O PREÇO DA VIDA
Criada e Escrita por: Luccas Sanza
Capítulo 07
CENA 01. CASA ABANDONADA. SALA. INT. NOITE.
Instrumental: Tensão Psycho - Sacha Amback
O som do vento atravessa as frestas das tábuas velhas. O ar vibra com um zumbido quase metálico.
Em close extremo, uma marca de bala na parede. A fumaça fina ainda sobe, dançando lentamente no ar pesado. O silêncio domina o espaço — um silêncio que parece respirar.
A câmera começa a recuar devagar, revelando o ambiente aos poucos: paredes descascadas, o chão sujo, o brilho fraco de uma lâmpada pendurada, tremendo como se temesse cair. No centro da sala, Adriano.
Está amarrado a uma cadeira, o corpo arqueado. Um saco plástico transparente cobre sua cabeça, pressionando a pele suada. A respiração é curta, trêmula, abafada.
Atrás dele, um dos seguranças segura o saco com força, impassível. O rosto está coberto pela sombra — só o brilho dos olhos revela frieza e método. O plástico se embaça por dentro.
As gotas de umidade se acumulam, distorcendo a visão de dentro para fora. Adriano tenta respirar, mas o ar não vem. O som é o de um desespero contido, o corpo lutando em vão.
Certo — fiz exatamente do jeito que você pediu, integrando a fala da Odila na cena completa, num trecho contínuo, tenso e cinematográfico. Mantive o ritmo curto e cortante, com a fala sua colocada literalmente. Segue:
ODILA — (EXPLODE, FÚRIA PURA) Você achou mesmo que ia entrar na minha empresa, envenenar o meu café e sair impune?!
ADRIANO — (ASSUSTADO, TENTANDO SE CONTROLAR) Não… eu… deve ter havido um engano…
Antes que ele termine, Odila avança. Um tapa seco atravessa o ar; a cadeira vira e Adriano vai ao chão com um baque surdo. O escritório fica por um segundo apenas com o som do impacto.
Odila respira, o olhar cortante fixo nele. Sem hesitar, puxa o revólver e aponta para a cabeça de Adriano, que treme no chão, os olhos arregalados.
Ela puxa o gatilho devagar. O clique seco corta o silêncio — a arma não dispara. O momento se alonga, sufocante.
ODILA — (GRITANDO) OLHA PRA MIM! OLHA PRA MIM, SEU MERDA! Você matou uma mulher. Uma pessoa de bem. Quem mandou você fazer aquilo? FALA!
ADRIANO — (GRITANDO) Eu não te devo explicação nenhuma, velha nojenta! Muito menos quem mandou eu fazer isso!
Odila sorri com desprezo. Aponta para os seguranças.
ODILA — (DEBOCHANDO) Levanta ele.
Dois seguranças o erguem junto com a cadeira. Odila bate com o cano do revólver no rosto dele; sangue aparece. Ele cai outra vez, arfando.
Ela se aproxima, passos lentos. A voz agora é fria, cortante:
ODILA — (SARCÁSTICA, AMEAÇADORA) Eu sou Odila Blond. Ninguém me desrespeita. Você quer brincar? Então vamos brincar.
Pega um estilete da mesa. A lâmina reluz sob a luz fria. Num gesto calculado, risca o rosto dele; um fio vermelho marca a pele.
ODILA — (FURIOSA) Quem mandou, hein? Quem mandou?!
ADRIANO — (GAGUEJANDO) Não te interessa.
Ela finca a lâmina no rosto dele com força controlada; ele geme, recua. O estilete range; o ar cheira a medo.
ODILA — (SUSSURRANDO, AMEAÇADORA) Cada vez que você mentir, um corte.
Adriano, já entre lágrimas e raiva, solta uma confissão trêmula:
ADRIANO — (QUEBRANDO) Foi eu. Eu que quis te matar.
Odila inclina a cabeça, um riso baixo e seco vibra na garganta.
ODILA — (RINDO, INCRÉDULA) Mentira!
Ela aperta o olhar. O estilete fica vermelho; a sala se fecha.
ODILA — (CORTANTE) Minha paciência já estourou. Fala logo e isso acaba.
ADRIANO — (DESAFIADOR, BRECHAS DE FÚRIA) Sabe quando eu vou falar? NUNCA! NUNCA!
Odila não espera mais. Num movimento firme e preciso, crava a faca — ele solta um grito longo, tomba, e o som do impacto enche a sala. O sangue começa a marcar o chão; o ar enche-se de silêncio pesado.
Ela fica em pé, a faca na mão, o olhar imóvel. O revólver ainda brilha sobre a mesa. Ao redor, os seguranças olham, hesitantes.
Então Odila se inclina, voz baixa, cortante — e diz exatamente o que queria que fosse ouvido:
ODILA — OLHA pra um gigolô incompetente, você até é fiel. Mais você vai ter que abrir a boca. SE NÃO VOCÊ MORRE.
O som da frase reverbera pela sala. Adriano, no chão, tenta falar, mas as palavras se perdem no sangue e no medo.
ABERTURA
ODILA — (CORTANTE) Minha paciência já estourou. Fala logo e isso acaba.
ADRIANO — (DESAFIADOR, BRECHAS DE FÚRIA) Sabe quando eu vou falar? NUNCA! NUNCA!
Odila não espera mais. Num movimento firme e preciso, crava a faca — ele solta um grito longo, tomba, e o som do impacto enche a sala. O sangue começa a marcar o chão; o ar enche-se de silêncio pesado.
Ela fica em pé, a faca na mão, o olhar imóvel. O revólver ainda brilha sobre a mesa. Ao redor, os seguranças olham, hesitantes.
Então Odila se inclina, voz baixa, cortante — e diz exatamente o que queria que fosse ouvido:
ODILA — OLHA pra um gigolô incompetente, você até é fiel. Mais você vai ter que abrir a boca. SE NÃO VOCÊ MORRE.
O som da frase reverbera pela sala. Adriano, no chão, tenta falar, mas as palavras se perdem no sangue e no medo.
ADRIANO — (DESAFIADOR, COM ÓDIO) Vocês, ricos, acham que a gente tem medo de vocês. Acha que me amedronta com essa faquinha de cortar pão? Eu não vou abrir a boca pra entregar a minha princesa!
ODILA — (SURPRESA, DEBOCHANDO) Princesa? Então foi uma mulher. Bom saber!
Ela se inclina, a faca ainda firme na mão, e o olhar gélido pesa sobre Adriano. O silêncio se prolonga; os seguranças trocam olhares nervosos, sem saber se intervêm.
ODILA — (FRIA, CALCULISTA) Então vai ficar calado… e morrer com isso.
O tempo na sala parece suspenso. Adriano permanece em silêncio; nem um suspiro, nem um tremor visível. Odila pergunta, ameaça, corta, e ele só observa, imóvel, com o olhar duro.
Ela aproxima o cano do revólver da sua cabeça, firme, implacável. Os seguranças recuam, sentindo a tensão que cresce a cada segundo.
Odila puxa o gatilho devagar — o clique seco ecoa, a arma não dispara. O silêncio que se segue é esmagador, preenchido apenas pelo medo que Adriano não consegue mais conter.
Ele olha para o cano, engole em seco, e finalmente a voz sai, trêmula, arrastada, carregada de desespero:
ADRIANO — (QUEBRADO, SUSSURRANDO) Foi… foi a Eva.
Odila fecha os olhos por um instante, absorvendo a confissão. Quando os abre, o olhar dela é puro cálculo — nenhum rastro de surpresa, só a promessa de consequências.
ODILA — (FRIA, MORTAL) Eva, é? Muito bem. Agora tudo faz sentido.
Os seguranças permanecem tensos, e a sala parece comprimir cada respiração. O ar pesa, cheio de promessas e decisões que ainda virão.
Adriano ainda está no chão, respirando com dificuldade, olhos arregalados. O silêncio na sala é pesado como chumbo.
Um dos seguranças engole em seco, hesita, e finalmente pergunta:
SEGURANÇA — (TENSO) Senhora… o que a senhora quer que a gente faça com ele?
Odila cruza os braços, olhando para ele como se estivesse avaliando um objeto inútil. A voz dela é calma, mortal, cortante:
ODILA — (FRIA, CALCULISTA) Picotem ele. Cada pedaço. Depois joguem no rio. Quero que não reste nada.
O corpo de Adriano se estremece, e os seguranças engolem em silêncio, cumprindo ordens sem questionar.
Odila se afasta alguns passos, os olhos frios acompanhando cada movimento. Ela respira fundo, controlada, enquanto os gritos de Adriano começam a preencher a sala — desesperados, sufocantes.
ODILA — (SUSSURRANDO, SATISFEITA) Isso é só um lembrete… ninguém desafia Odila Blond e vive para contar história.
Ela se vira lentamente, passos firmes ecoando pelo escritório. O grito de Adriano diminui gradualmente, mas o terror que ela impôs permanece, marcando cada sombra da sala.
Corte para:
CENA 02. RIO DE JANEIRO. PLANOS GERAIS. EXT. NOITE.
A câmera desliza sobre a cidade iluminada. As luzes do Cristo Redentor brilham ao fundo, refletindo na Baía de Guanabara.
O Pão de Açúcar surge em silhueta contra o céu noturno. Trânsito intenso: ônibus e carros passam, faróis cortando as ruas como linhas de fogo. Nas calçadas, pessoas caminham apressadas; vendedores ambulantes anunciam suas mercadorias.
O som distante de música e buzinas mistura-se ao murmúrio da cidade.
Câmera desce para os bairros: as favelas cintilam com pequenas luzes, contrastando com a opulência da zona sul.
Corte para:
CENA 03. MANSÃO BLOND. SALÃO. INT. NOITE.
A cozinha está silenciosa, iluminada pela luz fria do teto. A mesa de jantar ainda tem pratos e talheres, comida quase intacta. O ar está pesado, carregado de tensão.
A porta se abre de repente. A empregada entra primeiro, parada ao lado da porta, silenciosa e assustada. Dois policiais entram atrás dela, postura firme, expressão séria, mas contida.
POLICIAL 1 — Senhor Estevão Blond? Temos um mandado de prisão em seu nome. O motivo: você atropelou um homem enquanto bebia e dirigia em alta velocidade… e fugiu do local. Precisamos que venha conosco agora.
Rog se levanta abruptamente, derrubando a cadeira sem querer. O choque toma conta de seu rosto, rapidamente se transformando em raiva e incredulidade.
ROG — Meu filho… meu filho?! Como você pôde se meter numa coisa dessas?! Me explica agora! Isso é sério?! Me diz que eu não estou ouvindo isso de verdade!
ESTEVÃO — (TREMENDO, VOZ FALHANDO) Pai… eu… eu juro… eu não sabia… eu… não pensei… eu não queria que… eu não fiz por mal…
ROG — Não sabia?! Você atropelou alguém, fugiu do local e agora me diz que não sabia?! Meu filho, você tem noção do que fez comigo, com a família… com a vida de outra pessoa?!
EVA — (SEGURANDO O BRAÇO DE ESTEVÃO, firme) Rog… respira. Agora não adianta gritar. Ele precisa ficar parado. Se ele se mexer ou reagir, só vai piorar.
Rog respira fundo, mas os olhos continuam fixos no filho, cheios de raiva e decepção.
ROG — Filho… eu sou seu pai! Eu devia te proteger, te orientar… e olha onde você chegou! Você matou alguém… e ainda fugiu! Mandado de prisão em seu nome… e você fica aí, parado, como se nada tivesse acontecido?!
ESTEVÃO — (A VOZ QUASE SUMINDO, TREMENDO) Pai… eu… eu não sei… Eu não queria… eu juro…
POLICIAL 2 — Senhor Estevão, precisamos que venha com a gente agora. Resistir só vai complicar mais.
Estevão recua, tremendo, o olhar perdido entre Rog e Eva.
ESTEVÃO — Não… não pode ser… Eu não… Eu não queria…
Rog dá um passo à frente, a raiva misturada com desespero, a voz firme, quase implorando:
ROG — Chega, Estevão! Eu não aguento mais ouvir você dizer que não queria! Olha no que deu! Você matou alguém, meu filho… e agora vai ser levado por isso. Você me envergonhou demais… e fez algo que não tem volta!
Eva segura Rog pelo ombro, tentando acalmar, mas ele ainda está visivelmente irritado, punhos levemente cerrados, respirando fundo, mistura de raiva e desespero no rosto.
Os policiais se aproximam de Estevão com firmeza, colocando uma mão levemente em seu ombro para guiá-lo. Ele caminha lentamente, cabisbaixo, tremendo, enquanto Rog observa, impotente e frustrado.
A empogada permanece parada ao lado, silenciosa, olhos arregalados, observando cada movimento.
O relógio marca 22h01, cada tique-taque ecoando pela cozinha.
Pai e filho trocam olhares: Rog com raiva, decepção e medo; Estevão assustado, confuso e culpado; Eva firme, tentando manter algum controle.
A tensão domina a cozinha, quase palpável, como se cada segundo pudesse mudar o destino de todos.
ROG — (BAIXANDO A VOZ, QUASE PARA SI MESMO) Meu filho… meu próprio filho…
ESTEVÃO — (VOZ FALHA, QUASE SUSSURRANDO) Pai… eu…
Rog balança a cabeça, incrédulo. O silêncio volta a dominar, quebrado apenas pelo som dos passos dos policiais guiando Estevão para fora.
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CENA 04. PENSÃO DE CLARA. QUARTO DE CAMILLA. INT. DIA.
O quarto é pequeno e aconchegante, mas o clima está pesado. A única iluminação vem de um abajur de luz amarelada, que lança sombras trêmulas nas paredes. A cama está desarrumada, cobertores amassados, roupas espalhadas pelo chão. Livros e papéis empilhados nas prateleiras parecem refletir a bagunça emocional que domina o espaço. O silêncio é quase palpável, interrompido apenas pelo som do coração de Camilla batendo acelerado e sua respiração irregular.
Camilla está sentada no centro da cama, pernas encolhidas, segurando o teste de gravidez com mãos trêmulas. Seus olhos estão vermelhos, marejados, com lágrimas escorrendo lentamente pelo rosto. Ela olha fixamente para o teste, como se estivesse tentando ler nele alguma resposta que a vida não quer dar.
A porta se abre devagar. Mel entra, hesitando ao perceber o estado da amiga. Ela para, respira fundo, e caminha até Camilla, sentando-se ao lado dela na cama. Ela segura as mãos de Camilla, sentindo o corpo trêmulo, os dedos apertando com força quase dolorosa o teste de gravidez.
MEL — Camilla… me diz… por favor… o que aconteceu? Por que você tá assim… com essa cara… parece que o mundo inteiro desabou sobre você de repente… Me fala…
Camilla permanece em silêncio por alguns segundos, respirando fundo, lutando para organizar os pensamentos. O teste ainda tremendo em suas mãos, como se cada batida de coração pudesse fazê-lo quebrar. Ela respira fundo novamente, soluçando baixinho antes de falar.
CAMILLA — (VOZ FALHANDO, QUASE UM SUSSURRO) Mel… eu… eu fiz o teste… eu precisava ter certeza… e… e deu positivo… eu… eu tô grávida…
Mel a olha intensamente, surpresa e preocupação refletidas em seu rosto. Ela aperta as mãos de Camilla com mais firmeza, tentando transmitir segurança.
MEL — (GRITANDO BAIXO, CHOQUE MISTURADO COM PREOCUPAÇÃO) Grávida… você tem certeza disso, Camilla? Tem certeza absoluta? Eu… eu não consigo acreditar…
Camilla engole em seco, soluçando baixinho. Seu corpo inteiro parece tremer, e suas mãos apertam ainda mais o teste. Ela sente uma onda de culpa e arrependimento tomar conta.
CAMILLA — (SOLUÇANDO, VOZ TRÊMULA) Sim… eu sei que fui completamente irresponsável… eu sei que devia ter tomado cuidado… eu devia ter pensado antes… devia ter falado pra ele usar camisinha… mas eu não falei… eu deixei tudo acontecer… e agora… agora tá tudo fora de controle… eu não sei o que fazer… eu não sei como… como lidar com isso…
Mel respira fundo, tentando acalmar a amiga, aproximando o rosto do dela, mantendo contato visual firme.
MEL — (BAIXINHO, FIRME) Camilla… respira comigo… respira fundo… devagar… agora me diz… me diz quem é o pai…
Camilla baixa a cabeça, lágrimas descendo pelo rosto, soluçando, o corpo tremendo. Ela segura o teste com ainda mais força, como se fosse o último fio de esperança em meio ao caos.
Corte para:
CENA 05. PENSÃO DE CLARA. SALA. INT. NOITE.
A cozinha da pensão é pequena, iluminada por um abajur de luz amarelada. O cheiro da comida preenche o ar; panelas fumegam suavemente. O clima é calmo, quase doméstico.
Clara mexe a panela com cuidado, concentrada. Júlio corta legumes na bancada, gestos precisos, tentando não se distrair. Entre eles há uma leve intimidade silenciosa — olhares rápidos, pequenos sorrisos contidos.
JÚLIO — (SORRINDO, TENTANDO QUEBRAR O SILÊNCIO) Tá cheirando muito bem… se eu tivesse metade da sua coordenação na cozinha, talvez não queimasse tudo.
CLARA — (RINDO BAIXINHO) Se você cortar menos dedos que legumes, já é um começo.
Eles sorriem, o clima é leve, mas a campainha toca abruptamente, cortando o momento. Júlio se sobressalta.
JÚLIO — (OLHANDO PARA CLARA, DESCONFIADO) Quem será agora a essa hora…
Ele limpa as mãos no pano, hesita, respira fundo, e caminha até a porta. Cada passo é lento, pesado, como se pressentisse que algo está prestes a acontecer.
Quando ele gira a maçaneta, a porta se abre. Edna e Fabinho entram silenciosamente, cada um carregando malas. Edna, mãe de Júlio, entra com expressão neutra, calma, mas olhos atentos — ela não sabe do segredo dele. Fabinho segue ao lado, olhar sério, carregando uma mala pesada.
JULIO – (CONGELAMENTO INSTANTÂNEO, OLHOS ARREGALADOS, VOZ FALHANDO) Mãe… Fabinho… o que… o que vocês estão fazendo aqui?
Edna apenas observa, imóvel, sem dizer nada. A câmera fecha em Júlio: congelamento total, mãos levemente trêmulas, respiração irregular, olhos arregalados de choque e confusão. Ele engole em seco, cada músculo do corpo rígido, como se o ar tivesse parado.
Fabinho coloca a mala no chão com cuidado, ainda sem falar, olhando Júlio com uma expressão séria, mas respeitosa.
O silêncio domina. O chiado da panela, o tique-taque do relógio, até a respiração de Júlio parece ecoar alto. A câmera alterna entre close nos olhos de Júlio, mãos trêmulas, e o rosto de Edna, calmo, observador, mas sem entender a tensão que domina o filho.
JÚLIO (VOZ BAIXA, QUASE SUSSURRANDO, CHEIO DE EMOÇÃO CONTIDA) Eu… eu não esperava… não… agora… aqui…
Edna permanece imóvel, olhando para ele, sem falar uma palavra, cada movimento seu transmitindo apenas expectativa silenciosa. Fabinho acompanha, sério, carregando a mala, observando Júlio.
CORTE RÁPIDO – FIM DO CAPÍTULO
A novela encerra seu sétimo capítulo ao som da sonoplastia: Delícia/Luxúria - Sophia Chablau (tema de Abertura)

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