Teia de Sedução - Capítulo 35 (Penúltimo Capítulo)



“TEIA DE SEDUÇÃO”

Novela criada e escrita por 

Susu Saint Clair

Capítulo 35



NARRADOR: Prepare seu coração, porque vai começar mais um capítulo de... TEIA DE SEDUÇÃO!




Oferecimento: Dildos Monster D. — Do tamanho do seu prazer. Porque quando a vida aperta... é bom ter algo grande pra segurar.



CENA 01: ESTRADA DESERTA – PEDRA DO FORTE – MADRUGADA


Um carro escuro encosta no acostamento de uma estrada deserta, com o mar ao fundo.


O motorista, um homem de uns 40 anos, sai apressado, olhando pros lados. Vai até uma árvore isolada, se posiciona, desabotoa a calça e começa a mijar.


Ele solta um suspiro profundo de alívio, relaxa os ombros, fecha os olhos, como se estivesse num spa.


HOMEM: Ahhh... coisa boa...


Mas o prazer dura pouco. De repente, seu corpo enrijece. O olhar se arregala.


Ele solta um GRUNHIDO abafado.


CLOSE RÁPIDO: uma faca cravada em sua barriga. O sangue jorra quente, misturando-se ao som do mijo interrompido.


Ele tenta reagir, mas só consegue cuspir sangue, os joelhos bambeiam. Cai duro no chão, com a calça ainda aberta.


Silêncio.


MÃOS femininas vasculham o bolso da calça dele e puxam um molho de chaves.


SOM DA PORTA DO CARRO BATENDO.


INT. CARRO – CONTÍNUO


GISELA senta no banco do motorista, se ajeita, dá uma olhada rápida no espelho retrovisor.


GISELA: (sorriso torto, venenoso) Homens... sempre morrem de pau mole.


Ela gira a chave na ignição e arranca com o carro, sumindo estrada afora.


Na estrada, o corpo do homem jaz ao lado da árvore. A urina ainda escorre. O sangue também.


CENA 02: HOSPITAL – SALA DE ESPERA – MADRUGADA


Luz fria. Silêncio tenso. Afonso, Otávio, Rafael, Celina, Felipe e Nadine esperam ansiosos. Ninguém fala. Só se escuta o tic-tac do relógio e os passos distantes de enfermeiros.


AFONSO: Rafael, você não tá com frio não?


RAFAEL: (dá um sorrisinho) Tô de boa, Afonsinho. Tô acostumado a andar pelado por aí.


OTÁVIO: Agora eu entendi porque você foi preso. Maluco desse jeito.


A tensão é interrompida com a chegada de um médico de jaleco. Todos se levantam num pulo.


NADINE: (angustiada) Doutor... e a Neide?


O médico hesita por um segundo. Depois, diz com firmeza.


MÉDICO: Ela sofreu uma parada cardiorrespiratória. (pausa, olhando nos olhos de Nadine) Infelizmente... não resistiu.


Silêncio total.


O mundo desaba. Nadine leva a mão à boca, tentando conter o choro. Celina se apoia em Felipe. Rafael abaixa a cabeça, impactado. Otávio respira fundo, em choque. Afonso fecha os olhos, frustrado.


MÉDICO: (baixo) Sinto muito. (ele se retira)


Os seis ficam ali, paralisados. Um misto de incredulidade e tristeza.


CELINA: (voz embargada) Meu Deus… Coitada…


CENA 03: PEDRA DO FORTE – AVENIDA ATLÂNTIDA – AMANHECER


O céu ainda está rosado. A cidade acordando. Gisela dirige o carro roubado com uma calma inquietante. A janela aberta deixa o vento do mar bagunçar seus cabelos. Os primeiros raios de sol tocam seu rosto, realçando seus olhos cansados, mas famintos de liberdade.


Ao fundo, o som das ondas quebrando se mistura com o chiado do rádio.


De repente, a música que tocava é interrompida por um boletim urgente.


VOZ NA RÁDIO: (OFF) Boletim policial: duas detentas fugiram do presídio feminino nesta madrugada. Janete França e Gisela von Bergmann. A polícia também investiga um envenenamento fatal. A vítima, uma mulher de 43 anos, é empregada da família Passarelli. Ela morreu após consumir um bolo contaminado. A principal suspeita é de que o alvo fosse a própria família para quem a vítima trabalhava. A empregada foi a única vítima fatal. A família passa bem. As autoridades seguem em busca das fugitivas.


CLOSE em Gisela. Ela pisca várias vezes, em choque. Seus dedos apertam com força o volante. A raiva sobe como lava. Ela grita, num acesso de fúria contida por horas.


GISELA: (gritando, rouca) INFERNO! (pancada no volante) INFERNOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!


Ela pisa fundo. O carro dispara pela avenida vazia. O som do motor se mistura ao do mar.


CENA 04: PEDRA DO FORTE – MORRO DAS GAIVOTAS – MANHÃ


O carro sujo de poeira e sal freia bruscamente no topo do morro. Gisela desce, ofegante e furiosa. Caetano a espera encostado numa pedra, com expressão debochada.


CAETANO: Até que enfim, dona Gisela. O sol já tá rachando!


GISELA: Até que enfim é o cacete! (grita) Eu mandei você MATAR aquela FAMÍLIA DE MERDA... e tá TODO MUNDO VIVO!


CAETANO: (tentando manter a calma) Eu mandei o bolo, como a senhora mandou. Misturei o veneno. Fiz minha parte.


GISELA: (surta) Você é um ANIMAL! (esbraveja) BURRO! INÚTIL! A empregadinha morreu no lugar dos Passarelli! Só serviu pra lavar o chão com o próprio sangue!


CAETANO: (aproxima-se) Quer saber? Problema seu! Eu fiz o que a senhora mandou. Agora me dá o que é meu. Quero o dinheiro pra cair fora dessa cidade maldita antes que me encham de chumbo.


GISELA: (ri sarcástica) Ah, você quer seu pagamento? Claro… tá aqui, ó.


Ela saca uma faca rápida como um raio e CRAVA na barriga dele.


GISELA: Toma. (crava outra) Toma MAIS UM POUCO. (outra) Toma TUDO que você merece!


Caetano cai de joelhos, gemendo. Ela o derruba com o pé, sobe em cima dele e o esfaqueia com fúria cega.


Ela dá VINTE FACADAS, uma após a outra, com o rosto salpicado de sangue, os olhos arregalados, desconectada da realidade.


GISELA: (entre os golpes) Toma seu bônus… seu desgraçado… (acaba, ofegante)


Silêncio. O corpo ensanguentado de Caetano jaz imóvel.


Gisela se levanta, trêmula, coberta de sangue. Encarando o horizonte. Ela sorri. Um sorriso vazio.


GISELA: (sussurrando) Agora… (pausa) É a vez da bastardinha.


Ela vira de costas pro corpo e volta ao carro. Fecha a porta com força. Motor liga. Música alta.


CENA 05: MANSÃO VON BERGMANN – QUARTO – MANHÃ


Volney dorme esticado na cama apenas de cueca, ainda no antigo quarto de Marcos. A luz do sol entra pelas janelas pesadas de cortina, filtrando a poeira do ar. Batidas leves na porta. José Carlos entra.


JOSÉ CARLOS: Bom dia.


Volney desperta, passando a mão nos cabelos desalinhados.


VOLNEY: Bom dia...


JOSÉ CARLOS: Dormiu bem?


VOLNEY: Como um anjo. (pausa) Caído.


JOSÉ CARLOS: (sorrindo) Pedi pra empregada trazer seu café na cama. A Jaque e eu vamos sair pra fazer uma consulta médica, alguns exames.


VOLNEY: Ah, ótimo. E eu vou ficar aqui mofando? (levanta de um salto) Se eu também sou o pai da criança, tenho o direito de ir junto, né? Me apronto rápido.


Ele vai até a cômoda antiga de Marcos. Puxa uma gaveta... e para. Lá dentro: uma coleção extravagante de dildos, cada um mais ousado que o outro.


VOLNEY: (levantando um de 23cm, assustado e impressionado) Mas o que é isso aqui, hein?


JOSÉ CARLOS: (sem piscar) A coleção de brinquedinhos do Marcos. Que Deus o tenha.


VOLNEY: (irônico) Que o diabo o carregue.


José Carlos dá um passo em direção à porta do banheiro, olha por cima do ombro.


JOSÉ CARLOS: Vou tomar banho, tá? (pisca) Se quiser vir junto... a água vai estar bem quente.


Ele sai. A porta se fecha com um clique. Volney dá um sorrisinho.  


CORTA PARA:


BANHEIRO – CONTÍNUO


José Carlos entra, tranca a porta. Começa a tirar a roupa devagar, camisa primeiro, depois a calça social. O vapor já começa a tomar conta do ambiente. Ele abre o box, entra e liga o chuveiro. Água quente. Fecha os olhos. Deixa a água escorrer pelo rosto. Um momento de prazer silencioso. Um suspiro.


CENA 06: MANSÃO VON BERGMANN - QUARTO DE JAQUELINE - MANHÃ


Jaqueline fala com a mãe no celular.


JAQUELINE: A Neide morreu?!


CLÁUDIA: (voz do outro lado) Pois é, minha filha. Comeu um bolo envenenado, e tá todo mundo achando que foi a Gisela quem mandou entregar o bolo aqui em casa pra matar a todos.


JAQUELINE: Mas isso é loucura, a Gisela tá presa!


CLÁUDIA: Tava presa!


JAQUELINE: Quê?


CLÁUDIA: Saiu na televisão que ela conseguiu fugir junto com outra presa. Minha filha, tome muito cuidado. Pelo amor de Deus! Ainda mais agora que você tá grávida...


De repente, Jaqueline sente algo pontiagudo pressionando suas costas. Ela paralisa. Uma mão ensanguentada tapa sua boca. A câmera revela Gisela, ensandecida, rindo baixinho, os olhos vidrados, a roupa e o rosto cheios de sangue.


CLÁUDIA: (voz do celular) Filha? Filha?! FILHA!!!


Gisela arranca o celular das mãos de Jaqueline e o arremessa longe. O aparelho se espatifa.


GISELA: Agora somos só eu e você, sua bastardinha. Eu vou terminar o que comecei lá na casa da sua mãe. Eu vou te matar… eu vou te mandar pro inferno!


Ela ri, descontrolada, mas antes que consiga fazer qualquer coisa, um OBJETO DURO a acerta na cabeça. Gisela desaba no chão com um grunhido. A faca voa longe. Jaqueline corre pro outro lado do quarto, ofegante. Gisela se arrasta pelo chão em direção à faca, mas Jaqueline a chuta pra longe.


Gisela agarra o calcanhar dela e a derruba no chão.


GISELA: (rindo, com ódio nos olhos) Sua bastardinha de merda!


Jaqueline reage com um chute na cara dela e tenta se levantar. Gisela cai de barriga pra cima. Nesse instante, VOLNEY ainda de cueca monta em cima dela. Ele segura um dildo GIGANTESCO de 23cm e GROSSO.


VOLNEY: Morre, demônio!!!


Ele ENFIA o dildo com força na garganta de Gisela. Ela arregala os olhos, se engasga, tenta respirar. Solta alguns espasmos. Sufocada pelo brinquedo sexual, ela convulsiona e morre com a boca aberta, em silêncio.


Silêncio total. Volney levanta, ofegante.


Jaqueline, chocada, encara o corpo da mulher morta. Nesse momento, José Carlos entra correndo, só com uma toalha branca na cintura, molhado, escorrendo do banho.


JOSÉ CARLOS: O que aconteceu? (vê o corpo de Gisela no chão) Meu Deus…


Jaqueline vira lentamente para ele, pasma.


JAQUELINE: A Gisela tá morta… (pausa dramática) Ela morreu com o pau na boca.


CORTE PARA CLOSE EM GISELA, MORTA, OLHOS ARREGALADOS, BOCA ESCANCARADA, O DILDO AINDA NA GARGANTA.


Capítulo Anterior


Próximo Capítulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário