Entre a Cruz e a Espada - Capitulo 20 (22/07/2025)

ENTRE A CRUZ E A ESPADA - CAPÍTULO 20




CENA 01 - (RUA ABERTA/EXT./TARDE):

Joyce consegue alcançar André, e o aborda no meio da rua.

JOYCE: André! 

ANDRÉ: Que que você quer aqui, Joyce?

JOYCE: Você não pode sair assim, rapaz! Eu sinto pelo que tá acontecendo com você!

ANDRÉ: Senti? Senti o que? Você me separou da Simone e senti muito por isso? 

JOYCE: Eu tive que fazer isso! Eu não podia-

ANDRÉ (cortando): Não podia o que? Não podia ver a sua filha se casando comigo? Mas o porque disso, o que eu fiz a você? 

JOYCE: Não é nada disso! 

ANDRÉ: Então me diz logo! 

JOYCE (fria): Um dia você vai saber, e que eu fiz tudo isso pensando no bem de todos.

ANDRÉ: Vá pro inferno, Joyce!


André tenta sair, mas Joyce segura o seu braço com força, mas ele desvencilha de forma brusca. E numa questão de segundos, um carro preto atinge André, uma batida não tão forte. Joyce se desespera e tenta socorrer.

JOYCE (gritando desesperadamente): Alguém chama uma ambulância! Alguém chama uma ambulância.

O motorista sai do carro, aflito.

JOYCE: Seu irresponsável! Como é que você passa por cima das pessoas assim?

MOTORISTA: Eu não tive culpa minha senhora! Ele que passou na frente sem ver! Deixa eu ver como ele tá!

JOYCE: Você não vai ver, você vai chamar uma ambulância porque é o mínimo que você pode fazer!

MOTORISTA: Deixa eu olhar ele! Eu sou médico.

O motorista se aproxima rapidamente de André, que está caído no chão, sangrando pela testa e inconsciente. 

MOTORISTA (tocando cuidadosamente o pescoço de André): Ele tem pulso. Mas eu preciso mantê-lo imóvel.

JOYCE: Ai, graças a Deus. 

Corta para 


CENA 02 - (CABINE/INT./TARDE):

Simone, preocupada, entra na cabine a procura de Felipe.

SIMONE (cautelosa): Felipe? Tá tudo bem?

Felipe com as mãos apoiadas na parede, vira pra trás, e começa com mais um show de vitimismo pra Simone. 

SIMONE (assustada): Meu Deus! O que fizeram com você, meu amor? Sua boca tá sangrando!

FELIPE (voz tímida): O André veio aqui, destruiu tudo, me atacou! Ele tava completamente louco!

SIMONE: Como assim? Como é que ele entrou aqui? 

FELIPE: Eu não sei! Quando eu vi, ele já tava aqui dentro, partindo pra cima de mim.

SIMONE: Oh meu Deus! Eu vou chamar um médico pra estancar esse sangue.

FELIPE: Não, eu não quero estragar o nosso dia! É só passar uma água aqui!

SIMONE: Tá, mas e a minha mãe? Ela sumiu também.

FELIPE: Ela foi atrás dele, ele saiu daqui atacado, foi uma briga feia. Se ele não tivesse chegado aqui, ia terminar em tragédia. 

SIMONE: Vem cá que eu te ajudo com esse machucado. 

Corta para:

CENA 03 - (MANSÃO DOS VENTURINI. QUARTO DE ZÉLIA/INT./TARDE):

Apesar da festa ainda tá rolando, Camilla volta pra casa mais cedo, e encontra Zélia aos prantos na cama. 

CAMILLA: Mãe? Porque a senhora não pro casamento da Simone?

ZÉLIA: A gente precisa conversa, Camilla. 

CAMILLA (revirando os olhos): Se for pra falar sobre o Alex, é melhor-

ZÉLIA (cortando): Vocês não podem ficar juntos, minha filha!

CAMILLA: Mas porque não? É porque você tem medo da Joyce? Me diz, minha mãe!

ZÉLIA: Ela não vai deixar vocês dois em paz, isso pode terminar em tragédia.

CAMILLA (chegando perto do rosto de sua mãe): Mãe! Para com esse medo ridículo da Joyce! 

ZÉLIA: Eu não tenho medo nenhum, é que a Dona Joyce me ajudou muito e seria uma traição com ela!

CAMILLA: Que ajuda? Que traição? Essa mulher te trata como bicho e você ainda jura que ela te ajuda? E ainda por cima mete traição no meio, como se você tivesse o dever de dar explicações pra essa mulher!

ZÉLIA: Tudo bem, minha filha, só não leva isso a diante, por favor! Se afasta desse rapaz, eu não quero problemas com você, e você vai se machucar muito nisso!

CAMILLA (respirando fundo): Ah meu Deus, o que eu faço?... Olha, eu vou voltar, se eu fosse a senhora levantava dessa cama e parava de sofrer por algo sem sentido. 

Corta para:


ABERTURA



CENA 04 - (HOSPITAL.ALA/INT./TARDE):

A luz fria do ambiente contrasta com o clima tenso. Uma enfermeira aparece ao fundo.

ENFERMEIRA: Dona Joyce Venturini?

JOYCE: Isso, eu mesma, querida. Como é que tá o André?

ENFERMEIRA: Temos boas notícias, o paciente sofreu apenas algumas lesões leves. Ele já foi medicado e está em observação. 

Joyce respira fundo, um alívio instantâneo. 

JOYCE: Graças a Deus, e eu já posso vê-lo?

ENFERMEIRA: Claro! Eu acompanho a senhora até o quarto.

Corta para:

Joyce entra no quarto, André está acordado, deitado na maca.

ANDRÉ: Que que você tá fazendo aqui?

JOYCE: Acha mesmo que eu ia deixar você no meio da rua? Ninguém nem sabe que você sofreu esse acidente, e podia ter sido pior.

ANDRÉ: Nem vem com essa, Joyce. Você poderia ter avisado a minha mãe, ou qualquer pessoa. Me diz o que você quer de mim, vai querer fazer uma aliança comigo em troca de sexo, igual fez com o Felipe?

Joyce, olha pra baixo, e vai até André.

JOYCE: Sabe, André. Eu te separei da minha filha, sim. Mas não foi porque eu achava o Felipe o homem ideal pra ela, não era sobre eles, e sim sobre você.

ANDRÉ (assustado): O que você quer dizer com isso, Joyce?

JOYCE (se aproximando mais ainda de André): Você já desconfia disso, eu sei, só não quer assumir pra você mesmo, você sabe que tudo que eu fiz, foi com apenas uma intenção!

ANDRÉ (olhos arregalados): Joyce, por favor!

JOYCE (emocionada): Eu te amo, André! Eu te amo! Eu quero você! Eu quero você só pra mim! Diz que você me ama, diz!

* Close em André assustado.

CONGELAMENTO EM ANDRÉ.

A novela encerra seu vigésimo capitulo ao som de "Que País É Este" - tema de abertura.

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