presidência é minha”


Helena - Saia desse inferno, motorista, você sabe para onde me levar


O carro arranca. Instrumental - Anjos/Edom Oliveira. Isabel, arrasada com a situação, volta desolada para casa. Ao entrar em casa, sobe para a cama, jogando-se nela. A câmera dá zoom em seu sofrimento.


(Continuação da cena 2/Noite/Sala)


Solange - A senhora nos pegou de surpresa. Nem imaginávamos que a senhora viria para o Brasil, muito menos agora.

Eleonora - Se não me quisesse aqui, era só falar.

Celso - Não é nada disso, mãe, não é nada disso. É que a senhora realmente nos pegou de surpresa.

Eleonora - Eu estou vendo. Nesta casa, parece que estão morando dois beneficiados do governo. Olha essa imundícia, vocês não contratam uma empregada, uma governanta, nada? E isso aqui? Hambúrgueres? Eu não acredito que meus filhos estão passando fome. Vocês não tem nenhuma cozinheira, nada?

Celso - Não, mãe, não temos nem cozinheira e nem empregada.

Eleonora - Mas isso é um absurdo. Mal cheguei dessa viagem horrível para quando chegar em casa ainda ter que dar um jeito nos meus filhos. Mas que situação… vocês me dão vergonha, vergonha! Foi só eu passar três anos em Madrid que já colocaram essa casa de ponta cabeça. 

Solange - E continua a mesma… chegando em casa e reclamando. Não mudou nada.

Eleonora - Ao contrário de vocês, que só retrocederam. Eu já sei que terei muito trabalho por aqui, muito mesmo.


Cena 03: Apartamento de Anabel/Noite/Sala. Anabel serve um café para Selma e Jorge.


Selma - A Grécia é um lugar espetacular. Eu esperei a sua chegada, filha, e nada de você chegar.

Anabel - Imprevistos, mãe, imprevistos… mas o bom que a senhora já está aqui, dar um descanso de tantas viagens.

Selma - Pois é, descansar mesmo. Olha, minha filha, eu havia me esquecido. Fale mais de seu namorado.

Anabel - Mãe, ele não é meu namorado…

Selma - Ah, desculpe. Noivo

Anabel - Não, mãe.

Selma - Marido???

Jorge - Amigos, dona Selma, somos apenas amigos. Trabalhamos no mesmo lugar.

Selma - Pois já tire esse “dona”, me chame de Selma. Selminha, para os íntimos.

Jorge - Está bem, Selminha.

Selma - Amei. Anabel, seu amigo é um querido, porque não me falou que tinha um amigo tão bacana?

Jorge - É bem recente a nossa amizade. Mas pode ter certeza, que a Anabel é uma pessoa maravilhosa.

Selma - Pois já está convidado para jantar aqui amanhã. 

Jorge - Eu agradeço.

Selma - Como eu já estava com saudades desse meu Brasil. Esse calor, essa brisa, esse aconchego. Se eu pudesse, eu nunca sairia daqui.

Anabel - Mas saiu, né? Não só saiu como também viveu anos lá fora.

Selma - Belzinha? Porque está falando assim comigo?

Anabel - Nada, mãe, nada. Olha, minha cabeça está doendo um pouco, vou me deitar.

Jorge - E eu preciso ir.

Selma - Jorge, você é um querido. Venha mais vezes.

Jorge - Pode ter certeza que aparecerei mais vezes.


Cena 04: Casarão Royal/Noite/Externa. O carro para em frente ao casarão de Carmen, e Helena desce do carro. Ela chega em frente a casa, e toca a campainha. (Cena interna)


Carmen - Sabe, Vilma, eu acho que não tive uma boa ideia. 

Vilma - Mas que ideia, Carmen?

Carmen - De colocar meus sobrinhos na empresa. As vezes que acho que dará tudo errado…

Vilma - Mas não tinha outra coisa a fazer. Até porque você não tem culpa de seus sobrinhos serem bichos do mato.

Carmen - Vilma!

Vilma - O que eu disse de errado?

Segurança - Dona Carmen, uma visita para a senhora.

Carmen - Quem é?


Helena aparece no salão, com uma mala nas mãos. 


Helena - Boa noite, tia. Boa noite, Vilma.





(Continuação da cena)


Carmen - Helena, você aqui? Mas o que foi que aconteceu?

Helena - É uma longa história, tia Carmen. Posso conversar com a senhora um minutinho.

Carmen - Pode, pode sim. Vilma!

Vilma - Já sei, já sei. Não se pode nem mais saber das fofocas dessa casa (Vilma sobe as escadas)

Carmen - Pode falar, querida. O que te trouxe até aqui?

Helena - Ah, Tia Carmen, foi minha mãe. A senhora não imagina o que está acontecendo…

Carmen - Pode me contar

Helena - É aquela vila onde ela mora, a senhora sabe que a gente mora em uma vila, não é?

Carmen - Sei sim.

Helena - Sabe o que aconteceu? Ela está convivendo no meio de selvagens. A senhora acredita que chegaram a pichar a parede da nossa casa?

Carmen - Nossa…

Helena - Pois é. Picharam, e me colocaram pra fora de lá. Eu já falei pra minha mãe, com o cargo que ela está ocupando, ela tem que mudar de vida. Mas sabe o que ela diz? Que considera aquele pessoal, e que não vai sair de lá. Se já chegaram ao ponto de pichar, apedrejar e invadir é o próximo passo.

Carmen - Você tem razão… meu Deus, e a Isabel não me contou nada disso…

Helena - A Mamãe é orgulhosa. Ela não aceita ajuda de ninguém.

Carmen - Olha, eu vou pedir pra subirem as suas malas e amanhã pensaremos isso com calma.

Helena - Agora, por favor, não conta pra minha mãe tudo o que eu te falei. Como eu te disse, ela é muito orgulhosa e capaz de preferir morrer lá do que conquistar algo melhor.

Carmen - A mesma coisa da mãe. Mas não se preocupe, eu sei o que vou fazer. Pode subir, que já vamos levar suas malas.


(Começa a tocar Rio Babilônia - Jorge Ben Jor. Um fade de imagem leva para a praia de Copacabana. Lá, Miguel aguarda a chegada de Luisa para os treinos de vôlei. Luísa chega)


Cena 04: Praia de Copacabana/Manhã


Miguel - Finalmente!

Luísa - Desculpa o atraso, estava procurando vocês.

Miguel - Olha, Luisa, esses são meus amigos. Todos os domingos nós jogamos vôlei aqui.

Luisa - Muito prazer.

Miguel - Nós vamos te ajudar a aprender o vôlei.

Luisa - Mas você acha que eu sou capaz de aprender a jogar vôlei? Sei lá, parece ser tão difícil…

Miguel - Que isso… olha, não pensa assim não, que nós vamos te ajudar em tudo. Ninguém nasceu sabendo, não é mesmo? Eu também quando comecei pensei da mesma forma. E olha eu hoje aqui, jogando com gente que está até em campeonatos. Eu tenho certeza que você vai aprender rapidinho.

Luisa - Tá bem, vamos começar.


Ao som de Só Você - Vinícius Cantuária, a câmera desfoca os personagens, que começam a treinar o vôlei. Na mesma hora, Salles leva Carol para assistir a partida de longe, e sente ódio.


Instrumental: Drama Caique - Alto Astral


Salles - Pra não te restar dúvidas.

Carol - O Miguel não poderia fazer isso comigo, Salles. Ele me traiu, Salles, ele me traiu!

Salles - Não é pra tanto, Carol.

Carol - É porque não é com você… mas essa menina vai pagar, ela vai pagar!


Cena 05: Condomínio/Manhã/Externa e Interna - Ao som de Puro Êxtase/Barão Vermelho, mostra o carro de Carmen andando em direção ao condomínio e entrando. Carmen e Helena descem do carro, mostrando toda a paisagem do condomínio. 


Carmen - Vamos entrando, eu tenho algo pra te mostrar. (Elas caminham em direção a um apartamento) 

Helena - Minha tia, que apartamento lindo! É seu?

Carmen - Era de sua avó. Ela acabou vendendo há muitos anos atrás, e papai havia comprado novamente. Ele tinha esperanças de que ela ainda voltasse. Bom, como ela não voltou, nada mais justo do que ele ser seu agora, na verdade, seu e de sua mãe.

Helena - Tia Carmen, a senhora é a melhor! (As duas se abraçam).

Carmen - Aproveite o apartamento. 


Carmen sai de cena. Helena se joga no sofá, enquanto toca sua música tema. Helena desfruta daquilo que sua tia lhe deu. O amanhecer do sol, ciclistas, corredores, paisagens solares invadem a tela, mostrando uma transição de cena para o dia seguinte, levando assim para a barbearia onde Luísa trabalha.


Cena 06: Barbearia/Manhã/Interna 


Luisa - Pra você ver, meu filho, joguei sim. Inclusive, um deles lá era até jogador profissional. O Miguel é maravilhoso, um cara muito bacana.


Instrumental - Drama Caique/Alto Astral - a câmera mostra a chegada de Carol, com sangue nos olhos, para tirar satisfações.


Carol - Bem que eu imaginava… o nome do meu noivo agora não sai de sua boca. Miguel pra lá, Miguel pra cá. 

Luisa - Do que a senhora esta falando?

Carol - Não se faça de desentendida, mocinha. Se eu fosse você, eu parava de dar em cima do meu noivo.

Luisa - Dar em cima? Mas eu já não entendo mais nada.

Carol - Ah, não está entendendo? Deixa eu só esclarecer um pouquinho mais (ela derruba vários objetos da mesa) Vê se você toma vergonha nessa cara, porque eu vi tudo! E eu não vou deixar barato!


Cena 07: Prédio Royal/Manhã/Interna. Cezar entra apressadamente e fala com sua secretária.


Cezar - Simone, preciso que você encaminhe aqueles documentos para a sala de dra. Solange. Aqueles contratos precisam ser vistos hoje. Ah, e não esqueça de deixar o café lá na sala.

Simone - Dr. Cezar, tem uma moça esperando em sua sala.

Cezar - Moça? Mas que moça? Eu não deixei ninguém esperando em minha sala.

Simone - Ela é sobrinha da Dra. Carmen. 

Cezar - Sobrinha? Deixa eu ver. (Ele caminha apressadamente para sua sala. Ao chegar lá, ele se depara com Helena sentada em sua mesa)

Helena - Finalmente o senhor chegou, dr. Cezar. Eu tenho uma proposta para lhe fazer 


Ao som de Êxtase - Barão Vermelho, a imagem congela em Cezar, quebrando em quatro partes. Encerramento 






















A INTRUSA - CAPÍTULO 30 - (27/09/2025)

                                        

A INTRUSA

CAPÍTULO 30

UMA NOVELA DE TAÍS GRIMALDI


A INTRUSA - CAPÍTULO 29 - (26/09/2025)

   

A INTRUSA

CAPÍTULO 29

UMA NOVELA DE TAÍS GRIMALDI


Quatro Por Um - Capitulo 005 (26/09/2025)

 Quatro por Um - Capitulo 5





uma novela de:

Jacques LeClair


Direção:

Allan Fiterman

Leonardo Nogueira


Elenco:

Letícia Colin como Anabel Royal

Marcello Melo Jr. como Rafael Royal

Renato Góes como Miguel Royal

Sheron Menezzes como Isabel Royal 


Elenco em ordem alfabética 

Ângela Vieira como Eleonora Bonfim Alcântara 

Christiane Torloni como Selma Royal

Dan Stulbach como Celso Alcântara 

Emílio Dantas como Jorge Passos 

Felipe Bragança como Marcos Muniz de Albuquerque 

Giovanna Cordeiro como Solange Alcântara 

Herson Capri como César Barbosa

Lilia Cabral como Suely Muniz de Alcântara 

Lucinha Lins como Eliete Royal

Marcos Palmeira como Higor Calmon

Maria Eduarda de Carvalho como Maria Carolina “ Carol " Muniz de Albuquerque 

Mariana Sena como Luisa Silva

Mel Maia como Bianca Pinheiro Royal

Paulo Betti como Antônio Marcos Albuquerque 

Paulo Lessa como Joel Bastos

Renan Monteiro como Rui Dantas

Ricardo Pereira como Dr. Bernardo França 

Selton Mello como Sérgio Santos

Sophie Charlotte como Josie Pinheiro 

Stella de Freitas como Norma Junqueira 

Suely Franco como Vilma Celestino

Valentina Herszage como Helena Royal 


Participações especiais

Cosme dos Santos como Amadeu Neves

Cristiane Pereira como Rita Anjos

Irene Ravache como Noelita Palmeira

Kadu Moliterno como Cassiano Dias

Jonathan Haagensen como Salles

Marco Nanini como Alcides 


Atriz convidada:

Cássia Kis como Carmen Royal


Ator convidado:

Luis Melo como Pedro Rabelo


No capítulo anterior…


Ana - Bom dia, dr. Renato. Me chamo Ana, e estou aqui para o que o senhor precisar. Se precisar de mim, é só me chamar.

Rafael - Está certo. ANA!!

Ana - Sim, dr. Rafael?

Rafael - Nada, era só pra ver se funcionava mesmo. (Ana sai, com uma cara envergonhada. Alguém bate na porta) Pode entrar!

Solange - Bom dia. Desde ontem que eu gostaria de falar com você. Está muito ocupado?

Rafael - Não, só estava olhando alguns documentos. Pode entrar, fique a vontade. 

Solange - Olha, me perdoa por ontem, por favor. Aquele ali era meu ex namorado e…

Rafael - Podia ser o rei, eu ia te defender da mesma forma.


Começa a tocar Anjo - Roupa Nova


Rafael - Na minha frente, mulher não é agredida não. 

Solange - Mas isso quase te prejudicou. Eu fiquei sabendo das consequências que você teve com aquela situação.

Rafael - Consequências piores eu teria se não fizesse nada. Pode ficar em paz.

Solange - Como retribuição, você tem algum momento livre neste domingo?

Rafael - Não, não farei nada nesse domingo. Porque?

Solange - Queria te chamar pra sair. Vamos?

Rafael - Vamos fazer diferente. Eu te convido pra sair. E não precisa levar nada, é tudo por minha conta.

Solange - Isso eu não posso deixar.

Rafael - Mulher que sai comigo não paga. Pode ficar tranquila. Eu passo na sua casa às 8. 

Solange - Está bem. Mas essa saída é só para retribuir o que você fez comigo, viu. Pra não achar que…

Rafael - Só você me dizer o endereço e o restaurante que você mais gosta. A, inclusive, tenho ótimos restaurantes para recomendar.

Solange - Eu deixo você escolher. Me desculpa, tá, por tudo.

Rafael - E se aquele tal de Joel se aproximar de você outra vez, é só falar. Que o couro come de novo.


Solange sorri, e sai. Nessa hora, Rafael desmancha a pose e comemora. Começa a tocar Sábado à Noite - Cidade Negra & Lulu Santos. A câmera sobrevoa praias cariocas e leva até a barbearia onde Miguel está cortando o cabelo e fazendo a barba. Neste momento, Miguel conversa ao telefone, e Luísa presta atenção.


Cena 02: Barbearia/Manhã/Interno


Miguel - Isso, Ricardo, não esqueça a partida de amanhã. Às 8, viu? Pra você não chegar atrasado. Tá certo, até amanhã.

Luisa - Partida de que?

Miguel - De vôlei. Eu e uma galera jogamos vôlei de praia.

Luísa - Que máximo! Poxa, eu sempre quis aprender a jogar vôlei, sabe? Eu sempre via aquelas partidas lá na tv, e eu me via naquele ambiente. Mas uma pena que nunca tive ninguém pra me ensinar.

Miguel - Você nunca jogou vôlei?

Luisa - Como? Nunca tive alguém pra me ensinar.

Miguel - Você está livre amanhã pela manhã?

Luisa - Estou, porque?

Miguel - Apareça amanhã na praia de Copacabana. Eu vou te dar umas aulinhas

Luisa - Não brinca? É sério? 

Miguel - É sério.

Luisa - Você é o melhor cliente que eu já tive. Se bem que não tive muitos. Eu não acredito!

Miguel - Pois passe a acreditar. Quanto eu te devo?

Luisa - Acerta lá no caixa. Eu estou tão feliz! (Ela abraça ele, e ele fica sem reação. Nessa hora, Salles tira fotos do abraço e envia para Carol. Nessa mesma hora, a cena é levada até o quarto de Carol, que vê as fotos)

Carol - Desgraçado. E quem é essa que está abraçando ele? Salles, eu mato o Miguel! Espere, que mensagem é essa? Amanhã, às 8 na praia de Copacabana? Mas o que é que tem lá nesse horário? Pois eu vou saber!





(Ao som de Seu Nome - Byafra, somos levados até a sala da presidência, com muitos personagens reunidos para discutir um projeto)


Cena 03: Prédio Royal/Manhã/Sala da Presidência 


Carmen - Eu reuni todos vocês aqui, para apresentar a retomada de um projeto, na qual o meu marido estava à frente. Todos os senhores e senhoras sabem, o Otto era um grande admirador de construções e obras. Eu vos apresento o projeto que estava estagnado por alguns meses, e que desejo retomar. Um resort de luxo em Ipanema (aplausos) a obra estava parada por algum tempo, e sua construção será retomada. Agora, gostaria de um momento de votação. Os senhores e senhoras aprovam a retomada do projeto? (Todos levantam as mãos) Sendo assim, de forma unânime, o Resort Royal terá sua construção retomada. Alguém gostaria de falar algo?

Cezar - Eu gostaria de pontuar. Qual o prazo para a finalização da construção desta obra?

Carmen - De aproximadamente 8 meses. Bom, já estamos bem adiantados quanto à construção, portanto já estamos na metade do caminho para sua finalização. Alguma outra pergunta? Então ótimo, reunião encerrada. Todos de volta para seus respectivos postos.


Todos se levantam e vão saindo da sala. Celso para Isabel do lado de fora.


Celso - Olá!

Isabel - Como vai, Celso.

Celso - Vou bem, e você?

Isabel - Cansada. Agora vou trabalhar.

Celso - Espere aí, espere. Pra que tanta pressa?

Isabel - Olha, Celso, hoje não, tá? Hoje já é meu primeiro dia de trabalho e não quero ficar filando pelos corredores. 

Celso - Então eu passo na sua sala.

Isabel - Não precisa, tá? Não precisa 

Celso - Vem cá, você está me evitando? É isso?

Isabel - Não é nada disso, é que eu preciso trabalhar.

Celso - Você não quer fazer valer nem pelos antigos tempos? Lembra de quando éramos jovens? Lembra da nossa primeira vez?

Isabel - Eu quero esquecer tudo isso. Será que você ainda não percebeu que não deu certo no passado e também não dará agora? 

Celso - E porque não deu certo? Nos gostávamos tanto, éramos feitos um para o outro.

Isabel - Não, Celso, não éramos. Além disso, Celso, você nunca foi um homem de postura.

Celso - De postura? Como assim?

Isabel - Eu serei mais clara. Lembra de ontem? Que aquele selvagem do Joel agrediu sua irmã? O que foi que você fez? Nada! Absolutamente nada. Precisou o Rafael ir lá e bater naquele infeliz. Você não é um homem de postura, Celso, e eu vi que você não mudou nada. Ou esqueceu que era a sua mãe que dominava a nossa relação? Sua mãe dizia e você ia lá e fazia. Era isso que estragava nossa relação, era o fato que você se deixar levar pelos que os outros dizem. Cadê sua posição de homem nessa história toda?

Celso - Mas eu mudei, Isabel, eu mudei. E eu tenho certeza que o nosso amor…

Isabel - Que amor, Celso? Que amor? Eu te amei muito, isso é verdade. Mas você não me amou. Quando eu mais precisei de você, você não estava lá. 

Celso - Quando precisou de mim? Mas quando isso? 

Isabel - Quando a nossa fi… quer dizer, nada, esqueça, esqueça tudo o que eu disse. Eu preciso trabalhar, até mais. 


Isabel sai apressadamente. Celso mostra uma cara de decepção com tudo o que aconteceu. Corta imediatamente para a sala de Anabel. Ela está lendo papéis, e Jorge entra.


Jorge - Bom dia! Como é que você está?

Anabel - Estou bem… esse cheiro… esse cheiro eu conheço.

Jorge - Já está perto de seu horário de almoço, não é? Eu trouxe isso para você (ele desembala uma marmita com paella. Nesse momento, começa a tocar Um Sonho a Dois - Roupa Nova, Joanna, Miguel Plopschi)

Anabel - Eu não acredito, Jorge. Você trouxe mesmo! 

Jorge - O que eu prometo, eu cumpro! E não é por nada não, mas está uma delícia.

Anabel - Você é maravilhoso! E eu tenho certeza que essa paella está deliciosa.

Jorge - Se sinta privilegiada, porque você foi a primeira amiga que fiz aqui.

Anabel - Você é um amor! (O telefone toca) Só um momento. Alô?

Selma - Alô, filha? Meu amor, como você está?

Anabel - Estou ótima, mãe, e a senhora, como está?

Selma - Estou bem. Tenho uma notícia pra te dar, consegue me buscar às 18h?

Anabel - Te buscar? Quer dizer que a senhora já está vindo para o Brasil?

Selma - Estou, filha! Peguei o voo ontem. Fiz uma parada aqui em Lisboa, mas ainda hoje eu chego.

Anabel - Essa é a melhor notícia que eu poderia ter hoje!

Selma - Tchau, minha filha! ( Desliga o celular)

Anabel - Essa é a melhor notícia que eu poderia ter hoje! (Ela abraça Jorge, que fica sem reação. Ela cai em si) meu Deus, me perdoe! Que desajeitada…

Jorge - Que nada, eu gosto de abraços. Sua mãe que está voltando para o Brasil?

Anabel - Isso mesmo. Assim que sair daqui, vou passar lá!

Jorge - Eu posso ir com você. Ela provavelmente trará malas, e eu jamais deixaria uma mulher carregar pesos.

Anabel - Você é muito cavalheiro, claro que pode. Às 18h. (Começa a tocar Perigo - Zizi Possi)





Cena 04: Aeroporto/Noite/Interna e Externa

Ao som de Perigo - Zizi Possi, mostram cenas de Anabel e Jorge dentro de um carro se aproximando do aeroporto. Eles estacionam e descem. Os dois conversam:


Anabel - Faz tempo que minha mãe estava morando fora do Brasil, sabe. Eu até iria agora para a Grécia, mas a Vilma, governanta da minha tia, quase implorou pra que eu ficasse. 

Jorge - São coisas que não acontecem todos os dias.

Anabel - Pois é. Mãe é mãe, não é mesmo?

Jorge - Você tem razão. Eu mesmo, sinto falta da minha.

Anabel - O que houve com sua mãe?

Jorge - É uma longa história. Bom, mas não vamos nos apegar a esses detalhes. Sua mãe é aquela ali?


Selma acena para a filha.


Anabel - Mãe!

Selma - Filha!


As duas correm para um encontro. Embalada por um tema instrumental de Perigo, elas se encontram e se abraçam.


Selma - Que saudades que eu estava do meu país!


 Atrás, mostra a chegada de Eleonora, perua que sente o clima do país. A câmera mostra ao som de Por uma Cabeza - Carlos Gardel. A câmera foca em seus pés, que ecoam barulhos de saltos. A câmera sobre, enquanto ela tira seus óculos, respirando o ar do Brasil.


Eleonora - Agora eu lembro o porquê não sentia falta nenhuma deste lugar imundo. 


O tango segue tocando, enquanto ela caminha pelo Galeão. Ela segue em direção a um taxista, e afirma a ele.


Eleonora - Me tire desse inferno imediatamente, e te pago um bom dinheiro.


Cena 05: Vila/Noite/Externa e Interna - Isabel está caminhando para sua casa, e vê sua parede pichada com a palavra: TRAIDORA. Toca então o instrumental Roque Santeiro Tenso. Ela vê dona Noelita, que vare a frente de sua casa. Ela desce imediatamente para falar com ela.


Isabel - Dona Lita! Dona Lita!

Noelita - O que houve, minha filha. O que foi que aconteceu?

Isabel - Olha o que fizeram com minha parede! Toda pichada. Mas quem fez essa barbaridade?

Noelita - Você não ficou sabendo?

Isabel - Ficar sabendo de que, oras?

Noelita - Você não ficou sabendo do que a Helena fez?

Isabel - O que a Helena fez, dona Noelita?


Cena interior da casa de Isabel - Helena chega toda feliz e com compras.


Helena - Minha mãe, desculpa a demora. Eu estava nas compras. A, e eu ainda apressei uns apartamentos para alugarmos. Você não vai precisar ir lá para conferir, porque eu já tirei fotos e apressei preços. Qual a janta do dia?

Isabel - Helena, que história é essa de você ter humilhado os meus amigos lá na casa de tia Carmen? Você me deve uma explicação!


Roque Santeiro Tensão - Congelamento em Helena.



























Pobre Clara - capítulo 53 (26/09/2025) último capítulo

 

A INTRUSA - CAPÍTULO 28 - (25/09/2025)

  

A INTRUSA

CAPÍTULO 28

UMA NOVELA DE TAÍS GRIMALDI


Quatro Por Um - Capitulo 004 (25/09/2025)

Quatro por Um - Capitulo 4



uma novela de:

Jacques LeClair


Direção:

Allan Fiterman

Leonardo Nogueira


Elenco:

Letícia Colin como Anabel Royal

Marcello Melo Jr. como Rafael Royal

Renato Góes como Miguel Royal

Sheron Menezzes como Isabel Royal 


Elenco em ordem alfabética 

Ângela Vieira como Eleonora Bonfim Alcântara 

Christiane Torloni como Selma Royal

Dan Stulbach como Celso Alcântara 

Emílio Dantas como Jorge Passos 

Felipe Bragança como Marcos Muniz de Albuquerque 

Giovanna Cordeiro como Solange Alcântara 

Herson Capri como César Barbosa

Lilia Cabral como Suely Muniz de Alcântara 

Lucinha Lins como Eliete Royal

Marcos Palmeira como Higor Calmon

Maria Eduarda de Carvalho como Maria Carolina “ Carol " Muniz de Albuquerque 

Mariana Sena como Luisa Silva

Mel Maia como Bianca Pinheiro Royal

Paulo Betti como Antônio Marcos Albuquerque 

Paulo Lessa como Joel Bastos

Renan Monteiro como Rui Dantas

Ricardo Pereira como Dr. Bernardo França 

Selton Mello como Sérgio Santos

Sophie Charlotte como Josie Pinheiro 

Stella de Freitas como Norma Junqueira 

Suely Franco como Vilma Celestino

Valentina Herszage como Helena Royal 


Participações especiais

Cosme dos Santos como Amadeu Neves

Cristiane Pereira como Rita Anjos

Irene Ravache como Noelita Palmeira

Kadu Moliterno como Cassiano Dias

Jonathan Haagensen como Salles

Marco Nanini como Alcides 


Atriz convidada:

Cássia Kis como Carmen Royal


Ator convidado:

Luis Melo como Pedro Rabelo



Cenas do capítulo anterior…


A discussão se aflora, e chama a atenção de Rafael, que vai para próximo dos dois. Nesse momento começa a tocar o instrumental Roque Santeiro Tensão. Joel continua segurando o braço de Solange, e ela tenta sair. Começa a tocar Duelo - Ricardo Leão 


Rafael - Posso saber o que está acontecendo aqui? Largue ela, rapaz!

Joel - Você não se meta!

Rafael - Eu estou mandando você largar ela!

Joel - Olhe aqui, você não se intrometa não, viu? Estou resolvendo isso aqui entre eu e minha mulher.

Solange - Eu não sou mais sua mulher, e me largue!

Rafael - Você não entendeu não? Eu estou mandando você largar ela, se não você vai se ver comigo.

Joel - Tá se achando muito macho mesmo, né? Pois caia dentro.

Rafael - Pois é agora! 


Rafael enfrenta Joel. Rafael parte para a briga, dando um soco em Joel. Joel logo revida, dando um soco em Rafael. Os dois trocam socos, com Joel derrubando Rafael no chão. Rafael se levanta, quebrando uma cadeira nas costas de Joel, fazendo com que ele caia no chão, e Rafael se aproveita para chutá-lo. Todos os presentes na festa correm pra apartar.


Solange - Ajuda, gente! Eles vão se matar!

Jorge - Caramba! 

Anabel - O Rafael vai matar aquele homem! 

Jorge - Eu vou lá apartar!


Carmen está conversando com um dos garçons e Vilma se aproxima.


Vilma - Dona Carmen, dona Carmen.

Carmen - Vilma, eu já falei que não precisa me chamar desses títulos. 

Vilma - Eu já sei, mas eu preciso te falar uma coisa.

Carmen - Pois então fale.

Vilma - O Rafael, está espancando um rapaz.

Carmen - Sim, eu já resolvo… espere, o que você disse?

Vilma - Vamos logo! Se não essa festa vai virar um enterro!

Carmen - Mas será possível, mas uma desgraça!

Vilma - Se aquele rapaz morrer, vai ser menos uma.


Joel e Rafael continuam brigando. Rafael pega Joel e joga por cima das mesas, e Joel retorna furioso pra atacar Rafael. Nesse momento, Jorge e Celso estão apartando os dois. Joel, com o nariz sangrando e cheio de hematomas, tal qual Rafael. Eles ainda tentam se enfrentar, porém Jorge segura Joel e Rafael é segurado por Celso. Carmen chega.


Carmen - Parem já com isso, agora! (O clima pesa), vocês dois, pra dentro agora! E eu não vou repetir 


O clima segue pesado, com todos impactos com a cena que viram. O momento é dramático, pois a cena que todos viram foi assustadora.


Cena 02: Casarão Royal/Tarde/Interior. Vilma está fazendo os curativos dos dois, enquanto Carmen da um sermão, completamente decepcionada com o que vou de seus dois funcionários.


Carmen - Envergonhada, estou completamente envergonhada com a situação que presenciei nesta tarde. Primeiro, é o constrangimento que passei pela manhã, com aquela guerra de comidas. Agora, me deparo com uma troca de socos entre dois de meus funcionários… Por algum acaso estou lidando com selvagens, é isso? Não, porque se eu estiver, eu posso mudar o ramo das minhas empresas para um zoológico, que combina mais com o caráter de vocês dois.

Rafael - Agora é minha hora de me defender. Ele estava agredindo a moça, e na minha frente eu não deixo homem agredir mulher não.

Anabel - Olha, quem diria. O machista defendendo mulheres. Qual a novidade agora?

Rafael - Você não se meta.

Carmen - Vocês dois parem, pelo amor de Deus! Eu não aguento mais esse tipo de discussões na minha frente. 

Cezar - Olha, Carmen, desconsidere o que o Joel acabou fazendo. Ele estava nervoso, e dá pra entender o tipo de posicionamento…

Carmen - Dr. Cezar, o senhor por acaso está aprovando esse tipo de atitude? Aprovando que seu funcionário agrida uma mulher?

Cezar - Não é nada disso… longe de mim pensar algo do tipo.

Carmen - Então por favor não se intrometa em assuntos que se dizem respeito a mim e as minhas empresas. E nesse momento, por favor, preciso que todos saiam. A festa está encerrada. 


A sala começa a se esvaziar, deixando apenas Rafael, Joel, Carmen e Vilma.


Carmen - Pois muito bem, agora que estamos a sós, vamos ter uma conversa franca e necessária.


Cena 03: Pensão/Tarde/Sala - Os personagens estão se arrumando para a festa na casa dos Royal 


Noelita - Vocês vão mesmo, né? Vocês não tem vergonha na cara mesmo, de ir para uma festa em que não foram convidados.

Pedro - Dona Lita, entenda de uma vez por todas, a Isabel é nossa amiga. Ela vai nos receber.

Noelita - Só que a casa não é dela. A minha vontade é que vocês cheguem lá e soltem os cachorros pra cima de vocês, para aprenderem.

Higor - Não vamos perder tempo, alguém chama um carro aí.

Rita - Chamar um carro? Mas pra chamar o carro tem que estar no ponto.

Higor - Que ponto?

Rita - O de ônibus.

Higor - Ônibus? E quem vai pegar ônibus? Vamos rachar um carro de aplicativo.

Rita - Olha, minha pensão não caiu ainda.

Pedro - Minha aposentadoria ainda não está na conta.

Cassiano - Eu não tenho um real.

Sérgio - Nem olhei pra mim…

Amadeu - Eu não sei de nada.

Higor - Mas será possível, vocês são uns lascados mesmo. 

Noelita - E por algum acaso, Higor, você tem dinheiro? Porque se tiver, já vai pagando os meses de aluguel que você está me devendo.

Higor - Dinheiro? Olha, vamos pegar um ônibus mesmo.

Noelita - Ônibus, né? Pois vamos lá no ponto, eu quero ver vocês passando essa vergonha.

Amadeu - Eu já sei. O que acha de pegarmos o carro do seu Alcides emprestado? Vamos pra festa e quando voltarmos, entregamos pra ele.

Higor - Eu acho uma boa ideia.

Noelita - Uma péssima ideia. Se eu fosse vocês, eu ficava em casa que é melhor.

Higor - Olha aqui, dona Lita, quem não se arrisca, não vive o extraordinário.

Noelita - Não sabia que levar um pé na bunda era extraordinário não. Mas como você é experiente nisso, eu não vou discutir.

Amadeu - Então, quem é que vai pedir o carro?

Sérgio - Eu acho que a pessoa certa pra pedir esse carro emprestado é o Cassiano. É o Cassiano que volta e meia fica conversando com o seu Alcides.

Pedro - Eu acho uma boa. 

Rita - Eu também concordo. 

Cassiano - Perai, perai. Mas eu não concordo com isso não.

Amadeu - Ou você vai pedir o carro a ele, ou você fica e não vai com a gente.


 



Cena 03: Casa de Amadeu/Tarde/Externa - Instrumental Boots and Laces - James Clarke


Cassiano - Seu Alcides! Seu Alcides! (Seu Alcides aparece)

Alcides - É o que, meu filho?

Cassiano - Seu Alcides, eu preciso de um favor do senhor.

Alcides - Pavor? Você está com pavor de mim?

Cassiano - Não, seu Alcides, Favor, eu disse favor!

Alcides - Ah, calor. Realmente, o calor está de matar.

Cassiano - Não, seu Alcides. Eu estou pedindo um favor pro senhor. Favor!

Alcides - Favor? 

Cassiano - Isso, favor.

Alcides - E porque não disse antes? Fale meu filho, o que eu posso ser útil?

Cassiano - É o seguinte. Eu preciso do seu carro emprestado.

Alcides - Quem foi atropelado? Deus tenha misericórdia.

Cassiano - Eu não disse atropelado, e sim emprestado. Eu preciso do carro do senhor emprestado.

Alcides - Quem foi afastado? Você não está me explicando direito.

Cassiano - Seu Alcides, eu vou falar só mais uma vez. Eu, Cassiano, preciso do carro do senhor emprestado, em-pres-ta-do. Emprestado!

Alcides - Aaaah, emprestado. Pode pegar, meu filho. Só não esqueça de me devolver antes das 18h.

Cassiano - Muito obrigado.

Alcides - Quem é atrapalhado? Eu não sou atrapalhado não, viu.

Cassiano - Meu Deus, onde eu fui amarrar meu burro?


Cena 04: Casarão Royal/Tarde/Interior


Carmen - Onde eu fui amarrar o meu burro…

Vilma - Provavelmente perto de uma encruzilhada.

Carmen - Vilma!

Rafael - Olha aqui, tia, nessa situação sou eu que estou na razão.

Carmen - Nenhum dos dois está com a razão. Independente de quem esteja certo ou errado, a atitude que vocês tomaram foi de uma extrema grosseria. Sobre você Joel, o seguinte. Se eu souber que você está se aproximando de qualquer uma de minhas funcionárias, independente do motivo, eu te coloco no olho da rua. E dependendo do motivo, você vai parar na cadeia. Estamos entendidos?

Joel - Estamos, dona Carmen.

Carmen - Ótimo. Então, por favor, saia da minha frente. Eu não quero nem pensar que você ainda esteja aqui em minha casa, ouviu bem? Vilma, o acompanhe até a porta.


Vilma leva Joel, que está cheio de hematomas e curativos, para a saída. Na sala ficam apenas Carmen e Rafael.


Carmen - E você, Rafael, muito me entristece pensar que você se comportou dessa maneira. Você foi criado com educação, isso eu tenho certeza. Mas naquele momento, parece que esqueceu toda a sua humanidade, agindo como um animal selvagem.

Rafael - Tia…

Carmen - Eu não quero saber. Amanhã você começa a trabalhar, não se aproxime do Joel. E seu imaginar que você anda arranjando brigas com qualquer um dos funcionários por qualquer motivo que seja, não precisa nem passar no RH, porque eu mesmo resolverei suas contas.

Rafael - Está certo…

Carmen - Se você não estiver em condições de voltar pra casa, pode dormir aqui mesmo. Eu peço pra Vilma providenciar roupas para você.

Rafael - Não precisa. Eu vou para a minha casa, eu acho melhor.

Carmen - Faça como preferir. Agora, me deixe sozinha, eu quero descansar.


Rafael se levanta e sai, com dificuldades. Nessa hora, começa a tocar Seu Nome - Byafra. A cena é melancólica, com Carmen sentando-se em uma poltrona com um semblante abatido. Em seguida, Vilma chega. Nesse momento, a trilha sonora passa a ser instrumental, enquanto os atores falam por cima.


Vilma - Você está melhor, Carmen.

Carmen - Vilma, o que eu fiz para merecer isso? 

Vilma - Mas não foi você quem fez, foram eles. 

Carmen - Eles nem imaginam o passado que os unem.

Vilma - E quando eles vão saber?

Carmen - Não será tão cedo. Eu não calculei isso, de que eles acabariam se encontrando.

Vilma - Mas você não pode continuar escondendo deles, não pode.

Carmen - E o que você quer que eu faça? Que conte, de uma vez por todas, os laços que os unem? Os dois faltaram se matar naquele gramado. Vilma, às vezes eu me questiono, será que eu tomei a decisão certa?


Cena 05: Casarão Royal/Tarde/Externa. Isabel e Helena conversam


Isabel - Eu acho que já não tem mais clima para ficarmos aqui. Vamos para casa.

Helena - Isso é verdade. Deixa eu só ir aqui no banheiro


Helena caminha em direção ao banheiro, e ouve alguém conversar. Ela presta atenção na conversa, escondida. É Cezar falando ao telefone.



Cezar - Escuta, Joel, eu sei que você só vai escutar esse áudio quando chegar em casa, mas preste atenção. Não vou, de jeito nenhum, deixar que esses quatro moleques assumam esses cargos, ouviu? Nem que pra isso, eu perca o meu réu primário, mas eu sou capaz de tudo para não deixar que eles assumam a presidência. Esse posto é meu por direito, eu fiz isso por merecer. Não vou permitir que aqueles inúteis passem na minha frente. A presidência é minha





Cezar - Assim que chegar, Escute esse áudio.


A Helena anda um pouco para trás e acaba fazendo um barulho, despertando a atenção de Cezar. Começa a tocar o instrumental Tensão Roque Santeiro. 


Cezar - Quem está aí?


Helena sai apressadamente, e entra no banheiro. Cezar ignora a situação. Nesse momento a câmera sobrevoa o casarão Royal ao som do refrão de Rio Babilônia - Jorge Ben Jor. O carro onde Cassiano está dirigindo, junto com a turma da pensão, vai se aproximando. Eles estacionam na porta do casarão, e logo um segurança aparece.


Segurança - O que vocês desejam?

Higor - É que estava tendo uma festa aqui, da nossa amiga Isabel. A gente veio participar também.

Segurança - Não tem nenhuma festa aqui. Por favor, dêem meia volta.

Higor - Escuta aqui, grandalhão. Você quer brigar é?

Segurança - Eu não estou procurando briga com ninguém. Estou apenas cumprindo ordens.

Pedro - Eu acho melhor voltarmos.

Rita - Eu também concordo.

Sérgio - Eu prefiro descer o pau nele.

Cassiano - Ninguém vai brigar aqui não. Olha, Higor, é melhor você entrar aqui e voltarmos. Não está percebendo que não querem a gente aqui?

Higor - Pois eu vou esperar.


Helena se aproxima para ver o que aconteceu 



Helena - O que está acontecendo?

Segurança - Essa gente toda quer entrar aqui na casa da dona Carmen 

Helena - Pode deixar que eu resolvo, licença.

Higor - Sabia que você vinha nos ajudar. Helena, nos leve pra essa festança.

 

Instrumental da cena: A Sucessora Instrumental - Tensão 2


Helena - Escute aqui, seu bando de delinquente, vocês não tem vergonha de vim lá daquele pardieiro pra incomodar os outros não? Se manca, e volta pra aquela pocilga de onde vocês vieram.

Rita - Helena, mas o que é isso?

Helena - O que é isso? Eu que pergunto. Um bando de desocupados que só sabem montar nas coisas dos outros. O que vocês querem, ein? Pra pedir favores a minha mãe? Porque pobre quando vê alguém ficando rico só sabe ficar pedindo favores.

Pedro - A gente não veio pra nada disso. Viemos para ver sua mãe 

Helena - Você já vê minha mãe todo dia. Até porque, temos o desprazer de conviver com vocês todos os dias.

Cassiano - Eu nunca pensei em ouvir isso vindo de você 

Helena - Pois já vá dando meia volta, e caindo fora. Ainda veio com carro emprestado não foi? Que pobreza, se eu fosse vocês eu teria vergonha.

Sérgio - Isso não vai ficar assim não,viu? Não vai ficar assim.

Helena - A é? E o que você vai fazer? Protesto? Porque pobre só sabe protestar. Se eu fosse você eu ia procurar um trabalho, por que se jogar uma carteira de trabalho aí no meio, não fica um. E vamos, vai saindo, pra não infectar a calçada.

Higor - Eu nunca pensei que seria escorraçado dessa forma. Vamos embora daqui, vamos embora.


O instrumental segue tocando, e eles voltam de carro, arrancando. O segurança observa a Helena, e sua atitude humilhante. A sequência corta para a casa de Rafael, no momento em que ele chega em sua casa. Norma o recebe.


Norma - Meu Deus, Rafael, o que aconteceu com você? Foi atropelado?

Rafael - Não, Norma, não fui atropelado. Eu dei um pau em sujeito aí.

Norma - Mas você está acabado.

Rafael - Eu vou tomar é um bom banho. Prepara minha janta.

Norma - E você vai trabalhar amanhã?

Rafael - Claro! Ou você acha que eu vou perder a oportunidade? De jeito maneira. Ah, e amanhã você vai comigo, viu? Pra evitar de que eu faça uma besteira!

Norma - Rafael, volte aqui. Rafael!



Transição de cena, cortando para paisagens cariocas ao som de Pedacinhos - Guilherme Arantes, levando para a casa de Miguel

Cena 06: Casa de Miguel/Manhã/Sala. 


Eliete - Está tudo pronto, meu filho? Eu estava tão ansiosa para que chegasse logo esse dia.

Miguel - Está tudo certo, mãe. Só preciso passar rapidinho no barbeiro.

Eliete - Agora? Mas você poderia ter ido antes.

Miguel - Eu sei. Mas já está marcado. Chego lá, faço o meu corte e vou direto para o meu trabalho.

Eliete - Eu não sei não, viu. Não vá decepcionar no primeiro dia.

Miguel - Pode deixar.


Ele pega sua mala, e sai pela porta. Volta a tocar Pedacinhos - Guilherme Arantes. Ele pega o seu carro, e sai dirigindo. A cena seguinte é dentro da barbearia, com vários homens cortando seus cabelos, é apenas uma mulher, que é barbeira, que está sem cliente. Miguel entra em seguida.


Miguel - Bom dia!

Gerente - Bom dia, sr. Miguel.

Miguel - Cadê o Olavo, ele já está? Vim cortar o cabelo com ele.

Gerente - O Olavo está doente, ele não pode vim hoje.

Miguel - Puxa vida, e agora? Tem algum barbeiro disponível?

Luisa - Eu corto seu cabelo, seu Miguel. 

Gerente - Ele é cliente da casa, Luísa, não é pra seu bico. 

Miguel - E qual o problema dela cortar meu cabelo? Ela não trabalha aqui?

Gerente - Eu sei, mas é que.

Miguel - Não tem problema, Luísa. Não é esse seu nome? Pois eu te mostro como eu quero e você faz.

Luisa - É que é muito difícil os homens gostarem de cortar cabelo comigo. Dizem que mulher não sabe cortar cabelo. Mas é mentira, seu Miguel, eu corto cabelo muito bem.

Miguel - Eu confio em você, Luísa. Agora vamos, porque eu estou com um pouquinho de pressa.


Miguel senta na cadeira, e Luísa pega a tesoura. A câmera desfoca dos dois, focando em Salles (Jonathan Naagensen), que está usando o celular. Ele está lá como vigia, fotografando para Carol. (Click da câmera)


Refrão da música Êxtase - Barão Vermelho. A câmera leva para a vila, mostrando Helena assistindo TV enquanto sua mãe conversa

Isabel - Minha filha, eu fiquei sem entender. Eu estava cumprimentando o pessoal aqui da vila, e ninguém me respondeu. Porque será que estão irritados?

Helena - Eu sei lá, mãe. Quem vai saber…

Isabel - Veja, o que acha dessa roupa? (Blusa social branca, saia lápis, sapatilha e coque)

Helena - Está horrível. 

Isabel - Também não precisa esculhambar.

Helena - Não é isso… está boa pra uma secretária, não pra uma diretora de empresas.

Isabel - Mas tem vezes que a titia se veste assim.

Helena - Pois é, mas ela é dona. Ela pode ir como quiser que continuará como dona, já você, mãe, ainda não é. Então, precisa se vestir como uma. 

Isabel - E a maioria das minhas roupas são assim. O que eu faço?

Helena - Deixa comigo, nós vamos às compras!


Ao som de Um Amor de Verão - Rádio Táxi, a sequência mostra Helena e Isabel em direção a uma boutique. Lá, mostram várias sequências de figurinos que a Isabel prova, enquanto a Helena os reprova. No final, um vestido longo cor vinho foi aprovado. As duas sorriem. A cena leva diretamente para o prédio do Grupo Royal, na sala de Rafael. Uma funcionária entra e se apresenta.


Ana - Bom dia, dr. Renato. Me chamo Ana, e estou aqui para o que o senhor precisar. Se precisar de mim, é só me chamar.

Rafael - Está certo. ANA!!

Ana - Sim, dr. Rafael?

Rafael - Nada, era só pra ver se funcionava mesmo. (Ana sai, com uma cara envergonhada. Alguém bate na porta) Pode entrar!

Solange - Bom dia. Desde ontem que eu gostaria de falar com você. Está muito ocupado?


Ao som de Anjo - Roupa Nova, a imagem congela, mostrando os dois personagens. A imagem se divide em dois, quebra-se em quatro, nos personagens de Rafael e Solange. Encerramento ao som de Anjo - Roupa Nova.